Montanhas
As montanhas são formações geológicas incríveis e não é à toa que elas causam um enorme fascínio nas pessoas ao redor do planeta. Para entender essas formações é muito importante uma boa base de ensino e aprendizado de geografia, o que muitas vezes no nosso país não é uma realidade ou uma opção tão viável assim, afinal o ensino brasileiro não é tão completo como esperávamos que fosse e não é nem por culpa dos nossos mestres professores, mas sim por causa dos conteúdos de ensino, pela qualidade das instituições, pelas instalações das escolas e o descaso que vem em decorrência de anos de uma educação sucateada no nosso Brasil. Diante de tudo isso, o ensino de geografia em nossas escolas sempre foi considerado secundário e deixado fora das prioridades de muitos currículos escolares e por isso, muitas vezes é preciso um esforço redobrado para entender as formações geológicas do nosso planeta.
Mas vamos lá, falar sobre montanhas, uma vez que elas causam um grande fascino nas pessoas e isso todo mundo sabe, mas uma dúvida que por vezes pode pegar de surpresa as pessoas é em relação a existência de montanhas no Brasil, afinal vemos tantas “montanhas”, morros, elevações de relevo nas estradas e nas cidades do nosso país, seria possível que aqui não houvessem montanhas realmente? E o porquê de isso acontecer se assim for? O fato é que os cientistas e estudiosos do assunto definem que existe uma altura mínima para que essas formações sejam classificadas como montanhas de fato, além disso ainda há existência de outros critérios a serem atendidos e no caso do Brasil não temos formações que atendem aos critérios definidos pelos cientistas. É relevante dizer que ainda há muita discussão em torno desse tema e que os valores exatos e as considerações mais definitivas sobre o assunto ainda não estão em unanimidade de opiniões, porém ainda assim podemos citar aqui alguns números, valores e parâmetros comumente considerados.
Classificações e Origens das Montanhas
As classificações dos tipos de montanhas existentes podem ser divididas em alguns tipos, dentre eles o mais comum de classificação são as montanhas é pela sua origem, no entanto, os outros critérios considerados são referentes a sua idade, sua altitude, entre outros. Para entender um pouco melhor sobre as discussões da ocorrência de montanhas no nosso país, é preciso entender um pouco mais sobre a sua formação. De acordo com os estudos científicos da área geológica, as montanhas são formadas a partir de um fenômeno conhecido pelo nome de dobramentos modernos, segundo se tem conhecimento esse tipo de formação não existe no nosso país, são as formações que ocorrem principalmente nas áreas de divisa de placas tectônicas e que por vezes criam não apenas uma montanha, mas sim uma cadeia de montanhas, que quando surgem são chamadas de cordilheiras, como é o caso da Cordilheira dos Andes aqui tão pertinho de nós na América do Sul e a Cordilheira do Himalaia que está localizada no continente asiático.
Origem
Falando mais sobre os tipos de origem desse tipo de formação geológica, temos além dos dobramentos, os falhamentos muito ocasionados também pelos movimentos e colisões das placas tectônicas, temos as montanhas vulcânicas que por sua vez surgiram em decorrência da atividade vulcânica ou apenas foram criadas como falhas que deram origem aos vulcões existentes na superfície do planeta, normalmente o material predominante neste tipo de relevo são as rochas magmáticas. Existem também as montanhas originadas a partir da erosão dos materiais do relevo, ou seja, locais onde a bilhões ou milhões de anos atrás se formaram em formato de uma grande rocha ou grandes planaltos, após milhões ou bilhões de anos de ação do tempo foram sendo desgastados por agentes naturais (erodidos) e acabaram se tornando montanhas. De uma forma resumida podemos falar que locais de elevada altitude que costumavam estar sobre enormes blocos de solo, principalmente blocos rochosos, após muito tempo de chuva, sol, ventos e efeitos de outras ações, foram perdendo pouco a pouco os seus fragmentos naturais dos seus entornos, até que atingissem o formato de uma montanha, segundo os cientistas brasileiros essas são as montanhas que existem em nosso país.
Montanhas Antigas
Alguns pesquisadores brasileiros defendem também que as montanhas que existem aqui, em sua maioria são decorrentes de formações muito antigas, bem mais antigas que os processos de dobramentos e falhas do relevo e com isso já estão bem desgastadas o que culminou com a existência de muitas serras dentro do nosso território. Uma informação bem interessante é que o relevo como um todo, em todos os lugares do nosso planeta, ele está em constante mudança, isso mesmo, por mais que nós não conseguimos perceber tanto, as modificações continuam acontecendo e provavelmente daqui mais milhares de anos, os cenários geográficos inclusive serão bem diferentes. O ponto que não percebemos esse acontecimento, é principalmente porque na nossa escala de tempo geológico isso é muito imperceptível, são necessários milhares de anos para aconteça o aparecimento de mudanças claras e visíveis, o tempo de vida do ser humano, ainda não é tão grande assim, então ao longo de muitas gerações podemos ver mudanças, mas em apenas uma geração é bem difícil, se elas são causadas de maneira abrupta geralmente é em decorrência de algum desastre natural.
Partes Componentes de uma Montanha
A montanha é dividida e classificada de acordo com cada uma das suas partes componentes, isso foi uma classificação dada pelos cientistas e estudiosos do relevo e de geografia, de forma a facilitar os estudos. De forma que o ponto mais alto de uma montanha se chama cume, em contrapartida a sua base se chama sopé, ela está localizada na região mais baixa da montanha, onde a montanha encontra com a linha do relevo do seu entorno. O colo da montanha é uma parte mais baixa, principalmente quando essa parte liga uma montanha a outra, sendo assim não o cume ou o sopé, mas uma região de desnível da montanha. Vale lembrar ainda que a altura mínima para que uma montanha seja considerada uma montanha é de 300 metros a partir do solo do local onde ela está localizada (não é 300 metros de altitude em si, a altitude bate com a altura da montanha apenas em lugares onde a altitude do sopé da mesma (da base) é de 0 de altitude, ou seja, nas áreas que estão localizadas no nível do mar.
Altura
Segundo uma classificação criada por cientistas do meio uma montanha que tenha de 300 metros a até 100 metros é uma montanha baixa, uma montanha de 1000 metros a até os seus 3000 metros é uma montanha média e uma montanha cuja altura seja maior do que 3000 mil metros é uma montanha alta, perceba que aqui estamos citando as alturas e não as altitudes, uma vez que muitas pessoas ainda confundem essas duas coisas vamos explicar rapidamente a diferença entre elas. A altitude é calculada a partir do nível do mar (altitude 0) até o ponto máximo de altura da montanha, a altura do seu cume, enquanto que a altura é calculada a partir do seu sopé, ou seja a altura do solo no local onde ela está situada a até o seu cume. Sendo assim ao mesmo tempo que uma montanha tenha 2 mil metros de altitude, ela pode ter apenas mil metros de altura, se por acaso o terreno onde ela está já tiver a elevação natural de mil metros, dessa forma a sua altitude considerada desde o nível zero, mas a sua altura zero começa a ser contada a partir da altitude de mil metros.