Quantos Brasileiros São Considerados Pobres?

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mais de 50 milhões de brasileiros são considerados pobres. O resultado foi obtido através de uma pesquisa que visava saber qual era o nível de renda do brasileiro utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como resultado dessa pesquisa se constatou que 53,9 milhões de brasileiros vivem no que se considera pobreza. Esse número equivale a 31,7% da população do Brasil, dentro desse número existe ainda uma parcela ainda mais preocupante que é a de 21,9 milhões de pessoas que são consideradas indigentes.

O Que é Indigente?

Nesse contexto social o indigente é aquele que não tem dinheiro para comprar alimentos. Para efeitos de divisão do grupo de pobres e indigentes o IPEA considerou que pobres eram aquelas famílias que vivem com até meio salário mínimo per capita e que indigentes são aqueles que possuem uma renda per capita de até R$ 75,00.

Estados Mais Pobres

A pesquisa ainda elaborou um ranking de quais são os estados brasileiros mais pobres. O estado nordestino de Alagoas tem a maior taxa de pobreza do país com 62,3% e o estado do sul, Santa Catarina, possui a menor taxa de pobreza com 12,1%.

Outro ponto muito interessante que essa pesquisa nos ajuda a observar é como a renda no Brasil é mal distribuída já que 50% da população que é tida como mais pobre fica com apenas 13% da renda total que o país gera. A ONU considera que o Brasil é o segundo país do mundo com a maior desigualdade social ficando atrás somente de Serra Leoa.

Pobreza – O Que é e o Que Representa

Quando se usa a palavra pobreza todo mundo tem alguma imagem mental do problema e por mais que você assista a jornais e conheça histórias acredite que não sabe quais são as verdadeiras dimensões da pobreza. É difícil somente por meio de uma imagem vista na TV compreender quais são as carências com as quais uma família precisa conviver, saber o que essas pessoas que não tem nenhum recurso sofrem.

A seguir vamos falar um pouco a respeito das necessidades dessa população mais pobre bem como o seu nível de vulnerabilidade. Assim será mais fácil compreender como é a pobreza vivida no dia a dia bem como o que ela representa para essas pessoas.

Onde Estão os Pobres?

Uma pergunta que parece bastante simples de responder, mas que quando se está empreendendo uma pesquisa como essa do IPEA acaba não sendo tão simples. Muitos estudiosos sociais buscaram formas de determinar o que é a pobreza de forma que se pudesse encontrar onde estão os pobres.

Uma das fórmulas mais utilizadas é usar uma linha de pobreza que separe os pobres dos não-pobres. Em geral o que é usado como critério para separar esses dois grupos é a renda per capita que a família possui em comparação com o custo de satisfação das necessidades mais básica.

Para que haja uma referência utiliza-se o valor de uma cesta básica de alimentos. Dessa forma que se determina quais são as pessoas consideradas como indigentes, aquelas famílias cuja renda per capita é inferior ao custo de uma cesta básica de alimentos. Outra possível forma de identificar os pobres é a linha da pobreza criado pelo Banco Mundial que considera pobres as pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia.

Outras Perspectivas

Os pesquisadores e estudiosos sociais percebem problemas nessas formas de definir a pobreza e definir os que são pobres e os não-pobres. A principal crítica que se faz as formas de dividir a pobreza é que se trata de um problema bastante complexo e com muitas facetas.

Na década de 1970 começaram a surgir outras concepções que visam construir uma caracterização da situação da pobreza que seja mais precisa a privação que essas pessoas vivem. Essa visão mais completa tem como base um cálculo que observa questões essenciais para se viver bem que são bem-estar, saúde, saneamento básico, educação e moradia.

Essa forma de entender a pobreza, através de uma forma mais completa de observação do problema, ganhou mais apoio a partir da criação do Índice de Pobreza Humana (IPH) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no ano de 1997. Trata-se do método mais utilizado em pesquisas já que observa a pobreza de uma forma dimensional.

A Vulnerabilidade

Os componentes do conceito que se entende por vulnerabilidade são fecundidade, presença de crianças e idosos na família, presença da mãe, atenção dispensada a crianças e idosos, adolescentes e jovens entre outros. Dentre os indicadores estão a presença de crianças e idosos na família em casos em que a mãe tenha falecido.

Os pesquisadores entendem que é necessário uma investigação completa a cerca da presença da mãe. Isso porque quando as crianças são criadas por outras pessoas tem o risco da desproteção e de serem obrigadas a trabalhar em atividades perigosas e cansativas fora do ambiente escolar. Algumas dessas crianças não têm atendimento médico adequado e acabam doentes.

Acesso ao Conhecimento

Outra importante dimensão da avaliação da questão da pobreza os componentes importantes desse quesito são analfabetismo e baixo nível de escolaridade formal e qualificação. Dentre os possíveis indicadores estão a presença de um adulto analfabeto na família e a falta de um adulto que tenha o secundário completo bem como a ausência de um adulto que possua qualificação média ou alta.

Trabalho

Também se pode avaliar a pobreza através do acesso ao trabalho que as famílias tem, basicamente diz respeito a possibilidade que a pessoa tem de fazer uso da sua capacidade produtiva para trabalhar. Dentre os componentes que compõem o acesso ao trabalho estão disponibilidade de vagas, qualidade e produtividade que esses postos de trabalho tem.

Dentre os indicadores estão a verificação de se uma pessoa tem um trabalho no setor formal e também da ausência de um trabalhador que esteja há mais de seis meses trabalhando bem como a falta de um familiar que possua um rendimento superior a um salário mínimo.

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