Onde Se Localiza a Vegetação Mediterrânea?
A vegetação ou floresta de tipo mediterrânea, é característica de regiões e locais que possuem clima mediterrâneo.
Esse clima pode ser encontrado em diversas regiões do mundo. Como nas regiões que se encontram entre 32º e 41º ao norte, ou no sul da Linha do Equador.
Uma das características do clima são duas estações bem definidas. Além disso, também possui algumas semelhanças com o clima tropical, e a maritimidade exerce influência sobre o clima.
Como o nome diz, ele pode ser encontrado em locais próximos ao Mar Mediterrâneo como o Sul da Europa, uma parte do Oriente Médio, na região da Ásia; e extremo norte do continente africano. Não estando limitado a essa região do planeta.
Sendo encontrado na África do Sul, em uma pequena parte próximo do Cabo da Boa Esperança.
Na América, ele aparece na Califórnia nos Estados Unidos, e na parte do Sul do Chile. Já no continente da Oceania, ele é encontrado no sudeste da Austrália.
Algumas características do clima é a pluviosidade. Como foi dito antes, o clima é marcado com duas estações muito bem definidas.
Possui um verão quente e seco, com algumas chuvas. E no inverno, as temperaturas são baixas, e têm maior quantidades de chuvas, alternando com dias mais quentes. Porém, as chuvas não têm regularidade, podendo ocorrer em qualquer época do ano.
As temperaturas variam entre 25 °C e 35 °C nos períodos que ocorre estiagem. Já no inverno as temperaturas ficam entre 0 °C e 10 °C. E, por ter maior frequência de chuva, a umidade relativa do ar é mais alta.
Clima Em Que Se Desenvolve a Vegetação Mediterrânea
Nesse clima, se desenvolvem a Vegetação Mediterrânea ou Floresta Mediterrânea. Sendo que grande parte das espécies que compõe essa vegetação, é de exclusividade dessa formação vegetal.
Ela é formada, principalmente, por plantas arbóreas. Mas, por causa da ação antrópica, que são modificações provenientes da ação humana, esse tipo de vegetação quase foi totalmente extinto.
Com isso ela foi substituída por plantas rasteiras, como maquis que são formados por arbustos com mais densidade e são fechados, entre as principais espécies desse tipo que são encontradas estão o medronheiro, loureiro, urze, cactos, piteira e giesta espinhosa.
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Garrigues que é um tipo de formação vegetal composta por arbustos menores e que são, de certa forma, esparsos. Dessa espécie, as que são mais encontradas são buxo, carrasco, alecrim, timo, alfazema e rosmaninho.
Por sua vez, as espécies arbóreas são sobreiro, azinheiro, pinheiro, cedro, cipreste e oliveira-brava.
Essas plantas são adaptadas para sobreviver ao clima quente, e longos períodos de estiagem.
Além disso, a oliveira, que dá o fruto conhecido como azeitona ou oliva, que é usada para produção do azeite, é uma espécie característica desse clima, e da vegetação mediterrânea.
No geral, é um clima propício para a prática de agricultura e produção de batata também. O clima não é favorável somente para as espécies de vegetação nativas.
Isso faz com que as regiões que esse clima abrange reúnam importantes produtores de vinho do mundo.
Regiões do Globo Com a Floresta Mediterrânea
Ela é encontrada principalmente na parte norte do continente africano, e na região sul da Europa.
Porém, está presente em outras regiões do mundo que possuem o clima mediterrâneo, como dito anteriormente.
Tem três tipos de estratos vegetativos, apresentando assim, espécies com três tamanhos e alturas diferentes, que são: arbóreo, herbáceo e arbustivo.
Elas crescem, mantendo alguma distância entre si, permitindo que arbustos com densidade e folhas persistentes cresçam. Possuem largos troncos e tem vários nódulos.
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As folhas se mantêm durante todo o ano. Por consequência, a vegetação está todo o tempo verde. As ervas e gramíneas têm um crescimento menor por estarem expostas a longos períodos de estiagem.
A floresta mediterrânea é composta por árvores esparsas, ervas e gramíneas e arbustos medianos. Podem ser encontradas em Portugal, França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Chipre, Grécia e na Austrália.
Especificamente na região sul da Europa, a vegetação é composta por xerófilas, plantas que resistem por longos períodos de tempo com estiagem.
Essas regiões em que se desenvolve a vegetação mediterrânea, têm o solo do tipo granítico ou calcário, com uma coloração avermelhada ou amarela, por ter uma quantidade grande de óxido de ferro que faz com que essas cores predominem.
Fauna e Flora: Biodiversidade na Vegetação Mediterrânea
A floresta mediterrânea só perde em biodiversidade para a Floresta Amazônica, sendo assim a segunda maior do mundo.
Há mais de 20 mil espécies de vegetais, tendo cerca de 10% da flora do mundo. As principais vegetações são o cedro, loureiro, carvalho, rosmaninho, zimbro, medronheiro e sobreiro, cipreste, oliveira-brava, pinheiros, timo alfazema, etc.
A vegetação possui um grande número de espécies de animais. Dos mamíferos, as principais espécies são veados, coelhos, raposas, lobos, lebres, pequenos roedores e javalis.
Entre as aves as que mais são encontradas são os corvos, águias, tentilhões, falcões e corujas. Dos répteis, estão as cobras, lagartos e víboras. Possuindo também muitos insetos que contribuem para o equilíbrio do ecossistema.
Degradação Ambiental
No sul da Europa, é onde tem maior presença dessa vegetação desde o começo da civilização.
A vegetação mediterrânea sofre com a devastação ambiental há vários milênios. As florestas foram destruídas para a criação de lavouras, sem preocupações com possíveis impactos ambientais. Ela é uma das mais afetadas do mundo pela ação antrópica.
A madeira das árvores foi usada para a construção de casas, para fazer barcos e demais construções.
Com o crescimento das populações e dos centros urbanos, com a industrialização, a expansão da prática de agricultura e de pecuária aumentou, e acelerou os danos ambientais na vegetação que já vinha sofrendo com a degradação com a ação do homem.
Com tamanha ação do homem nas regiões da vegetação, desencadeou-se um fenômeno conhecido como desertificação.
A vegetação é altamente sensível a esse processo que, cada vez mais, vem aumentando, chegando a níveis alarmantes, pelo aumento do tamanho de áreas mortas e arenosas, sendo esse efeito irreversível.