Magnetosfera: Campo Magnético Dos Planetas

O espaço é um lugar quase inexplorado pelo homem e por isso mesmo consiste num grande mistério em relação a várias questões. Porém, apesar disso tem muitos elementos que compõem o espaço que já não são tão misteriosos para nós. Um exemplo disso é a Magnetosfera.

Magnetosfera: Campo Magnético Dos Planetas

Magnetosfera: Campo Magnético Dos Planetas

O Que é a Magnetosfera?

Podemos dizer que a Magnetosfera é uma região envoltória que constitui a parte exterior da atmosfera de um astro. Nessa região é o campo magnético quem controla os processos eletrodinâmicos da atmosfera ionizada e de plasmas.

O plasma se diferencia da atmosfera ionizada porque apresenta não somente ionização, mas também algumas propriedades a mais como um comportamento coletivo dos constituintes quando são submetidos a perturbações e também uma neutralidade elétrica numa escala macroscópica.

O surgimento dessa região se dá da incidência da radiação de uma estrela sobre a atmosfera de um astro permeado por um campo magnético. Resumindo essa região possui três elementos principais que devem ser considerados para que se possa entender os seus fenômenos, os seus comportamentos e a importância deles.

Os três elementos são: a existência dos campos elétricos, das correntes elétricas e também dos campos magnéticos resultantes.

O Que é a Magnetosfera?

O Que é a Magnetosfera?

A Eletrodinâmica Da Magnetosfera

A eletrodinâmica da Magnetosfera não afeta somente o ambiente espacial que está em torno de um astro, mas também a sua atmosfera mais baixa e até mesmo a sua própria superfície.

Podemos exemplificar isso através das tempestades magnéticas que podem chegar a produzir interrupções nos serviços de telecomunicações que utilizamos em nosso dia a dia. Exatamente por isso se mostra tão relevante realizar estudos sobre o sol, o meio interplanetário e o ambiente da terra.

Esses estudos permitirão ao homem desenvolver uma estratégia de segurança e desenvolvimento da tecnologia.

As Regiões Da Magnetosfera

A Magnetosfera e o seu entorno podem ser segmentados em regiões que possuem características físicas próprias. Antes de chegar a Magnetosfera podemos encontrar a incidência de plasma solar que tem uma grande velocidade, um tipo de frente de choque.

Essa região traduz uma descontinuidade nos parâmetros físicos do meio. Há também uma bainha magnética em que o plasma e o campo magnético do vento solar sofrem alterações em seus valores.

Chegando a esse ponto encontramos a magnetopausa, uma região em que está a fronteira da magnetosfera. Essa região sustenta correntes elétricas para assegurar a descontinuidade entre o meio físico solar e o meio físico terrestre.

Já a magnetosfera externa é constituída de plasmas solar e terrestre, a sua parte frontal está em direção ao sol e a sua cauda magnetosférica num prolongamento da atmosfera magnetizada em direção oposta ao sol.

Depois disso chegamos a magnetosfera interna em que as linhas do campo magnético se encontram necessariamente fechadas e fixadas na superfície do astro. Dentro dessa região encontramos o interior em direção a superfície em que existem a plasmasfera, uma região em que o plasma terrestre que é mais denso co-rotaciona com o planeta.

Também tem a Ionosfera, uma região bastante ionizada. Embaixo dessa região há uma parte mais densa que é formada por uma atmosfera neutra e que a qual a ionosfera se vincula. Nesse ponto os processos meteorológicos determinam o comportamento.

A Magnetosfera e As Auroras Polares

As Magnetosferas dos planetas são as responsáveis pela ocorrência das famosas auroras polares. Na Terra esse tipo de fenômeno é conhecido como auroras boreais e auroras austrais.

Cinturão De Van Allen

Durante um bom tempo a Magnetosfera foi conhecida como Cinturão de Van Allen pelo fato de ser sido o cientista norte-americano James Alfred Van Allen (1914-2006) quem fez a descoberta da mesma.

A descoberta da Magnetosfera se deu porque no ano de 1958 Van Allen suspeitou que havia algo de estranho no fato de que os instrumentos a bordo de satélites que eram enviados ao espaço registravam quando chegavam a uma determinada altitude de centenas de quilômetros zero partículas carregadas.

Van Allen pensava que a realidade era outra, as partículas nas altas camadas deveriam estar carregadas e por isso os sensores eram impedidos de funcionar. Dessa forma o cientista sugeriu que o satélite Explorer IV (Estados Unidos) fosse equipado com contadores revestidos por uma camada fina de chumbo.

Em julho de 1958 foi possível fazer a medida correta da radiação que era superior a aquela que os cientistas esperavam. Essa foi a primeira grande descoberta importante que aconteceu de forma inesperada depois do lançamento dos satélites artificiais.

A Magnetosfera Da Terra

Cada planeta possui a sua Magnetosfera e é natural que tenhamos um interesse especial pela da Terra afinal é o planeta em que vivemos. Pensando nisso elaboramos uma parte do artigo focada na Magnetosfera da Terra. Tire as suas dúvidas agora.

O campo magnético da Terra é semelhante a um dipolo magnético com os seus polos próximos aos polos geográficos do planeta. Uma linha imaginária que é traçada entre os polos, sul e norte, magnéticos apresenta uma inclinação de mais ou menos 11,3° relativa ao eixo de rotação do planeta.

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A teoria conhecida como “Teoria do Dínamo” é a mais aceita para explicar como surgiu o campo magnético do planeta. Basicamente podemos apreender disso que um campo magnético, de forma genérica, se estende infinitamente.

Um campo magnético vai se tornando mais fraco conforme aumenta a distância da sua fonte. Pelo fato de o efeito do campo magnético se estender por várias dezenas de milhares de quilômetros no espaço ele é chamado de magnetosfera da Terra.

Características Do Campo Magnético

O campo magnético tem grande semelhança a um ímã de barra, porém, devemos lembrar que a semelhança é apenas superficial. O campo magnético de um ímã é permanente e criado pelo movimento coordenado de elétrons dentro de átomos de ferro.

O núcleo da Terra é mais quente do que 1043 K, essa temperatura faz com que os orbitais do elétron dentro do ferro se comportem de forma aleatória. Dessa forma o campo magnético da Terra não é causado por depósitos magnetizados de ferro, em grande parte é causado por correntes elétricas do núcleo externo líquido.

Podemos diferenciar a Terra magneticamente de uma ímã em barra pela sua magnetosfera. Quando a grandes distâncias do planeta passamos a denominar o campo magnético como magnetosfera.

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