Quem Desenhou o Primeiro Mapa-Múndi e Sua História

Para falarmos do mapa múndi devemos voltar há muitos e muitos anos atrás, na antiguidade clássica e esse período vai até a Era dos Descobrimentos. Neste ponto da história a geografia se fez mais do que necessária.

Mapa-Múndi: Antiguidade

O primeiro mapa-múndi de que se tem registro é de cerca de 600 a.C. e era chamado de Imago Múndi da época Mesopotâmia. O mapa foi reconstruído por Eckhard Unger e contava com terras da Armênia e da Assíria, assim como Eufrates, onde tinha a Babilônia. Além disso, o oceano que era chamado de rio e era cercado por sete ilhas O desenho fazia lembrar uma estrela de sete pontas.

Mapa-Múndi: Mapa de Anaximandro

O nome do mapa foi dado para homenagear quem o desenhou, Anaximandro. Ele entrou para história como um primeiros a desenhar um mapa no formato circular. Nele aparecia o Mar Egeu bem no centro. Foi na época de mais ou menos 546 a.C.

Mapa-Múndi: Hecateu de Mileto

O seu mapa recebeu o nome de “Ges Periodos” uma descrição da Terra que levava em consideração os conhecimentos que os gregos tinham sobre a geografia. O mapa foi feito no formato de um périplo. E tinha o Mediterrâneo em destaque, a Europa e a descrição da Ásia e o norte, chegando a Cítia.

Mapa-Múndi: Eratóstenes

Ele fez o mapa considerando as campanhas de Alexandre, o Grande e todo os conhecimentos que já tinham sido somados até então. Neste mapa, se vê uma Ásia maior com base em mais conhecimentos que se tinha do continente. Eratóstenes entra para história como o primeiro a colocar meridianos e paralelos nas suas cartas geográficas.

Mapa-Múndi: Ptolemeu

O seu mapa foi construído tendo como referência o livro “Geographia”, porém, os autênticos mapas feitos por ele nunca foram descobertos. No livro, porém, ele dá referências de lugares do Velho Mundo com as suas localizações exatas.

Mapa-Múndi: Tabula Peutingeriana

Esse mapa ainda pode ser visto ele se encontra na Biblioteca Nacional de Viena e foi criado no Império Romano. Se trata de um mapa viário mostrando as ruas da época. Porém, não é um original, ele foi baseado no mapa feito no século XIII, que já incluía a Ásia, a Europa  e o norte da África.

Foi Konrad Peutinger, um antiquário alemão e humanista que viveu entre os séculos XV e XVI que deu nome ao mapa. Ele só foi descoberto muito tempo depois por outro alemão, Conrad Celtis.

Mapa-Múndi: Cosmas Indicopleustes

Era mais ou menos o ano de 550 quando foi escrito livro “Topografia Cristã” de Cosmas Indicopleustes. A obra mostrava, graças a experiência vivida pelo o seu autor, um mercados do Oceano Índico e Mar Vermelho, a sua visão geográfica do mundo. Porém, a ciência moderna não aceito a sua visão, mas no seu livro ele falava sobre o Sri Lanka a Índia de forma histórica. No futuro, seu filho foi importante para os historiadores.

De acordo com o que o escritor colocou no livro parece que entre suas visitas ele esteve no Reino de Axum localizado na moderna Etiópia, também na Índia e na Eritreia.

No ano de 522 Cosmas conheceu o sul da Índia, a costa de Malabar. O que se destaca do seu modo de ver o mundo geograficamente falando é que ele o coloca plano e céu como a tampa curva. Um dos seus objetivos em relação a forma que ele apresentava o mundo era contrariar a forma que os geógrafos pré-cristãos davam a Terra.

Mapa-Múndi: Isidoro Sevilha

Neste mapa foram retratados somente o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul, era o conceito de cartografia medieval. Era chamado de mapa “T e O” e era baseado na ideia de onde houvesse população no mundo, naquela época os medievais e os romanos. O “M” do nome representava o Mediterrâneo e era dividido nos continentes: Ásia, Europa e África. A letra “O” era de Oceano que circundava. Enquanto Jerusalém fica bem no centro do mapa e a Ásia tinha o tamanho somado dos outros dois continentes.

Mapa-múndi: Mapa Mundo Anglo-Saxônico

Esse mapa foi lançado dentro de um livro, uma cópia, de uma obra que era considerada um clássico da geografia. A versão latina era chamada de “Periegesis”, Prisciano. Esse livro pode ser encontrado na Inglaterra na British Libray.

Além de ser um livro muito ilustrado e muito bem feito, o exemplar ainda é recheado de outras fontes, que foram sendo atualizadas na época do seu lançamento. Estima-se que essa obra foi produzida entre os anos de 992 e 994 e toda ela foi feita com base nos relatos de viagem do arcebispo da Cantuária Sigerico, partindo de Roma. Porém, em outras verificações, acredita-se que esse mapa não tem características da tradição medieval e por outro lado conta já com as coordenadas ptolemaicas.

Neste mapa Jerusalém vai para o topo e não mais ocupa o centro e o Jardim do Éden não é assinalado. Já da parte do oriente, além da Índia se observa a Taprobama no Sri Lanka, bem maior do que na visão clássica. Se observa uma confusão na hora de representar a Escandinávia e a Islândia e a Grã Bretanha aparece maior do que tinha sido representada até então.

Mapa-Múndi: Beato de Liébana

Esse mapa faz parte da cartografia moderna e foi orientado a este e não a norte. Quem desenhou o mapa foi o espanho Beato de Liébana, um teólogo e monge. É considerada a mais importante carta geográfica da Alta Idade Média. Foi feito com a ajuda das referências de Ptolomeu, de Isidoro de Sevilha e também dos textos da Bíblia.
Algumas cópias do manuscrito original ainda foram conservadas.

O Primeiro Mapa-Múndi: Desenhado por um Alemão

Foi o alemão Martin Waldseemuller a desenhar o primeiro mapa-múndi como conhecemo hoje. Ele viveu entre os anos de 1475 e 1522. No mapa a Terra foi dividida pela primeira vez em Ocidente e Oriente e a data da criação foi em 1507.

Foi no mapa do alemão que se usou pela primeira vez o termo “América” e esse desenho foi baseado no que tinha deixado Ptolomeu.

Os novos traços do mapa-múndi só puderam ser dados depois que as rotas marítimas foram aumentando, principalmente graças aos portugueses. Eles tinham grande experiência na navegação e conseguiram ir até mais longe, estimando distâncias e tempo e com isso a cartografia foi ganhando novas informações.

Depois foram os holandeses a propor um novo modelo de mapa, no século 16. Quem tomou a frente foi Gerald Mercator e esses mapas passaram a ser usados por pelos menos 100 anos.

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