A crise energética da década de 1970 foi período em que as economias dos principais países industrializados do mundo, em particular dos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Japão, Austrália e Nova Zelândia foram afetadas e tiveram que enfrentar substanciais tipos de escassez real, o que proporcionou aumento desproporcional nos preços elevados.
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O período de crise começou a se desdobrar como resultado de eventos no final da década de 1960. Foi nessa época que a produção de grandes produtores como os Estados Unidos e outras partes do mundo atingiu o pico.
Os principais centros industriais do mundo foram forçados a enfrentar problemas crescentes relacionados com o abastecimento de petróleo. O fato de que países ocidentais tiveram de lidar com fontes hostis no Oriente Médio e em outras partes do mundo para manter a oferta tornou a situação complexa.
A crise levou ao crescimento econômico estagnado em determinados países. Os preços do petróleo subiram e sugiram problemas genuínos com alimentação. Críticos apontavam a percepção da crise. A combinação de crescimento estagnado e inflação de preços durante a época levou à cunhagem do termo “estagflação”.
Na década de 1980, tanto as recessões de 1970 como os ajustes nas economias locais para se tornarem mais eficientes no uso de petróleo haviam controlado a demanda o suficiente para que os preços em todo o mundo retornassem aos níveis sustentáveis.
O período não foi negativo para todas as economias. Países ricos em petróleo do Oriente Médio se beneficiaram de modo direto com o aumento dos preços ao redor do mundo. Outras nações como Noruega, México e Venezuela cresceram em níveis inferiores, mesmo assim foram destaques.
Nos Estados Unidos o Texas, Alasca e outras áreas obtiveram grandes booms econômicos de produtores de petróleo devido ao aumento dos preços, mesmo quando a maior parte do resto da nação lutou com a economia estagnada. No entanto os ganhos econômicos chegaram ao impasse e os preços caíram no ano de 1980.
Pico do Petróleo dos Anos 70
O pico começou durante a produção de petróleo em alguns dos principais produtores do mundo. Alemanha atingiu o pico de produção em 1966. Venezuela e Estados Unidos obtiveram sucesso nos anos de 1970. Irã em 1974.
Embora a produção em outras partes do mundo também aumentasse os picos nas áreas importantes, também surgiu pressão substancial nos preços mundiais do petróleo. O controle da oferta se tornou sério problema. Países como a Alemanha e EUA se tornaram dependentes de fornecedores estrangeiros.
Crise do Petróleo de 1973
Em outubro de 1973 os membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OAPEC) proclamaram o embargo do petróleo em resposta à decisão dos EUA de voltar a fornecer assistência aos militares israelenses durante a guerra do Yom Kippur que durou até março de 1974.
OAPEC declarou que iria limitar ou parar de fornecer petróleo aos Estados Unidos e em outros países que apoiaram o conflito com Israel. A possibilidade ao longo prazo de altos preços do petróleo interrompeu a oferta, gerou recessão e criou forte racha dentro da OTAN.
Produtores de petróleo árabes ligavam o fim do embargo com sucesso dos esforços americanos para criar a paz no Oriente Médio, o que complicou a situação geopolítica.
Para abordar estes desenvolvimentos a administração do presidente Nixon iniciou negociações paralelas com os dois produtores de petróleo árabes para acabar com o embargo, além do Egito, Síria e Israel para organizar puxão de Israel de volta a partir do Sinai e as Colinas de Golã.
Até o dia 18 de Janeiro de 1974 o Secretário de Estado, Henry Kissinger, tinha negociado uma retirada das tropas israelenses de partes do Sinai. A promessa de um acordo negociado entre Israel e a Síria foi suficiente para convencer os produtores de petróleo árabes a levantar o embargo, em março de 1974. No mês seguinte, Israel concordou em se retirar do Golã.
Os membros da OPEP concordaram em usar a influência sobre o mecanismo de fixação de preço mundial do petróleo para estabilizar as rendas reais, elevando os preços em termos globais. A ação foi seguida de vários anos de declínios acentuados de renda após o recente fracasso das negociações com as grandes companhias petrolíferas ocidentais no início maio.
Por causa da inflação dramática vivida durante este período a teoria econômica popular tem sido a de que estes aumentos de preços foram os culpados da supressão da atividade econômica.
No entanto, a causalidade afirmada pela teoria é por vezes questionada. Os países-alvo responderam com grande variedade de novas e permanentes iniciativas para conter maior dependência.
Crise do Petróleo de 1979
A crise surgiu nos Estados Unidos durante o velório da Revolução Iraniana. Em meio aos protestos, o líder do Irã, Mohammad Reza Pahlavi, fugiu do país no início de 1979, permitindo que o Ayatollah Khomeini ganhasse o controle.
Os protestos quebraram o setor petrolífero iraniano. O novo regime forçou os preços a subir. Em 1980, após a invasão iraquiana do Irã, a produção de petróleo quase parou nos dois países. No final do mesmo ano os preços começaram a se estabilizar para voltar ao normal.
1980: Superabundância de Petróleo
As crises de energia de 1973 e 1979 trouxeram os preços do petróleo para o pico em 1980. A escassez começou da década de 70 e desacelerou a atividade econômica nos países industrializados.
Conservação de energia foi estimulada pela alta dos preços dos combustíveis. A inflação ajustada do valor real caiu à média de 78,2 dólares por barril em 1981 para 26,8 dólares no ano de 1986.
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Petróleo: Fim do Boom
A década de 1970 foi um período de crescimento econômico limitado em parte devido à crise energética. A economia dos Estados Unidos enfraqueceu até os anos de 1980. O período marcou fim do boom econômico pós-Segunda Guerra Mundial.
Outras causas que contribuíram para a recessão incluem a Guerra do Vietnã, que acabou caro aos Estados Unidos da América, e a queda do sistema de Bretton Woods. O surgimento de novos países industrializados aumentou a concorrência no setor do metal e provocou a crise do aço.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier