Se entende por erosão terrestre o desgaste das rochas e do solo, que são transportados, na maioria das vezes, pelo vento, pela água da chuva, e em alguns casos, pelo gelo. Todas as estruturas do solo são comprometidas pela erosão. São elas: húmus, óxidos, argilas e areias. Elas são transportadas, pelos meios enumerados anteriormente, levadas para a parte mais baixa do relevo. Esse “caminho” causado pela erosão acaba obstruindo os cursos d’água com o material que ela vai levando.
Além disso, ela provoca a desnutrição do solo. Para tentar minimizar o grande problema gerado pela erosão, são usadas técnicas de conservação de solo. A parte deste, menos afetada, é aquela que é coberta pela vegetação. Porém, o homem destrói a vegetação e o problema se agrava.
Os Fatores que Contribuem Para a Erosão Terrestre
O homem é responsável por várias ações que aceleram o processo de erosão. Veja quais são as principais:
- Desmatamentos – eles fazem com que o solo perca a proteção natural e a erosão acontece, principalmente, durante as chuvas.
- Desflorestamento em consequência das novas construções imobiliárias em encostas. Sendo um terreno em declive, o processo de erosão é acelerado.
- O uso de técnicas agrícolas inadequadas.
- Quando a ocupação do solo interfere no desempenho que os terrenos têm para absorver água.
Os Vários Tipos de Erosão
1- Erosão pluvial: é o processo em que a água da chuva retira o material que está na parte de cima do solo. Com o solo desmatado, o processo é ainda mais acelerado. Com a força da água da chuva, os torrões são desagregados e se agregam ao solo, um fenômeno chamado de salpicamento. Além disso, a força provocada pelo processo faz com que o material fino vá para baixo da superfície, provocando selagem do solo.
2- Erosão eólica: no caso desse tipo de erosão o “agente transportador” é o vento. As partículas em pequenos pedaços batem nas rochas e ficam menores ainda e batem contra outras rochas. O resultado se vê no deserto, por exemplo, a formação da dunas, também em zonas de seca.
3- Erosão marinha: é caracterizado pelo atrito entre as rochas e a água do mar, que ao longo do tempo vai cedendo e virando grãos. Normalmente, isso acontece no litora e o resultado é um revelo formado por planícies. A explicação para tal processo tem a ver com a termodinâmica, que é são os ventos, que também são os mesmos responsáveis pelas correntes, marés e ondas.
Esse fenômeno tanto pode acontecer nas praias arenosas quanto nas costas rochosas. Nas praias, essa ação da erosão do mar cria as chamadas falésias e no caso das costas rochosas, a praia começa a “recuar”. As ondas vão removendo o sedimento, que vai sendo levado pelas correntes de deriva litoral pelas laterais.
Enquanto a erosão nas praias arenosas é um problema principalmente para as populações que vivem na costa. O fenômeno pode acabar destruindo casas, comércio e também gerando problemas ambientais de grande dimensão. Porém, é possível evitar as consequências graves da erosão, usando medidas de precaução. As principais delas são: realimentação de praias e construção pesada de defesa costeira, chamadas de esporões e enrocamentos.
Podemos citar como exemplos de erosão marinha, o caso da região de Aveiro, em Portugal. A situação no local merece muita atenção, porque a pequena faixa costeira que existe no lugar e que separa a laguna do mar está quase rompendo. Se o problema não for solucionado, a salinidade da laguna acabará afetada e em consequência, todo o ecossistema.
Causando menos problema, a erosão marinha também se observa na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, que está tendo a largura da faixa da areia alterada, em consequência do problema.
4- Erosão química
A erosão química é qualquer processo químico que passa a rocha. Além das reações químicas incluímos nessas mudanças, outros fatores, como a água, o frio, o calor e os compostos biológicos. Nessa tipologia de de erosão, os climas exercem grande influência, varia se é polar ou seco e a temperatura quando muda também pode destruir as rochas. Nos climas temperados e quentes o que altera as rochas são a umidade, os dejetos orgânicos e a água.
5- Erosão glacial: são as geleiras que vão trocando de lugar em sentindo descendente, em consequência surgem a sedimentação glacial e a erosão. Com o passar do tempo, o gelo pode sumir completamente das geleiras e o que vai sobrar é um vale ou um chamado fiorde, próximo ao mar. O mesmo fenômeno pode ser observado em lugar onde predominam as rochas porosas, em consequência da susceptibilidade das glaciações. O que significa que no verão a água se acumula nas cavidades das rochas. Enquanto, no inverno, ela congela no mesmo lugar e acontece a dilatação. Quando a estação fria termina, o gelo funde e volta a congelar quando o inverno retorna. Esse processo se repete várias vezes e é justamente isso que faz com que gradativamente a rocha vá se desagregando. Com um passar do tempo, o problema se agrava quando parte da rocha desmorona e o resultado é a formação de fiordes e paredões.
6- Erosão fluvial: é quando as marges dos rios e o leito sofrem desgastes provocado pelas suas próprias águas. Essa degradação acaba alterando o curso do rio. Todo esse processo, de sedimentação das rochas, forma um novo relevo, que é chamado de Colúvio, consequência da erosão. Além disso, podem ser formar outras “paisagens”, como as voçorocas, as ravinas e também deslizamento de terra. E mais uma vez, com esse último, todos os sedimentos resultantes da erosão vão direto para as partes mais baixas e acaba se formando depósitos de encosta.
O que Pode ser Feito Para Evitar a Erosão Terrestre
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar a erosão terrestre, falando daquele que tem como principal agente causador o homem. Veja quais são elas!
- Acabar com o desmatamento ilegal.
- Fazer o reflorestamento em áreas que foram desmatadas ilegamente.
- Estar sempre monitorando as mudanças que ocorrem no solo.
- Fazer um planejamento apurado antes de construir rodovias ou túneis.
- Procurar impedir alterações significativas no solo.