Um dos grandes problemas ecológicos enfrentados pelo Brasil na atualidade é o desmatamento, embora, em 2012, a taxa tenha diminuído, o que pode ser considerada uma boa notícia. Porém, se faz necessário continuar trabalhando para diminuir ainda mais esse índice de desmatamento no nosso país.
Os motivos das altas taxas de desmatamento no Brasil são muitos e variam de acordo com a região do país, porém, podemos destacar como principais: a exploração madeireira, a conversão das terras para pecuária e para a agricultura, a urbanização, a grilagem de terras e também a construção de infraestruturas para as cidades, como estradas, pontes e barragens. Atualmente, o desmatamento afeta mais os seguintes estados, por ordem de maiores taxas: Mato Grosso, Pará e Rondônia.
O Início do Desmatamento até Chegar aos Dias Atuais
O desmatamento é de longa data, desde que o homem colocou os pés no território, que hoje é o Brasil, passou a praticar o desmatamento e desde então, causando impacto ambiental. Porém, é correto afirmar também que as mudanças climáticas participaram em determinados momentos ao longo da história. Elas provocaram rearranjos nas composições florestais de grande impacto.
Neste caso, os dados que se tem sobre os fenômenos naturais não são suficientes para traçar um verdadeiro panorama do que aconteceu. Diferente daquilo que se sabe depois da conquista do território brasileiro pelos portugueses em 1500. Daquele momento em diante, sabe-se que flores inteiras foram derrubadas, principalmente, aquelas que estavam localizadas no litoral e podemos dizer, que desse ponto em diante o problema só agravou.
Uma estimativa diz que o território brasileiro original era coberto em 90% por florestas, as mais variadas e os outros 10% eram formado por campos. E no ano 2000, esse índice era de 62,3%. O que se observa, porém, é que analisando as taxas de desmatamento no Brasil por regiões, o problema é mais grave. Isso porque alguns biomas foram mais afetados do que os outros, podemos citar, por exemplo, o caso da Mata Atlântica. Essa era a floresta com maior biodiversidade do mundo e atualmente restaram somente 13% do que ela possuía.
A boa notícia é que dados oficiais dizem que desde 2010 se observa uma redução aparente da tendência de desmatamento no Brasil. Porém, mesmo com esses dados, o nosso país continua sendo líder no mundo quando o assunto é taxas de desmatamento. Logo atrás do Brasil vem a Indonésia, seguida da Austrália.
A Mobilização da População Para Diminuir as Taxas de Desmatamento
O assunto desmatamento é pauta nas mídias desde os anos 70 e de lá para cá vem ganhando maior número de adeptos que ajudam no combate dessa prática ilegal e que compromete o bom funcionamento ecológico. Mas, vale ressaltar que o desmatamento está ligado a outros danos ao ecossistema, como aquecimento global, poluição e invasão de espécies exóticas. Tudo somado, se observa um impacto negativo ainda mais na vida das gerações atuais e pior ainda, daquelas que estão por vir, se nada for feito.
Segundo especialistas no assunto, para combater esses problemas e dar a eles uma devida resposta, é necessário adotar medidas enérgicas. Em primeiro lugar deve-se colocar os dados das pesquisas científicas e deixar de lado questões políticas e econômicas. Além disso, nesse “pacote” para resolver o problema é preciso incluir educação para a população em geral, principalmente, para as pessoas mais pobres.
O Brasil Conseguiu Registrar a Menor Taxa de Desmatamento em 2012
O desmatamento ilegal de árvores na Amazônia apresentou a menor taxa anual, em 2012, desde que o governo brasileiro passou a monitorar a região, em 1988. Segundo os dados que foram anunciados no relatório de 2012, a taxa de desmatamento da Amazônia, isto é, área desmatada, que foi de 6,4 mil quilômetros, em 2011, foi de 4,6 mil quilômetros no ano seguinte.
Apesar de ainda muito alta, o governo brasileiro comemorou pelo fato de ser a menor taxa de desmatamento da história.
O governo brasileiro trabalha com uma meta de redução anual que e de 3,9 mil quilômetros quadrados até o ano de 2020 para o desmatamento ilegal naquela região.
O Instituto Nacional de Pesquisas, Inpe, mostrou através de imagens de satélite, que a redução em 2012 foi da área explorada ilegalmente pelos madeireiros, que representa 27%, comparando com o ano de 2011. Porém, não foram só de boas notícias que o Brasil viveu em 2012 quando o assunto é desmatamento. Em três estados brasileiros foi registrado um aumento na taxa de desmatamento. A derruba de árvores em Tocantis aumentou 33%, a degradação no Amazonas aumentou em 29% e a ação de infratores no Acre aumentou em 10%.
O governo brasileiro não conseguiu fazer um levamento para saber o que elevou esses índices nesses três estados, somente no Tocantis, que a questão estaria ligada ao Cerrado Amazônico. Enquanto no Amazonas, se suspeita de algo associado a migração em torno da BR – 317, que fica localizada na região de Apuí.
Ainda de acordo com os dados do relatório de 2012, o estado do Pará é o mais prejudicado pelo desmatamento ilegal. O tamanho da área devastada chegou a quase 1,7 quilômetros quadrados, considerando uma redução de 44% de 2011 para 2012.
A Atuação da Fiscalização nas Áreas Monitoradas Pelo Governo Para Evitar o Desmatamento
A redução nas taxas de desmatamento ilegal no Brasil está sendo possível graças ao trabalho que o governo brasileiro vem realizando de monitoramento. No ano de 2012, por exemplo, foram apreendidos pelos fiscais do Ibama: 329 caminhões, 111 motosserras, 95 tratores e mais 143 veículos. E mais, 12 mil metros cúbicos de carvão e 130 mil metros cúbicos de madeira.
Porém, a arrecadação das multas que devem ser aplicadas aos infratores, segundo especialistas, é o ponto mais fraco do trabalho do governo brasileiro. Segundo eles, o problema está na falta de tecnologia adequada. É muito comum, por exemplo, que sejam dadas coordenadas erradas e as multas acabam sendo suspensas. Sabendo das falhas do sistema, os infratores as usam ao próprio favor.
Está sendo estudada uma fiscalização eletrônica, que segundo o governo, garantirá dados 100% corretos. O projeto custou aos cofres do governo o valor de 15 milhões e os fiscais passaram a ser treinados para usar a nova tecnologia que será implantada.