A Chapada Diamantina é uma serrana localizada no centro da Bahia. A Chapada Diamantina pode ser considerada como um verdadeiro Oasis no sertão nordestino, pois a chapada diamantina possui inúmeras atrações tanto de ordem natural, quanto cultural para os seus visitantes.
A Chapada Diamantina está inserida no território de 26 (vinte e seis) diferentes municípios do estado da Bahia. Apesar do estado da Bahia está situado no nordeste brasileiro, que é uma região onde a vegetação típica é a caatinga, e ela possui uma imensa área de Mata Atlântica, repleta de campos floridos e com imensas planícies que são divididas por vegetações típicas do cerrado. Alem disso se destacam a grande presença de bromélias, orquídeas e sempre vivas.
A Chapada Diamantina se caracteriza por ser um verdadeiro reduto de grandes belezas naturais e entre os inúmeros atrativos naturais existentes na Chapada Diamantina estão: enormes paredões, desfiladeiros, grutas, cânions, rios, cavernas, cachoeiras e etc, que oferecem uma beleza de grande destaque.
Existe uma enorme diversidade de flora e fauna dentro da Chapada Diamantina, nela podemos encontrar os mais diversos animais, inclusive espécies raras como o tamanduá bandeira e o tatu canastra.
A chapada diamantina é uma área de características turísticas com diversas atrações que acabam atraindo turistas e pessoas interessadas em aventuras ecológicas que podem ser realizadas na região. As pessoas possuem grande variedade de atividades a realizar quando se encontram na chapada diamantina como por exemplo: visita de cavernas e grutas, banho de cachoeira, trilhas, montar a cavalo, pratica de esportes e inúmeras outras atividades.
A chapada diamantina possui uma beleza exuberante que precisa ser preservada para as futuras gerações.
O Parque Nacional Da Chapada Diamantina
O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado na década de 80 (oitenta), e através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, é o órgão responsável por manter em ordem e conservar toda a fauna e a flora existente nesse local.
A chapada diamantina possui uma vegetação exuberante e que se destaca por sua grande diversidade: caaatinga, cerrado e mata atlântica.
No entanto, apesar da imensa área verde, a Chapada Diamantina está inserida em uma área, o nordeste brasileiro, que é caracterizado pelo problema da grande dificuldade com relação a falta de água, seja pela falta dos recursos naturais ou pela ausência de chuvas na região.
Devido a essa questão da falta de água e estiagem, a seca acaba influenciando a vegetação da chapada diamantina, que acaba sofrendo muito com a ação de incêndios.
Os Incêndios Na Chapada Diamantina
Os grandes momentos de estiagem que chegam a durar cerca de 04 (quatro) meses acabam gerando um dos maiores problemas para a manutenção da flora e fauna da chapada diamantina que são os incêndios.
Os incêndios são causados pelo fato de ocorrer a estiagem que ocasiona a vegetação seca, e além disso a área se caracteriza por apresentar temperaturas altas e baixa umidade. essas condições climáticas facilitam a ocorrência dos incêndios, no entanto, esses fatores naturais não são capazes de gerarem todos os focos de incêndio que acabam acontecendo em toda a chapada diamantina.
Por isso, para ocorrer a compreensão total da ocorrência de tantos incêndios na chapada diamantina estão associadas a ação dos seres humanos, que é a principal fonte causadora de incêndios na região. Os homens causam incêndios realizando ações como exemplo: atividade de garimpo artesanal nas regiões de serras, pratica de caça ilegal, uso indevido de fogo na agricultura, acidentes nas visitas publicas e outras ações indevidas.
Em alguns tipos de vegetação (exemplo: o cerrado), os incêndios funcionam como um fator de manutenção e regularização da vegetação. No entanto, na região da chapada diamantina podem surgir diversos males, pois os incêndios causam mudanças na flora e na fauna, causando divergências e alterações na biodiversidade do local. Alem disso, os incêndios causam alterações, reduzindo as condições de fertilidade do solo da região, alem de alterar o efeito estufa e prejudicar os mananciais de água que existem na chapada diamantina.
A Prevenção De Incêndios Na Chapada De Diamantina
Apesar das inúmeras causas de ocorrência dos incêndios, os órgãos responsáveis pela manutenção da chapada diamantina, tem tomado uma serie de medidas preventivas para evitar a ocorrência dos incêndios na áreas da chapada diamantina.
Entre As Ações Preventivas Estão:
- Ações educativas e de sensibilização ambiental;
- Fiscalização e presença informando a importância de não cometer queimadas e incêndios;
Contudo, o maior problema enfrentado para prevenir os incêndios nessa região, é a questão dos Litígio Com As Pessoas responsáveis pela administração da área em que está a chapada diamantina.
Outras Ações Preventivas Tomadas Pelos Responsáveis Por Administrar e Preservar a Chapada Diamantina São:
- Monitorar a chapada diamantina através de mirantes naturais nos cumes das serras;
- Instalação de mirantes de fiscalização próximo as antenas de telecomunicações das cidades que estão ao redor da chapada diamantina;
Essas ações de monitoramento tem efeito e caráter de inibir a ação das pessoas mal intencionadas e que provocam incêndios indevidos na região da chapada diamantina.
O Combate Aos Incêndios Na Chapada Diamantina
A partir do instante que se detecta algum incêndio na chapada diamantina, é necessário que seja combatido e controlado no menor intervalo de tempo possível, por isso é de grande importância as ações preventivas, para evitar que os incêndios ocorram na região.
Outra ferramenta usada no combate aos incêndios na região da chapada diamantina é o uso de meios aéreos (helicópteros e aviões para fins agrícolas), que possuem adaptações para jogar água sobre os focos de incêndio.
Outra técnica usada é o isolamento da vegetação que esta sofrendo com a queimada, fazendo com que a queimada fique isolada e não se espalhe pelo restante da vegetação, impedindo o avanço do incêndio.
A Brigada De Combates a Incêndios Florestais
A chapada diamantina possui hoje um grande numero de pessoas que determinadas a preservar esse verdadeiro paraíso, com uma fauna e uma flora exuberante, lutam para controlar os diversos incêndios florestais que, principalmente nos períodos de seca e estiagem. Essas pessoas são chamadas de brigadistas da chapada diamantina.
Atualmente, existem mais de 200 (duzentos) voluntários que estão na batalha para evitar a destruição da chapada diamantina devido grande ocorrência de incêndios na localidade.
Somente em 2013 a Chapada Diamantina enfrentou dois graves incêndios que ameaçaram a região e demonstraram a fragilidade que o local enfrenta quando uma simples chama começa. O primeiro grande incêndio do ano se deu no mês de janeiro e atingiu o Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia.
O incêndio levou cerca de seis dias para ser controlado e exigiu um grande empenho dos brigadistas. O trabalho de controle de fogo na região fica sob os cuidados da Coordenação de Emergências Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O Trabalho Apagando o Incêndio de Janeiro de 2013
Nesse incêndio de janeiro de 2013 os brigadistas precisaram ter muito empenho e cuidado para ter certeza que o fogo realmente havia sido totalmente controlado. Depois do trabalho duro para controlar as chamas mais visíveis os brigadistas precisam se concentrar em acabar com os pequenos focos de fogo.
Os focos de calor também precisam ser controlados para evitar que novamente as chamas se espalhem. Foram 126 horas de combate sem interrupção das chamas, o começo da tragédia foi no dia 7 de janeiro de 2013 no município de Palmeiras. Essa área é cortada pelo Rio Capão e fica ao norte do parque nacional.
A natureza deu uma grande contribuição para os brigadistas com uma chuva providencial que foi muito importante para acabar de vez com as chamas. Porém, mesmo depois que as chamas mais elevadas são apagadas os profissionais devem ficar atentos, pois qualquer descuido e o fogo pode recomeçar.
Nesse incêndio as chamas foram avançando no Vale do Capão e assim chegaram a Serra dos Cristais e também a Cachoeira da Fumaça. Os brigadistas conseguiram controlar o fogo antes que chegasse ao chamado Morrão. Para conseguir isso os brigadistas, bombeiros profissionais e voluntários, utilizaram abafadores e bombas costais.
2008
No ano de 2008 a Chapada Diamantina já havia sofrido com um grande incêndio que chegou a queimar cerca de 75% do Parque Nacional. O incêndio de janeiro de 2013 atingiu uma área menor, porém, foi mais difícil de controlar. No começo do ano o clima está muito seco e quente o que favorece a proliferação das chamas.
Os brigadistas alegam que o incêndio de 2013 foi criminoso, pois assim que um foco de fogo era controlado outro aparecia. Dentre as motivações para incêndios criminosos na região é possível destacar a caça, pois com o fogo os animais se veem obrigados a se alimentar do capim que ainda está crescendo o que os faz sair da mata.
Há também a questão do garimpo na região, os garimpeiros utilizam o fogo para fazer a limpeza da beira dos rios para que seja mais fácil extrair os minerais que lá se encontram. Somado a isso tem ainda a questão do vandalismo, ou seja, pessoas que colocam fogo simplesmente para ver a destruição.
O Impacto do Incêndio
Através de alguns dados de imagens de satélite foi possível ao Instituto Chico Mendes fazer um cálculo de quanto o incêndio devastou do Parque Nacional da Chapada Diamantina. De acordo com as imagens foram devastados 152 mil hectares, mas sempre é possível que outros danos tenham acontecido e escapado ao satélite.
Por exemplo, os danos ao relevo não puderam ser captados pelo satélite que faz a imagem de cima. O trabalho dos brigadistas não acaba quando as chamas chegam ao fim. Os profissionais utilizam um aparelho GPS para acompanhar as linhas de fogo e assim poder fazer um levantamento mais completo dos danos reais.
O que se sabe é que sempre que um incêndio acontece na Chapada Diamantina existe um grande prejuízo para a natureza, pois se perde muito em fauna e flora. A biodiversidade perdida através do fogo não pode mais ser recuperada.
Setembro de 2013
Depois do grande incêndio de janeiro de 2013 a Chapada Diamantina voltou a sofrer com chamas no mês de setembro do mesmo ano. Esse foco de incêndio se deu na Serra dos Barbados que fica localizada entre os municípios de Abaíra e Piatã. O incêndio começou no dia 21 de setembro, um sábado, e foi considerado de média a grande proporção.
Os bombeiros não encontraram as razões para o começo do fogo. As chamas atingiram uma Área de Proteção Ambiental (APA) localizada nas proximidades do povoado de Catolés. A ação rápida e eficaz de brigadistas ajudaram a evitar que o fogo atingisse o povoado.
Para os bombeiros a maior dificuldade não foi apagar o fogo em si, mas sim chegar a região em que as chamas começaram a se alastrar. Devido ao difícil acesso os combatentes do fogo levaram cerca de 3 a 4 horas para chegar no ponto e poder começar a conter o incêndio.
Incêndios Recorrentes na Chapada Diamantina
Todos os anos a Chapada Diamantina enfrenta focos de incêndio e as autoridades ressaltam que essa é uma das áreas que mais sofre com as queimadas no país. Além disso, o clima que fica bastante seco durante os meses do verão contribui para a proliferação das chamas.
Conforme a seca da região vai se agravando aumentam e muito os riscos de incêndios. A concentração de matéria orgânica e a baixa umidade do ambiente faz com que aumentem as chances de incêndios. Porém, ainda tem outras causas como, por exemplo, a realização de queimadas nas propriedades rurais do entorno.
Os agricultores manejam o fogo sem os devidos cuidados e quando percebem perderam o controle das chamas. O governo vem estabelecendo várias ações para ajudar a coibir o começo dos incêndios. Os objetivos dessas ações é promover a educação ambiental bem como estabelecer um diálogo com os moradores locais.
Prejuízos Para As Pessoas
Além dos incêndios na Chapada Diamantina trazerem inúmeros prejuízos para o meio ambiente também são perigosos para a saúde da população que vive no entorno. A qualidade do ar fica comprometida devido a fumaça, a quantidade de pessoas que sofrem com problemas respiratórios aumenta muito logo após os incêndios.
Há também a questão econômica uma vez que o fogo atrapalha o trabalho de muitas famílias. O fogo queima a mata, mas também queima os pés de café dos agricultores do entorno e outras produções.