Dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável é vital lembramos que grande parte do que pode ser feito para que os objetivos acertados pelos planos de governo para alcançá-lo reside, na verdade, nas mãos de empresas privadas. A responsabilidade social dessas empresas é uma necessidade e uma realidade já efetivas em algumas das maiores e mais conhecidas empresas de todo o mundo.
Já não basta para uma grande empresa, multinacional ou nacional, apenas obter lucro. É imperativo que haja retorno social nos lucros que essa empresa obtém. As empresas já não devem satisfação apenas a seus acionistas, mas também ao todo da sociedade que é sua consumidora, e, principalmente, à parcela do meio-ambiente que serve como área de exploração ou matéria prima para seus produtos. Essa transparência com a utilização de seus recursos não é apenas uma atitude correta, como também ganha popularidade entre consumidores, e é de grande benefício para a empresa que o faz.
Além disso, a responsabilidade social não parte simplesmente da empresa que realiza o produto final – a questão de preocupação com o meio ambiente e todos os setores que realizam cada produto deve partir de todos os produtores, desde o fornecedor primário, até os revendedores de cada um deles.
Ao se mostrar aberta com todas as suas atitudes, a empresa garante que seus produtos não têm apenas uma fachada responsável perante o meio em que está inserido, mas sim um todo que se preocupa com a sociedade amplamente. Já não é suficiente que empresas estejam em dia com seus impostos – é necessário que elas mantenham em mente seu papel como formadores de consumidores e opiniões, que percebam que afetam as vidas de todas as pessoas envolvidas em seu processo: de fornecedores de matéria prima ao consumidor final. Quanto maior a empresa, maior o impacto que suas atitudes têm diante de cada pessoa que é parte de seu processo produtivo.
A responsabilidade social vai além de apenas preservar o meio-ambiente, ou fazer propagandas tocantes – é a inserção da empresa na sociedade como comunicador e agente transformador de ideias e noções, é a capacidade que as marcas têm de alterar percepções sobre o mundo à nossa volta, e integrar seus consumidores com as noções de desenvolvimento sustentável.
Em países estrangeiros, a questão da responsabilidade social já existe há anos, mas no Brasil esta estrada também tem sido trilhada a passos largos – empresas como a Natura, a Petrobrás e a Vale, por exemplo, são fortemente associadas à conservação de recursos naturais, programas sociais em áreas que têm fábricas, e preocupação ambiental.
A responsabilidade social já é uma realidade – basta esperar que cada dia mais e mais empresas vejam que nesse caminho só há benefícios.