O clima de nosso planeta é essencialmente dinâmico, e, como tudo na natureza muda de uma hora para outra. Mas sempre que ocorrem as mudanças, muitas pessoas passam a criar mitos e a formular questões.
No entanto, como podemos realmente dizer que a Terra está aquecendo e a culpa de tudo o que acontece com o clima é culpa de nós, seres humanos? Neste texto você poderá ver o que os cientistas de fato sabem e o que ainda não sabem sobre as poderosas mudanças climáticas.
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Mitos e Verdades Sobre o Aquecimento Global
Mito 1: Mesmo antes de surgir o efeito estufa e ainda a liberação de gases na atmosfera, causada especialmente pela ação humana, o clima de nosso planeta já havia sofrendo grandes mudanças, e por isso nós, seres humanos, não somos os responsáveis pelo aquecimento global que ocorre hoje.
O que a Ciência diz: As mudanças climáticas ocorridas no passado sugerem que o clima do planeta reage de acordo com a energia que é colocada e também retirada, de maneira tal que, se o planeta acumular maior quantidade de calor do que liberar, as temperaturas certamente irão subir.
Atualmente, o CO2 (gás carbônico) lançado na atmosfera tem gerado um desequilíbrio energético que aumenta em grande parte o efeito estufa. As mudanças climáticas ocorridas anteriormente apontam evidências pertinentes de que nosso clima é extremamente sensível à substância.
Mito 2: A Terra não pode estar esquentando, já que no último inverno as temperaturas foram muito baixas. Então, como é possível o aquecimento global?
O que a Ciência diz: As temperaturas locais, medidas de forma individualizada, não têm relação nenhuma com o aquecimento global medido ao longo dos anos. As mudanças ocorridas com a chegada das estações do ano podem esconder o verdadeiro movimento climático do planeta.
Para se achar as corretas tendências climáticas, é necessário analisar as mudanças de temperatura por um período de tempo bastante longo.
Mito 3: O aquecimento global da Terra já parou, por isso, ela está começando a esfriar.
O que a Ciência diz: Nas últimas décadas, especialmente entre os anos de 2000 e 2009, o clima mostrou-se com temperaturas muito mais elevadas segundo os registros. No entanto, o aquecimento global é perfeitamente compatível com os climas mais frios. Como já dissemos, o que conta são os registros de temperatura ao longo dos anos. E, nesse caso, pode-se observar que a Terra vem se aquecendo.
Mito 4: No último século a atividade solar mostrou-se bastante intensa, gerando o aquecimento global.
O que a Ciência diz: De acordo com o que se estudou nos últimos 35 anos de aquecimento global, o sol mostrou uma tendência divergente com o que se acreditava, já que passou a se resfriar, enquanto que o clima da Terra tem esquentado. O sol pode, de fato, explicar um pouco o aumento das temperaturas globais, mas apenas tem culpa por uma pequena parcela.
Um estudo publicado recentemente apontou que mesmo durante num período de pouca atividade solar, a Terra continuou a sofrer o aquecimento.
Mito 5: Não existe consenso quanto a ideia de que o planeta esteja realmente se aquecendo.
O que a Ciência diz: Grande parte dos cientistas que lidam com as mudanças climáticas concorda na tese de que o aquecimento global relacionado ao ser humano está acontecendo. Pode-se facilmente ver essa tendência na diminuição das notícias publicada sobre discussões a respeito do assunto. Não há mais o que se argumentar quanto ao fato.
Mito 6: Dióxido de Carbono não é perigoso para o meio ambiente.
O que a Ciência diz: Apesar de o gás ser de fundamental importância para a fotossíntese de todas as plantas, ele é uma substância poluente e está totalmente ligado ao efeito estufa. Quando a energia é liberada da superfície da Terra, e parte da radiação dela fica presa por gases estufa, como o Gás Carbônico. Esse efeito é o que está aumentando as temperaturas do planeta.
Entenda Melhor
Mito 7: Muitos de e-mails trocados entre cientistas climáticos vazaram para o público em novembro de 2009, e revelaram muitos dados encobertos que conflitavam com aquelas pesquisas que afirmavam haver o aquecimento global.
O que a Ciência diz: De fato, a informação acima é pertinente, já que um hacker teve acesso às contas dos cientistas e divulgou os e-mails, incluindo os documentos. Mas, ao contrário do que se pensa, não há conspiração, pois diversas outras pesquisas foram feitas tanto antes como depois, não necessariamente envolvendo os mesmos cientistas.
Mito 8: Muitos apontam que existe evidência histórica de que os períodos com temperaturas mais altas são bons para a humanidade, enquanto que aquelas mais frios trazem grande catástrofe.
O que a Ciência diz: Os cientistas especializados no clima afirmam que os pontos positivos do aquecimento global são superados pelos negativos, especialmente na saúde humana, na agricultura, na economia e mais ainda no meio ambiente. Por exemplo, um estudo feito em 2007 aponta que um planeta mais quente aumentaria muito a propagação da vegetação na Groenlândia; no entanto, mas isso também significa ao mesmo tempo mais escassez de água, e maiores queimadas, cumuladas com uma desertificação e nada disso parece muito bom.
Mito 9: O gelo que recobre a Antártida está aumentando, ao contrário da crença de que se encontra em derretimento devido ao aquecimento global.
O que a Ciência diz: O fraco argumento que diz que o gelo está expandindo na Antártida esconde a diferença existente entre o gelo terrestre e o gelo marítimo. Medições recentes afirmam que a camada de gelo do local está mesmo diminuindo, isso cria um saldo negativo, o que contribui para o aumento do nível de água dos oceanos. No caso do gelo chamado de marítimo, as tendências mudam muito, por isso é difícil se chegar a um dado exato.
Mito 10: Os modelos de clima são cheios de pressupostos, justamente para que se encaixem nos dados coletados. Porém, não há forma de saber ao certo se todos eles são dignos de confiança.
O que a Ciência diz: Os modelos utilizados já conseguiram reproduzir com pleno sucesso às temperaturas globais de 1900, por exemplo, tanto na terra, no ar e como nos oceanos. Os cientistas dizem que modelos são apenas uma formalização de um sistema, para que se possa entender melhor os processos que governam o clima.
