Cobertura de Gelo da Groenlândia

Os trópicos do nosso planeta acumulam uma diversidade de curiosidade incrível. São fenômenos que só acontecem nessas regiões ou então animais e plantas que só encontramos por lá. Apesar de ser uma região que ainda possui uma parte a ser explorada, os nossos trópicos possuem fatores que influenciam diretamente no restante do planeta.

É justamente sobre um desses fatores que vamos conversar e conhecer mais abaixo: A cobertura de gelo da Groelândia.

O Que É?

A cobertura de gelo da Groenlândia resumindo de uma forma bem rápida é uma imensa camada de gelo que cobre aproximadamente 80% da superfície da ilha que carrega esse mesmo nome. A Groelândia é uma das ilhas mais conhecidas do mundo e está localizada no Oceano Ártico.

A cobertura de gelo desse local ganhou visibilidade por ser o segundo em extensão do mundo. O primeiro lugar fica com a camada de gelo da Antártida que tem cerca de 2.400 milhões de quilômetros quadrados. A camada de gelo da Groelândia possui 1.710 quilômetros quadrados de extensão.

Camada de Gelo

Como Surgiu

De acordo com pesquisadores, a camada de gelo da Groelândia começou a se formar há mais de dois milhões de anos. Antes, o que existia naquela área era uma grande e bonita floresta montanhosa. A mudança começou a acontecer quando na região do Ártico a temperatura reduziu consideravelmente, que mesmo com as épocas mais quentes, o gelo não conseguia ser derretido por completo e nos próximos invernos se acumulavam mais ainda.

Formação

A camada de gelo da Groelândia é o resultado das camadas de neve que ficaram comprimidas por mais de 100 mil anos. Como citamos logo mais acima, mesmo com os períodos de temperatura mais alta, algumas camadas são tão profundas que o gelo não conseguiu derreter por completo e a medida que o tempo foi passado ela foi aumentando sempre um pouco mais até alcançar o tamanho total que se encontra hoje.

Pesquisas e Estudos de Clima

Já existe um trabalho feito com essa camada para que ela não atinja regiões vizinhas e por esse motivo, cientistas têm perfurado núcleos de gelo localizado por toda a Groelândia e com profundidade de até três quilômetros. O principal motivo dessa perfuração é para que haja um estudo melhor do clima do planeta e saber se determinados fenômenos climáticos estão ligados à essa extensa camada de terra congelada.

Esses estudos que também são feitos na camada de gelo da Groelândia são utilizados para obter informações sobre o volume do oceano, a variabilidade do impacto da luz solar, as erupções vulcânicas, a produtividade da superfície do mar, a precipitação química e composição do gás de atmosferas mais baixas, expansão de climas desérticos e os incêndios florestais. Cada um destes fatores é diretamente influenciado pelo que acontece em nossos trópicos e por isso são tão importantes.

Formação Geográfica

Devido a grande e grossa camada de gelo que cobra a Groelândia, a região inteira possui um formato totalmente diferenciado da sua real formação geográfica. Entre os diversos estudos que foram feitos neste território, um deles analisou a formação real da Groelândia e comparou com o que é hoje. Viu-se então que o terreno real teria boa parte de seu centro coberto de água, como uma espécie de grande lago bem no meio da ilha. A Groelândia teria então um formato de “anel”, o que faria com que a área física fosse ainda menor do que é hoje.

Cânion

Em agosto deste ano (2013) um satélite localizou um imenso cânion localizado sobre a camada de gelo da Groelândia. De acordo com as análises que já foram feitas por cientistas, ele tem pelo menos 750 km de comprimento e 800 de profundidade, o que torna essa descoberta uma formação bem semelhante ao Grand Canyon, que vamos encontrar no estado do Colorado, no oeste dos Estados Unidos.

Apesar de ainda estarem em pesquisas, os cientistas responsáveis por essa análise informaram que provavelmente essa formação geográfica já existia antes que os gelos cobrissem a Groenlândia e com os derretimentos que vêm acontecendo nos últimos anos, ele chegou à vista. Isso só conclui a ideia de que ainda existe muita coisa a se descobrir nessa região e que muitos fenômenos que acontecem ao redor do mundo podem ser explicados.

A pesquisa sobre essa e outras descobertas envolvendo a grande camada de gelo da Groelândia é estudada por cientistas da escola de ciências geográficas da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Derretimento em Grau Elevado

Devido diversos fatores naturais ou não, a temperatura do nosso planeta aumentou consideravelmente nos últimos 50 anos e com isso diversos fenômenos aconteceram. A grande camada de gelo da Groelândia não conseguiria ficar de fora e mesmo com as temperaturas muito baixas por lá, o aquecimento do planeta fez com que a porcentagem de gelo derretido durante o verão na região aumentasse consideravelmente, a ponto de espantar cientistas envolvidos com o estudo da área.

Em julho de 2012 a NASA registrou um derretimento de 97% de toda a superfície da Groelândia, o que há 30 anos não ultrapassava os 50%. Á princípio esse número assustou e todos os testes para comprovar o fenômeno foram refeitos e só então foi comunicado aos cientistas responsáveis. Esse fato aconteceu no mês de julho quando acontece o verão europeu e a estação influencia diretamente à região da Groelândia.

Saiba Mais

Saiba Mais

Ainda não se sabe ao certo o que vai acontecer devido esse aumento considerável já que o gelo quando derretido se transforma em água e esta deve escorrer para algum local que ainda não foi descoberto. O que a NASA, juntamente com cientistas de institutos responsáveis estudam é a prevenção de ondas desproporcionais ou invasão de marés. Ainda não se sabe se o nível de derretimento vai ser permanecido a partir de então ou se realmente foi um fenômeno único. A NASA já confirmou que algumas ondas de ar quente continuarão atingindo a Groelândia durante o mês de julho e passará a observar a região para evitar futuros acidentes geográficos.

A fauna e a flora da região também passou a ser estudada e pesquisada já que tudo o que sobrevive nessa região é com base no gelo e em suas baixas temperaturas.

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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