Um texto publicado em 2007 na revista “Cronicas de los Tiempos” viralizou na internet devido ao seu conteúdo que faz uma reflexão a respeito do possível futuro apocalíptico da Terra se o ser humano não cuidar como deve dos recursos naturais como a água. Trata-se de uma carta intitulada “O Preço dos Nossos Erros” escrita por um homem que tem 50 anos em 2070 e relata as dificuldades de sobreviver com pouca água e praticamente sem oxigênio.
A seguir vamos refletir um pouco sobre a narrativa do senhor fictício que escreve essa carta e como ela pode assustadoramente se tornar verdadeira. O que você faz para ajudar a preservar os recursos naturais do planeta?
O Futuro Apocalíptico de 2070
Assista a seguir ao vídeo em que a narrativa é apresentada e depois continue lendo para acompanhar as reflexões a respeito desse tema.
O Preço dos Nossos Erros
O título da carta já abre uma grande reflexão a respeito da forma como estamos cuidando e usufruindo dos recursos naturais do planeta. Toda a água que desperdiçamos hoje e árvores que derrubamos afetarão os nossos descendentes. Nossos filhos e netos podem não ter um lugar amistoso e possível de se viver no futuro. No início da narrativa o homem fala que tem 50 anos de idade com aparência de 85.
Conforme o texto avança ele comenta que moças de 20 anos aparentam 40 devido a maior incidência de sol na superfície do planeta, afinal a camada de ozônio não existe mais. Ainda mais alarmante é o fato de que a média de vida dos seres humanos caiu para 35 anos sendo ele, com 50, um idoso. Problemas renais se tornaram bastantes comuns devido a pouca quantidade de água disponível para beber, o narrador menciona que quando era jovem bebia 8 copos de água diariamente e em 2070 só pode beber meio copo.
Futuro Apocalíptico
Os jovens têm sérios problemas de saúde ocasionados pela desidratação extrema e apresentam na pele marcas da ação nociva do sol assim como de não ter água para tomar banho. Num dado momento ele comenta que costumava tomar banhos de até uma hora e no presente em que está só pode usar toalhas umedecidas em azeite mineral para a limpeza da pele. É possível ir fazendo conexões entre o comportamento inconsequente da geração desse senhor com a situação caótica de 2070.
A Água Acabou
A história gira em torno de como o fim da água alterou a salubridade da vida em sociedade. As mulheres não têm mais longos e belos cabelos, todos precisam raspar a cabeça para que possam se manter limpos. Os rios, lagos e mantos aquíferos estão praticamente todos contaminados e sem a possibilidade de serem usados pela humanidade. As paisagens não existem mais, o mundo se tornou um imenso deserto.
As principais causas de morte no presente apocalíptico de 2070 são infecções gastrointestinais e problemas de pele. O desemprego chegou a uma margem alarmante, pois sem água boa parte das indústrias deixou de existir. Grande parte dos indivíduos da sociedade se tornaram operários em fábricas dessalinizadoras. O salário é pago na forma de água potável e os assaltos de bujões de água se tornaram frequentes. Lugares que tem água estão sob vigilância do exército dia e noite.
Torneira Seca
Vida Desumana
A água potável ter acabado acarretou numa série de questões críticas como o desenvolvimento de comida sintética e o uso de roupas descartável (algo que gera ainda mais lixo no planeta). A rede de esgoto não existe mais, a humanidade retrocedeu e voltou a usar fossas sépticas. As pessoas têm uma aparência ruim, visual enrugado decorrente da desidratação.
A sociedade de 2070 sofre porque água e a ação das árvores no meio ambiente não pode ser fabricada. Até o ar respirado precisa ser pago, os indivíduos que não conseguem pagar a taxa são enviados para fora dos locais em que há geração de oxigênio por meio de pulmões mecânicos movidos a energia solar. Ao chegar ao final da carta o narrador demonstra sentir culpa pelo fato de que sua filha precisa viver nesse mundo sem possibilidades porque a geração dele não preservou as riquezas que possuía.
