Não são apenas as águas de superfície do oceano que estão ficando cada vez mais quentes, o problema é a profundidade que estas águas estão se aquecendo, chegando atualmente a existir lugares em que a água está quente a 1.500 pés abaixo da superfície. Estes aumentos na temperatura estão bem fora dos limites da variação natural que deveria existir nas águas dos oceanos espalhados pelo planeta.
Por que Acontece Isso?
Na verdade, o oceano absorveu muito calor, para se ter uma ideia, cerca de 20 vezes mais que a atmosfera em comparação com a temperatura medida na metade do século passado, e que alguns modelos científicos sugerem que é provável chegar ao dobro deste aquecimento em metros em todos os oceanos do mundo, ao longo das próximas décadas.
Embora as temperaturas do oceano sejam mais difíceis de medir do que as temperaturas terrestres, os cientistas podem usar vários métodos para criar um registro extenso das temperaturas encontradas nas águas do oceano.
Métodos de Aferição de Temperatura das Águas
Os métodos para aferição da temperatura das águas são variados, desde navios até os aviões, sondas de aferição que possuem maior condutividade através do oceano, a temperatura e a densidade fornecem condições de investigar a fundo desde a superfície as medições em horários, locais e condições específicas. No entanto, essas sondas raramente reocupam um local de medição exato.
Os veículos remotos que podem medir a temperatura das águas oceânicas mais profundas, vêm periodicamente à superfície para transferir as informações para os satélites, trazendo informações importantes de pesquisa para tratar dos problemas que esse aquecimento pode trazer aos sistemas.
Podem ser usadas amarras para medir as temperaturas do fundo oceânico, que podem medir temperaturas em distâncias fixas, até que um navio possa recuperar a instrumentação geral, depois de alguns meses ou anos, dependendo de qual seja o período de amostragem necessário que o estudo determina.
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As medidas mais comuns, no entanto, são aquelas tiradas na superfície do mar. Os cientistas combinam os dados dessas medidas com as medições da superfície da terra, para calcular a temperatura média global apresentada naquele momento.
Os cientistas sabem também que a temperatura dos oceanos está subindo porque as espécies de água estão se movendo em áreas que antes eram muito frias, enquanto as espécies de água fria estão igualmente em movimento para áreas muito mais frias, por vezes até congeladas há tempos atrás.
A Química dos Oceanos Também Foi Alterada
A acidificação das águas dos oceanos ocorre quando as águas absorvem CO2 da atmosfera. Basicamente, é assim que isso acontece. O oceano tem carbono inorgânico dissolvido em três formas, como a maioria em bicarbonato, um pouco como o próprio carbonato e uma parte muito pequena como dióxido de carbono, ou CO2. À medida que mais CO2 da atmosfera se dissolve no oceano, mais muda a proporção relativa destes três elementos, tornando a água mais ácida.
Especificamente, reduz a concentração de ions de carbonato em água do mar em comparação com os níveis pré-industriais. Isso é importante porque os recifes de coral e organismos marinhos sem casca, precisam dos íons de carbonato para formar o carbonato de cal ou cálcio que compõem seus esqueletos e conchas.
Algumas pesquisas mostram que se as concentrações atmosféricas de CO2 chegarem a 520 partes por milhão, atualmente estamos convivendo com uma taxa de 382 partes por milhão, e 520 ppm é plausível de se chegar; em meados de século a maioria das espécies de corais que vivem nas águas quentes do oceano não poderão suportar o crescimento dessa fórmula química, tais como as espécies que têm larvas, que não respondem bem quando aumenta a acidez do oceano.
Nível das Águas dos Oceanos
Dois mecanismos principais estão causando a subida dos níveis das águas do mar e dos oceanos. Primeiro, o gelo terrestre diminuindo, por causa do aquecimento global, pois as geleiras e as camadas de gelo polares estão lançando água para os oceanos. Em segundo lugar, o aumento da temperatura dos oceanos aumenta em muito o nível dos mares, pois uma vez que a água está mais quente, o volume da substância se expande.
Presa dentro de uma bacia limitada pelos continentes, a água não tem para onde ir, a não ser para cima. Em algumas partes do mundo, especialmente os deltas baixos dos rios, os locais de terra estão afundando, numa ocorrência conhecida como subsidência, pois o volume das águas é muito maior do que as limitações terrestres que são muito pequenas. As consequências do aumento do nível do mar são muitas, conforme podemos ver:
– Ameaças às comunidades costeiras: Aproximadamente 40 por cento da população mundial vive a 100 quilômetros dos limites de um oceano, colocando milhões de vidas e bilhões em bens e infraestrutura em risco de serem invadidos pela fúria das águas.
– Marés altas: As tempestades estão transformando cada vez mais alto o nível das águas dos mares, e, são mais perigosos para as pessoas e para a infraestrutura costeira.
– Proteções naturais contra tempestades estão cada vez mais ameaçadas. Os bancos de areia, praias, dunas, restingas, manguezais e areia vão se movimentando e saindo de seus locais originais de proteção, conforme vai aumentando o nível do mar, a menos que haja obstáculos ao longo do caminho para que estes não saiam de suas posições. Se elas podem se mover, essas proteções naturais são lavadas pelas águas.
– Muitas encostas têm paredes que vão de encontro para o mar e outras defesas artificiais para proteger as estradas, edifícios e outros recursos costeiros. Nessas áreas, do nível do mar aumenta a erosão das praias, dos pântanos, e também prejudica estruturas de engenharia que estejam próximas a esse contato.
– Intrusão de água salgada. O aumento do nível do mar pode significar a intromissão de água salgada em fontes subterrâneas de água potável, dessa maneira contamina a irrigação ou faz alagamento de campos agrícolas. As áreas de baixa altitude, levemente inclinadas, e áreas costeiras são particularmente vulneráveis à contaminação das fontes de água doce, significando perigo para as espécies que dela sobrevivem.