O Programa Brasileiro para Conservação das Tartarugas Marinhas – TAMAR foi criado na década de 80 pelo IBDF, que hoje é o IBAMA, com o objetivo de preservar 5 espécies de tartarugas marinhas em vias de extinção, espécies estas que vem ao litoral do Brasil para se reproduzir e se alimentar.
Praia do Forte
História
Na década de 70 as tartarugas marinhas foram incluídas na listagem dos animais ameaçados de extinção. As tartarugas eram presas nas redes dos pescadores incidentalmente, seus ovos eram coletados nas praias e as fêmeas que subiam nas areias da praia para depositarem os ovos eram capturadas e consumidas, fazendo com que elas desaparecessem em um ritmo acelerado. A partir de 1976 iniciaram as primeiras expedições em Fernando de Noronha, Abrolhos e Atol das Rocas desbravando essas áreas, denunciando a degradação existente e alertando sobre a necessidade urgente de conservação. No ano de 1980 foi então criado o Projeto TAMAR, com o propósito de proteger e de salvar as tartarugas marinhas no Brasil. No ano de 1981 são feitas as primeiras imagens da desova das tartarugas marinhas e são identificados seus pontos na Praia do Forte na Bahia, em Comboios no Espírito Santo e Pirambu no Sergipe. Em 1983 os oceanógrafos apresentam o projeto a Petrobrás que passa a ser parceira do projeto TAMAR, uma parceria que se mantém até hoje.
Ubatuba
O Projeto
O projeto TAMAR conta hoje com 22 bases que estão distribuídas em cerca de mil e cem quilômetros de costa, garantindo o nascimento de cerca de 350 mil filhotes de tartarugas marinhas ao ano. Mas as atividades do Projeto que no início eram somente de conservação e de pesquisa aplicada precisaram se diversificar e para conseguir proteger e garantir o desenvolvimento das tartarugas também passou a atuar fortemente em projetos de educação ambiental, especialmente com as comunidades costeiras, estimulando o desenvolvimento sustentável nessas regiões. As atividades do projeto TAMAR tem cerca de mil e duzentas pessoas envolvidas, sua maioria de moradores dessas comunidades, indivíduos considerados essenciais para a proteção das tartarugas e o sucesso do projeto ao longo dos anos.
Projeto Tamar
O Que Faz
O pesquisadores e tartarugueiros monitoram as áreas de desova, marcam as fêmeas e localizando os ninhos pelos rastros deixados na areia, também fazem o manejo dos ninhos encontrados na areia quando estes estão em locais que podem ser considerados de risco. São protegidos da ação predatória humana e natural, garantindo sua eclosão. Também há um trabalho importante junto aos pescadores, pois é grande a incidência de tartarugas presas nas redes pelos pescadores artesanais e pelos pescadores em alto mar. Desenvolveram o programa “Nem tudo o que cai na rede é peixe” para conscientização e contam com a fiscalização do IBAMA para coibir os abusos. Também realiza um trabalho importante e ostensivo de educação ambiental junto aos turistas e as comunidades nas regiões onde tem suas bases.
