A energia atômica ou energia nuclear está relacionada a uma das menores coisas do mundo, que não podemos enxergar mas que é muito útil para pesquisas científicas. Os átomos foram recebendo diversas descrições ao longos dos anos e sua estrutura mais moderna é apenas um modelo matemático, que não nos permite tocar o átomo, muito menos vê-lo, apenas calcular as equações correspondentes a sua formação.
Como uma coisa tão pequena, pode ter uma energia monstruosa a ponto de destruir uma cidade inteira? Quem não se lembra da Segunda Guerra Mundial, onde a primeira bomba atômica atingiu a cidade de Hiroshima? Os homens utilizaram a energia nuclear do átomo para construir uma das piores armas já inventadas. Porém, a energia atômica não é usada apenas para destruir. No ano de 1942, foi criada a primeira pilha a base de energia nuclear. Um marco histórico para o mundo!
Como Tudo Começou a Funcionar
Durante muito tempo, o foco principal foi o estudo do núcleo do átomo. Nos livros de química, as teses se baseiam naquilo que o átomo tem por si só. No núcleo, ele é composto de cargas positivas conhecidas como prótons, e a sua volta, em diversos níveis, os elétrons giram em torno do núcleo com suas cargas negativas, fora os nêutrons que também podem ser encontrados dentro dos átomos e não possuem nenhuma carga, ou seja, eles são neutros.
A História Como Ela É
O primeiro a estudar o átomo em suas camadas mais internas foi um cara cujo sobrenome é Rutherford. Ele já desconfiava que os átomos poderiam sofrer o processo de fissão nuclear quando bombardeados por pequenas partículas. Essa modificações só forma vistas de perto com a descoberta do nêutron, que gerava ainda mais transformações nucleares. O cientista Noddack foi o primeiro a suspeitar da fissão nuclear: “Durante o bombardeamento de núcleos pesados com nêutrons, estes poderiam quebrar-se em pedaços grandes, que são isótopos de elementos conhecidos, mas não vizinhos dos originais na tabela periódica“.
O Projeto Manhattan
A primeira fissão nuclear foi realizada durante o projeto Manhattan, na qual participou Albert Einstein e outro cientista conhecido por Enrico Ferni. Foi a primeira reação em cadeia realizada a fim de construir uma bomba atômica. Ela foi realizada na Universidade de Chicago, usando um reator de grafite de nome Chicago Pile 1 (CP-1). Ferni foi o primeiro estudioso a suspeitar que o núcleo de alguns elementos ficava cada vez maior quando se acrescentava nêutrons aos mesmos.
Processo De Formação
Todos se perguntavam da onde via a energia nuclear capaz de gerar tanta destruição. Ela vem da transformação de um elemento químico em outro, gerando o chamado isótopo. Para que essa transformação ocorra, o núcleo também precisa mudar, perdendo ou ganhando cargas. Durante este processo, esses elementos emitem energia: a chamada energia nuclear. Toda sem transformação recebeu um nome chamado fissão nuclear que indica a quebra dos núcleos para gerar a transformação de isótopos.
Albert Einstein
O maior cientista de todos os tempos passou anos da sua vida estudando os núcleos dos átomos. Nessa brincadeira, ele descobriu que segundo as transformação nuclear, havia uma transformação de massa em energia. Dai, a famosa equação de Einstein responsável por degradar toda a cidade de Hiroshima em 1945: E=MC², onde E = energia, M= massa e C= velocidade da luz no espaço. A teoria de Einstein acabou por se basear no princípio da equivalência de energia e massa, como podemos perceber pela equação criada por ele.
As Reações Nucleares
Existe a possibilidade de forçar uma fissão nuclear com bombardeamento de partículas ou nêutrons dentro do núcleo de qualquer elemento. Os núcleos acabam se dividido em duas ou mais partículas. O urânio foi um dos elementos mais usados para estes fins, tamanha é a sua capacidade de gerar um isótopo apenas capturando um nêutron. Tal elemento gera uma reação nuclear no qual ele se transforma em mais dois elementos químicos, Bário e Criptônio, liberando mais dois nêutrons durante a reação e liberando uma certa quantidade de energia.
Tecnologia Nuclear
Uma das finalidade da energia nuclear é gerar eletricidade. Com a descoberta do poder atômico, muita gente se interessou por ele não apenas para o mau, mas para fazer uma cidade inteira sobreviver. Se aproveitando do calor emitido das reações nucleares, é possível aquecer a água até se torna-la vapor, movimentando um turbogerador dentro de uma usina. A reação nuclear pode acontecer de forma controlada em um reator de usina nuclear e em muitos casos até se aproveita a radiação ionizante emitida em algumas reações nucleares para gerar eletricidade da mesma maneira.
Perigo!
A reação nuclear já matou muitos cientistas durante as descobertas que faziam. Marie Curie que trabalha com urânio em seu laboratório, acabou morrendo de câncer por causa das radiações emitidas pelo elemento durante as reações nucleares de transformação. Tanto o material utilizado, quanto todo entorno de estudo serão fonte de radioatividade e, portanto, podendo ser tóxicos. Marie Curie foi a descobridora da radiação ionizante também emitida na transformação dos isótopos. Ela foi contaminada por manusear os materiais radioativos necessários a sua pesquisa, pois naquela época não sabia-se da toxidade desses processos. Isso gerou uma inflamação desconhecida na ponta de seus dedos levando à leucemia e à morte em 1898.
Há quem trabalhe nas usinas nucleares e que precisam ter o máximo de proteção, assim como os responsáveis pelo raio X nas salas dos hospitais, que também é uma atividade radioativa, já que emite partículas. “Principalmente todo funcionário operando na proximidade de substâncias radioativas está exposto ao risco de contaminação e, portanto, deve cumprir regras rígidas de segurança radiológica.” segundo alguns termos de segurança criado para estes profissionais. “Mesmo assim, já aconteceram vários imprevistos na história da energia nuclear, nem todos classificados pela Agência Internacional de Energia Nuclear (IAEO).” atestam.
Vantagens Da Energia Nuclear
A principal e a mais importante é que ela não emite os gases que causam o efeito estufa, gerando a não utilização de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade e outras formas de energia para movimentar turbinas, geradores e outros objetos industriais.
Escrito por Jéssica Monteiro da Silva
m entrevista à Radioagência NP, a integrante da Plataforma Dhesca, Cecília Mello, revela as violações de direitos identificadas durante a visita que fez a Caetité. Ela relata o caso de Poços de Caldas, em Minas Gerais, que passou de pólo turístico a cidade fantasma depois da exploração do urânio. Por fim, demonstra preocupação com a futura mina, em Santa Quitéria (CE), que já apresenta irregularidades no licenciamento ambiental.
Nos primeiros dias do governo Dilma, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que pretende aprovar ainda neste ano o projeto para a construção de quatro novas usinas nucleares. Atualmente, o país possui duas usinas, ambas localizadas em Angra dos Reis (RJ).
Essa retomada do programa nuclear vai aumentar a demanda por urânio. No município de Caetité (BA) está localizada a única mina em operação no Brasil. No final de 2010 a Plataforma Dhesca denunciou que a população do município convive com níveis de radiação 100 vezes maiores que a média mundial. A INB (Indústrias Nucleares Brasileiras) negou a contaminação, baseada num estudo encomendado da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Em entrevista à Radioagência NP, a integrante da Plataforma Dhesca, Cecília Mello, revela as violações de direitos identificadas durante a visita que fez a Caetité. Ela relata o caso de Poços de Caldas, em Minas Gerais, que passou de pólo turístico a cidade fantasma depois da exploração do urânio. Por fim, demonstra preocupação com a futura mina, em Santa Quitéria (CE), que já apresenta irregularidades no licenciamento ambiental.
Radioagência NP: Cecília, o que você constatou na visita a Caetité?
Cecília Mello: O quadro é de temor, angústia, incerteza por parte da população. O relato dos moradores é que está havendo uma incidência de câncer desproporcional. Conversamos com um médico de um hospital da região que se mostrou preocupado com a quantidade de diagnósticos que ele tem feito de neoplasias, de cânceres em pessoas entre 30 e 40 anos.