O uso de pesticidas é bastante difundido na agricultura devido à incidência de pragas que inviabilizam o desenvolvimento e a colheita de diversos produtos. A tecnologia investiu em pesticidas químicos que, com o tempo, representaram grandes riscos às plantações, ao homem e toda a natureza, exigindo a busca por novas táticas.
Em tempo, o Conselho da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação lançou uma série de novas medidas estabelecidas para regularizar e controlar o uso de pesticidas, colocando o estado como parte responsável no processo de orientação e regulamentação dessas técnicas.
Para entender melhor como agem os agrotóxicos, eles podem ser compostos por agentes químicos ou biológicos, este último desenvolvido a partir da aplicação de alguns tipos de vírus ou bactérias. As pestes mais comuns que incidem sobre as plantações são de insetos, moluscos, erva daninha ou pássaros.
Pesticidas
Quais são os Tipos de Pesticidas
Para cada peste é desenvolvido um tipo de pesticida, geralmente tóxicos para o homem e o meio ambiente. Há também, a classificação básica dos elementos utilizados nas composições:
Pesticidas Botânicos: produzidos a partir de componentes extraídos da natureza como a sabadina, rotenona, piretrina ou nicotina.
Pesticidas Orgânicos: com síntese de clorados, clorofosforados, carbamatos ou outros.
Pesticidas Inorgânicos: alcançados com o uso de nitrogênio, fósforo, ferro, chumbo, etc.
Tipos
Um Histórico de Contaminação
Antigamente os agricultores usavam enxofre para eliminar as pragas, evoluindo os processos químicos para o uso de arsênio e mercúrio (inorgânicos), todos altamente prejudiciais à saúde do homem e do solo. Os estudos sobre os males provocados pelos pesticidas tornaram-se mais incisivos a partir da década de 60, desde então os riscos vêm sendo acompanhados por pesquisadores em todo o mundo, por vezes resultando na proibição do uso de determinados agentes químicos mais agressivos.
O grande mal parte da forma como o produto é utilizado. Algumas organizações mundiais detectam níveis elevados de pesticidas nos rios e lagos próximo às regiões agrícolas. Quando usado em grande quantidade e de forma intensiva, o agrotóxico pode interferir severamente no equilíbrio do ecossistema, destruindo os nutrientes do solo, que por si só entrará em processo de desertificação. Além disso, especialistas comprovam que as substâncias químicas não “desaparecem” do meio ambiente, promovendo a contaminação da terra, das plantas, da água e de tudo o que utilizamos como recurso para a alimentação – o maior risco.
Segundo inúmeros estudos feitos por cientistas nos EUA, Brasil e países da Ásia e Europa, pessoas que ficam expostas à ação dos pesticidas podem apresentar doenças e distúrbios como problemas respiratórios, alergias e irritações cutâneas, manchas na pele, depressão, falhas de memória e até mesmo câncer. A batalha das organizações ambientais é para tentar frear a bola de neve: com o tempo, as pragas desenvolvem mecanismos de defesa mais resistentes, o que leva a indústria a produzir agrotóxicos ainda mais agressivos para manter sua eficácia.
Enxofre
Por Vivian Fiorio
