Projeto Tietê: Características Gerais e Desafios Ambientais

Projeto Tietê consiste no maior programa de saneamento ambiental em terras brasileiras, conforme informações colhidas do site oficial da Sabesp. Responsável por gerar milhares de empregos nas centenas de obras feitas em calçadas de residentes e nas maiores estações de tratamento do continente latino-americano.

Na terceira e última fase do projeto foram instalados quase 1.250 km de redes coletoras e tubos de rua responsáveis por recolher o esgoto das residências.  De acordo com o Governo de São Paulo foram prevista construção de quase seiscentos quilômetros de ventilação de grande porte, caso dos interceptores e coletores-tronco, por exemplo, responsáveis por reunir o sistema dos bairros e enviar conjuntos de resíduos para tratamento especializado. Na etapa do projeto existem a previsão de 200 mil ligações domiciliares.

Rio Tietê

Rio Tietê

Dentro do sistema existe a parte essencial que consiste em instalar três estações de tratamento ampliadas, inclusive a ETE Barueri, considerada maior na América Latina. Com as implantações o poder de tratar passou de 9,5 mil litros por segundo para dezesseis mil litros. O projeto prevê construir pequenas instalações com menor porte no sentido de auxiliar no processo.

No final de terceira etapa o governo espera diminuir os índices de 84% para 87%. Com os índices o poder de tratamento subiu de 70% para 85%, valores que se equivalem a 1,5 milhões de moradores do capital paulistas com coleta e três milhões dentro do sistema de esgoto tratado.

Maior Campanha Ambiental da América

O abaixo-assinado para aumentar a mobilização em virtude da maior causa ambiental da história na América Latina conta com quase 1,2 milhão de assinaturas: A Campanha contra despoluição do Rio Tietê. A luta tem liderança por parte da Rádio Nova Eldorado AM, responsável por sensibilizar o governo estadual a iniciar o projeto que visa limpar o famoso curso de água de São Paulo.

Entre 1992 e 2002 foram conquistadas ações que trouxeram efeitos positivos, caso do aumento no tratamento de esgoto e sistema de coleta. A mancha da poluição foi reduzida em cerca de 160 quilômetros, conforme aponta reportagem divulgada do site do Jornal o Estado de S. Paulo.

Porém, moradores das metrópoles não conseguem notar os avanços de despoluição.  O cheio incomoda em excesso, a água não se movimenta e a cor continua negra. De acordo com a Sabesp a melhor apenas estará perceptível por volta do ano de 2015, momento no qual trinta quilômetros que correm na região metropolitana vai ter vida marítima.

O poder público de São Paulo prevê que até o ano de 2020 o rio deixará de ter cheiro ruim e toda a extensão situada na metrópole pode abrigar peixes de diferentes espécies. Porém, a população precisa fazer a sua parte no sentido de parar de usar o Tietê como depósito de lixo e ao mesmo tempo fazendo papel de fiscalizar atos ilegais, prazos do governo e promessas políticas falsas, afirme o geógrafo Wagner Ribeiro.

Valor e Investimentos do Projeto Tietê

Desde o ano de 1992 o Projeto Tietê atua com objetivo de ressuscitar o cartão postal da capital paulista. O projeto ambiciona despoluir e revitalizar o rio com implantações de infraestrutura para tratar e coletar o esgoto da Região Metropolitana. O projeto é administrado pela SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Em 1991 a rádio Eldorado junto com a Fundação SOS Mata Atlântica conquistou a assinatura de 1,2 milhões de pessoas que residem em São Paulo para aprovar o Projeto Tietê que ganhou título de maior campanha ambiental da América Latina. A coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, aponta que a ação ganhou diferencial em virtude do poder da pressão popular.

Ribeiro garante que essa foi a maior campanha ambiental da história brasileira. A campanha bate recorde e conta com protagonista no mínimo curioso: O jacaré. Ele foi apelidado de teimoso por jornalistas porque apareceu no Tietê e reascendeu a esperança dos paulistas verem o rio vivo outra vez.

Projeto Tietê

Projeto Tietê

Com o apoio de instituições como BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) os investimentos no setor passaram da casa dos US$ 1,6 bilhão nas duas primeiras fases do Tietê.

O valor foi suficiente para ampliar a estação de Barueri e ao mesmo tempo implantar três estações de tratamento, sessenta quilômetros de emissários no rio Pinheiros e outros tipos de sistemas de coleta e transporte de esgoto.

Na terceira parte do projeto estão previstas quinhentas obras que abrangem pontos desde a calçada dos moradores até implantações que englobam as maiores estações de tratamento dentro do território latino-americano. Governo tem como meta final atingir 1,5 milhão de moradores e três milhões de esgoto tratado.

Problemas No Caminho

Não é surpresa esperar grandes desafios em projetos com esse porte. Talvez a falta de ações integradas para acontecer despoluição está entre os principais problemas, conforme aponta a coordenadoria da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.

De acordo com os agentes da Sabesp dentro da poluição existem fatores não ligados com o seu campo de ação. Por esse motivo se faz necessário existir ação conjunta entre as instituições responsáveis para que os poluentes não atrapalhem o caminhar do projeto.

A dificuldade em instalar tubulações de tratamento e esgoto de coleta em área povoada em excesso representa outro desafio no caminho da companhia. A problemática pode piorar quando se trata de ocupações irregulares estabelecidas nas margens dos córregos.

Governo aponta que o prazo para encerrar o projeto precisou ser adiado de 2015 para 2018. De fato, especialistas apontam importância no papel da própria sociedade no sentido de fazer pressão para que o projeto tenha continuidade.

Além de produzir energia ao tratamento de esgoto a água do rio pode ser usada para múltiplos usos no cotidiano paulistano e por consequência evitando a escassez de água.

Vale ressaltar que também é possível pensar no fluxo como via de transportes de grandes volumes de cargas dentro da Região Metropolitana. Ideia apontada como estratégia para aliviar o trânsito de modo econômico e ecológico.

Maiores Informações do Projeto Tietê

Discar para 0800-011-9911 (região metropolitana) ou 0800-055-0195 (interior e litoral). Ao clicar no link é possível acessar o PDF com a apresentação oficial do Projeto Tietê de acordo com o Governo de São Paulo.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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