A importância que o meio ambiente tem para o nosso planeta é completamente incalculável: é bem capaz de ser a maior riqueza que temos à nossa disposição. São animais, plantas, sistemas aquáticos, enfim. Tudo o que está a nossa volta é responsável por fazer com que estejamos vivos e buscando meio para que possamos nos manter.
No entanto, apesar de toda essa importância, muita gente sequer move um dedo para ajudar a manter e preservar essa riqueza. Alguns acreditam que isso é de responsabilidade inteiramente do Governo, outras acreditam piamente que as notícias sobre os impactos negativos no meio ambiente são pura balela – alguns ainda dizem que o aquecimento global é uma bela de uma mentira. No entanto, tais impactos já estão sendo sentidos em várias partes do mundo e, infelizmente, não são piadas.
Em se tratando do mundo aquático, é muito importante que eles sejam levados em consideração, já que todos os seres vivos dependem dessa malha aquática para poderem sobreviver. E isso incluí fazer o uso da água para as necessidades que todo ser vivo tem, como beber a água, usar para se limpar, entre muitas outras coisas.
O Brasil, nesse quesito, é um país de muita sorte: aqui, se encontra a maior rede de água doce de todo o planeta (cerca de 21% de toda a reserva mundial). Fora que, também, diversos aquíferos estão localizados por aqui, como é o caso do Aquífero Guarani, talvez o mais conhecido.
No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco do ecossistema que é comum em águas doces, que é o caso dos rios que estão correndo por nosso planeta. Vamos lá?
O Ecossistema Aquático de Água Doce
O Brasil, como já dito antes, é o país com a maior reserva de água do planeta. Não é à toa que se encontra por aqui o maior rio em questão de volume do globo: o Rio Amazonas, que está localizado no norte do país e tem uma imensa capacidade, tanto em questão de agricultura quanto na vida aquática que nela se localiza. É um dos esteios para que a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, possa ser o que ela é, hoje.
Basicamente, a definição de ecossistema aquático se dá quando um veio de água se forma através de um rio, de uma chuva, de uma nascente, e por aí vai. Não se pode esquecer, também, dos animais e vegetações que vivem ao seu redor e participam ativamente da cadeia alimentar.
A Água Doce
Apesar de ocuparem somente 1% da superfície terrestre, ele é o ecossistema que é, o de longe, o mais ameaçado de todos. Isso se dá, basicamente, pela grande dependência humana da água, que não é somente para fins naturais (como o de beber e o de se lavar), mas por conta de sua grande dependência industrial: no Brasil, para se ter noção, gasta-se muito mais água para o agronegócio do que para a própria população em geral. Mas, a grande preocupação é que 40% de todas as espécies de peixes estão localizados nos leitos de água doce (fora os demais animais que dependem desse ecossistema para poderem sobreviver).
Nós sabemos muito bem que a poluição de nossos rios e afluentes são um dos principais causadores de problemas envolvendo a água. Só que, talvez um dos piores seja a construção de barragens para a construção de usinas hidrelétricas para o posterior fornecimento de energia elétrica às pessoas.
Segundo dados, de 1950 até os dias de hoje, as grandes barragens mundo afora saltaram de 5600 para mais de 36 mil barragens. Na Tailândia, por exemplo, a construção da represa Pak Mun, que aconteceu nos anos 1990, fez com que mais de cento e cinquenta espécies de peixes desaparecessem da noite para o dia, por conta das atividades humanas na área.
Não podemos nos esquecer, também, as tragédias envolvendo poluições de ordem monumental, como foi o caso ocorrido no Brasil, em novembro de 2015: a ruptura da barragem de Mariana, que você vai conhecer a seguir:
A Ruptura da Barragem de Mariana
Mariana é uma cidade histórica mineira, bastante conhecida no país e no mundo por ter sido palco de diversos acontecimentos históricos que moldaram o país durante os séculos. Só que, recentemente, passou a ser conhecida por um outro motivo: o desastre da ruptura de uma barragem contendo milhares de toneladas de rejeitos de minérios.
Em 05 de novembro de 2015, a barragem do fundão, que era gerenciada pela Samarco, uma subsidiaria da Vale, acabou se rompendo, o que liberou uma grande onda de lama, que arrasou a natureza ao redor, bem como também o distrito de Bento Rodrigues, que se localizava logo abaixo da barragem. O saldo foi de mais de 20 mortos, com uma pessoa ainda desaparecida.
Como se não bastasse tamanha tragédia, os minérios avançaram até os afluentes e ao próprio Rio Doce, que recebeu uma carga tão alta de rejeitos de minérios (bem como uma grande carga de metais pesados), que é considerado, hoje, como um rio morto. Ou seja, o ecossistema todo do rio foi prejudicado, em, praticamente, toda a sua extensão. Os problemas chegaram até o mar, passando pelo estado do Espírito Santo.
Por conta da abrangência da tragédia, considerou-se que esse foi a maior tragédia do gênero que acometeu o planeta até hoje.
Impacto Ambiental
Passados mais de três anos da tragédia, ainda existem pessoas que lutam para receber indenizações, bem como, também, diversos outros reparos por conta da perda profissional (pois muitos utilizavam o Rio Doce como fonte de sustento). Muitas cidades pararam de utilizar as águas do Rio Doce, o que causou um grande transtorno para todas essas cidades.
A Samarco, que é respondida pela VALE, já foi condenada diversas vezes por contra da tragédia, com multas que já passavam os bilhões de reais. Posteriormente, a empresa entrou com diversas representações na justiça, o que adiou algumas decisões.
Os ambientalistas dizem que as perdas ambientais são incalculáveis: segundo eles, muitas espécies foram extintas por conta das condições do rio e, também, do entorno deles por conta da lama tóxica que, ainda hoje, vitimiza as pessoas, animais e plantas.