Quem gosta de assistir a imponência dos desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e de São Paulo não tem ideia do trabalho que os profissionais do carnaval têm o ano todo para colocar essa festa colorida na avenida. Assim como em outros estados que tem espaço para desfiles de escolas de samba o trabalho começa assim que o carnaval termina.
A riqueza das fantasias e dos carros alegóricos guarda como segredo o trabalho com material reciclado. Especialmente nos últimos anos em que a crise econômica apertou os orçamentos a saída de grandes e pequenas escolas de samba é reciclar tanto materiais de desfiles passados como apostar em pets e retalhos. A criatividade é o grande capital que faz do carnaval brasileiro uma das maiores festas do mundo.
Da Base ao Brilho
A opção que muitas escolas de samba do Brasil tem feito é reaproveitar materiais da base dos carros alegóricos ao brilho das fantasias. Itens que antes eram descartados como pregos, espelhos, enfeites entre outros estão sendo retirados de fantasias e carros antigos para se tornar insumos de novos carnavais. Algumas escolas, inclusive, aproveitam esse movimento para trazer a comunidade para dentro do barracão.
Até mesmo as bases dos carros alegóricos têm recebido toques de materiais reciclados, pois é complicado para algumas escolas (inclusive as grandes) arcar com custos de R$ 10 a R$ 15 mil por base de ferro para cada carro. Se na primeira década desse século fomos surpreendidos por alta tecnologia passando pela passarela do samba nos próximos anos vamos assistir a transformação e reinvenção de alguns materiais.
A Ordem é Re-Propositar
Muitos projetos foram desenvolvidos nessa área com o objetivo de tornar a festa do carnaval mais acessível. Um dos novos termos que tem sido muito usado é o de “Re-propositar) que é diferente de reciclar. A ideia é dar um novo propósito para os materiais que iriam ser descartados ou que estavam parados. Não se trata de ter menos cuidado com a confecção de carros alegóricos ou fantasias, mas sim de aproveitar tudo o que se tem a disposição sem a necessidade de fazer tudo do zero.
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