De forma prática a opinião pública considera racismo ambiental o ato de existirem injustiças sociais contra grupos de etnias no que tange ao uso e usufruto da terra. De acordo com a constituição todos os tipos de cidadãos possuem direito a terra para morar ou trabalhar. Porém, na prática não acontece dessa maneira. Existem diversos grupos étnicos que sofrem discriminação e preconceito nesse sentido, de forma principal as populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Por consequência existem diversos tipos de ações que são realizadas contra a opressão por ativista e Ministério Público.
Usina De Belo Monte: Racismo Ambiental
De acordo com a constituição nacional a população indígena possuem direitos inerentes e conquistados depois de muita luta ao reconhecer o valor e reconhecimento dos povos nativos do Brasil. Entre as terras reservadas aos índios vale ressaltar ao Parque Nacional que existe no Pará e tem como cruzamento de manancial a onipresença do rio Xingu.
Aos indígenas esse rio é considerado sagrado há centenas de anos, longo tempo antes da colonização europeia. A Constituição Federal deixa brechas para acontecer exploração sob a ótica da ecologia profunda, inclusive ao que tange ao direito de terra dos índios. Enfim, existe o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte que vai ser instalada no manancial considerado sagrado aos indígenas, forma do poder público demonstra que não respeita a presença dos índios e por consequência aplicar o racismo ambiental.
Não apenas os índios como populações ribeirinhas e quilombeiras devem sofrer com racismo ambiental ao levar em conta que pode público segue com o plano que existe desde a época da ditadura militar no sentido de dominar os rios do Amazonas com a presença de hidrelétrica.
Existem diversos tipos de danos ambientais que acontecem por causa da instalação das estruturas. Por exemplo, existem terras ricas em biodiversidade e com a presença de moradores humanos que podem ficar submersas com a instalação da estrutura. Pescadores que vivem apenas da pesca para sobreviver reclamam que o ciclo de peixes recebe modificação por causa da falta de oxigênio que existe nas águas que cercam hidrelétricas. Esse consiste em exemplo de que o próprio governo aplica racismo ambiental contra povos folclóricos do país.
Racismo Ambiental Em Piquiá De Baixo
A poluição representa algo que prejudica de forma direta a saúde humana. Ao reconhecer a problemática o poder judiciário sentenciou medida que se equivale ao pagamento de 1,3 milhão de reais para mais de 300 famílias que moram no bairro e não conseguem sobreviver com qualidade em consequência do trabalho das siderúrgicas que traz não apenas poluição atmosférica como sonora. Com esse dinheiro vai acontecer a desapropriação da área para novo local a serem construídas novas moradias.
Usina Nuclear Em Arapiraca
Em Alagoas o MPF (Ministério Público Federal) parece não estar com os braços cruzados e começa a solicitar ofícios para investigar a intensão que existe em construir usina nuclear na cidade alagoana. De forma prática os representantes do povo querem saber os locais exatos nos quais acontece a instalação para realizar estudos no sentido de saber se a população corre riscos de sofrer danos por causa da poluição ambiental.
De acordo com o órgão foi solicitado o conjunto geral das autorizações e documentações que explicam a necessidade do tipo de construção no território nordestino com base na desconfiança de acontecer racismo ambiental, visto que Alagoas não é conhecido por ser zona que traz grande quantidade de finanças ao PIB nacional. Entre os diversos conjuntos que foram solicitados por MPF está na documentação que demonstra como as populações devem ser afetadas, com base na Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Racismo Ambiental Em De Campo Grande (MS)
De fato, na divisa entre o Brasil e Paraguai acontece um sério conflito entre indígenas e donos de terra que parece ser esquecido por parte da imprensa que realiza a cobertura ambiental de forma ativista. Índios Guarani lutam contra decisões judiciárias que acontecem desde o ano de 2005 nas quais existem aproximadas 15 propriedades do tipo rural. Não se pode ignorar o fato de que o Tribunal Regional Federal que cuida do assunto recusou a reivindicação da posse e promove o programa policiam para reintegrar a terra.
Essa representa na maior ação que existe na história dos índios Guaranis da ordem Yvy Katu. Representantes das tribos enviaram mensagem ao poder público ao dizer que por nada no mundo devem abandonar a terra que pertencem aos mesmos desde antes do período da colonização. Indígenas apontam que pretendem defender a terra com a própria vida, se for o caso, visto de que com a crença dos índios a presença espiritual dos antepassados está presente de forma vitalícia e ajudam na luta contra as ações dos homens brancos.
Para conseguir retomar a terra o poder público deve ter problemas sérios ao considerar que além de assassinatos serem proibidos nos dias atuais, a Constituição nacional indica que os índios não podem ser presos.
Racismo Ambiental No Espírito Santo
No município de Conceição da Barra populações quilombolas sofrem racismo ambiental por parte do Estado e o Ministério Público do Estado trabalha contra esse tipo de injustiça. Acontece que no ano de 2007 quase trinta membros dos quilombos foi preso sem justificativa ou mesmo um mandato lavrado de forma oficial. Por consequência das ações do MPF o Estado teve que pagar cem mil reais por causa de danos morais coletivo.
De acordo com os militares a ação aconteceu por conta dos boatos de que quilombos roubaram madeira de empresa especialista em fabricar celulose. As prisões foram feitas sem investigação e se configura de forma direta como racismo ambiental, além de desrespeitar as populações quilombeiras do Brasil. Os policiais foram ao local dos quilombos para reaver o material, por consequência sofreram resistência, o que culminou de forma direta com a prisão injusta.
Conclusão: Racismo Ambiental
De forma prática no Brasil acontecem diversos exemplos quase diários de racismo ambiental no qual o preconceito contra etnias acontece por de baixo dos panos, o que se configura como segregação social por vezes aplicada por próprio poder público.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier