Madeira Ilegal no Brasil

A floresta amazônica não é de hoje que vem sofrendo com a extração ilegal e legal da madeira. Aumenta o consumo de produtos madeireiros e o problema fica ainda maior. De olho na riqueza do nosso país quando o assunto é madeira e querendo explorá-la, um grupo de empresas da Ásia, em 1996, fizeram um grande investimento da indústria madeireira do Brasil. Estamos falando do falando de 500 milhões de dólares, o que foi o investimento. Além da boa quantidade de madeira no nosso país os asiáticos estavam pensando na rapidez que eles estão conseguindo acabar com as próprias florestas.

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É bem verdade que o governo brasileiro procura fazer com que a legalidade prevaleça na extração da madeira na floresta amazônica, por outro lado, é sabido que não se trata de uma tarefa fácil, basta contarmos a quantidade de operações de extração que temos e as localizações remotas.

O Que Gera a Promoção da Extração de Madeira no Brasil

A extração de madeira ilegal não é o único problema que enfrenta a floresta amazônica. O território ainda precisa ser defendido da caça e da busca por materiais que servem para construção, um verdadeiro paraíso para “afazeres econômicos”.

Além disso, as árvores também são colocadas no chão, e não estamos falando, neste caso, só da floresta amazônica, para construção de novas rodovias, por exemplo. E uma vez que chegam essas estradas, o acesso as florestas ficam ainda mais fáceis. Normalmente, as áreas onde acontecem as chamadas extrações seletivas são aquelas que podem ser ocupadas por novas famílias, o que significa sofrer novamente com o cultivo e a criação de animais. Se salvam sempre as vegetações que estão naquelas áreas de mais difícil acesso e que não poderão ser ocupadas.

A Extração Ilegal de Madeira na Floresta Amazônica

Existe a exploração madeireira legal e essa é regida por leis específicas, que inclusive, determinam em quais são as áreas que as árvores podem ser derrubadas. Porém, a extração ilegal é mais do que comum no Brasil. Normalmente, os madeireiros que agem de forma ilegal aproveitam os lugares distantes e fazem essa extração ilegal com vários artifícios: apresentando licenças falsas, com uma determinada licença cortam mais do o que foi permitido pela lei, faz a extração de madeira em áreas que não são permitidas sem nenhuma autorização, cortam árvores em áreas preservadas e nas que pertencem aos índios e não tem nenhum problema em cortar uma árvore que é não se pode quando ela tem um grande valor comercial.

E como dá para imaginar a extração ilegal de madeira tem o seu preço, um impacto negativo, com a perda de espécies importantes da flora e da fauna, além de prejuízos econômicos. E é muito comum que madeireiros credenciados não respeitem as leis e trabalhem da forma que julgam ser melhor para os próprios interesses.

Outro grande problema é a venda de terras públicas, que são griladas e vendidas abaixo do preço real de mercado para extração de madeira. Se trata de um tipo de atitude ilegal muito difícil de ser controlada pelo governo. Sem falar nos documentos falsos que são conseguidos por essas pessoas, através da corrupção dentro dos setores que deveriam cuidar dessas zonas.

Diante desses problemas de controle, as consequências vão só se agravando, como a extinção de animais silvestres, a perda da biodiversidade, a perda dos serviços ecológicos prestados pela floresta, problemas do ciclo hidrológico e até mesmo problemas de clima, alterações.

Brasil e Estados Unidos Anunciam Acordo Para Frear o Tráfico da Madeira Extraída Ilegalmente do Nosso País

O acordo foi anunciado no mês de março de 2014, Brasil e Estados Unidos vão combater o comércio ilegal de madeira brasileira que vai para fábricas americanas. Não é um caso que os dois países tenham buscado esse acordo, e sim, porque os Estados Unidos é o principal país que recebe a madeira exportada do Brasil. O negócio gira em torno de 100 bilhões de dólares anualmente. Para se ter uma ideia, em 2013, o Brasil exportou  240 mil toneladas de madeira, e a maior parte foi para os Estados Unidos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.  O que não quer dizer que os americanos receberam somente a madeira extraída legalmente, essa é a preocupação de ambos os governos.

Então, para evitar que a madeira ilegal saia do Brasil e siga para os Estados Unidos, os dois países se uniram para pegar os criminosos que fazem a venda irregular. Aliás, os americanos já afirmaram ter conhecimento de que parte dessa madeira que chega até os Estados Unidos foi extraída ilegalmente.

Para estreitar essa colaboração, norte-americanos participaram de cursos no Brasil ao lado dos brasileiros, em ambas as partes, pessoas que estão ligadas ao combate da extração de madeira ilegal e a sua comercialização.

A Máfia da Madeira: Revelou Dados da ONU

Segundo dados da ONU em colaboração com a Interpol, em um ano, o comércio ilegal de madeira no mundo todo movimentou entre 30 a 100 bilhões de dólares, o que fez com eles concluíssem, que do comércio total, de 10% a 30% são ganhos por parte da ilegalidade.  Além disso, o mesmo relatório afirmou que boa parte dessa madeira ilegal, 90%, é oriunda de países tropicais, obviamente com o Brasil na lista. E o destino principal dessa madeira é União Europeia, China e Estados Unidos, sendo que a parte maior fica dentro dos próprios países para consumo.

Ainda segundo o relatório da ONU com a Interpol, a movimentação dessa madeira se faz de forma simples porque ela sai e entra junto com a madeira que foi extraída de forma legal. Apesar do Brasil ter conseguido reduzir a extração ilegal em 75% nos últimos anos, a atividade ainda é muito nociva e em grande escala.

Os órgãos do governo agora buscam trabalhar em conjunto e reunir o maior número de informações possível. Uma das principais ideias é criar o Termo de Ajustamento de Conduta, que exigirá maior cooperação entre os órgãos responsáveis pela fiscalização do comércio e mais eficácia no controle. Outro problema que o governo pretende resolver com mais rapidez é a contratação de mais fiscais, uma vez que as áreas a serem vigiadas são grandes e distantes umas da outra, o que facilita a extração ilegal.

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