Os boatos e histórias inventadas a respeito de uma ilha fantasma surgiram nas águas salgadas do estado de Santa Catarina em meados de agosto do ano de 2012. Algumas pessoas fizeram fotos e filmagens do fenômeno, o qual chamou a atenção de moradores da região, curiosos e estudiosos de ufologia e de Física. A principio sabe se que esse pode ter sido um acontecimento explicado pelo fenômeno da miragem, o qual teria tido a ilha de Itacami projetada visualmente para a localidade próximo às pessoas que fizeram os registros. Contudo, esse acontecimento pode ter sido visto em diferentes regiões e com similaridades de visual muito próximas. Como já afirmado, o fenômeno atraiu e intrigou várias pessoas naquela época do ocorrido.
Segundo algumas informações levantadas pelo jornal local de nome Diário do Sul, no dia quatro de agosto daquele ano, uma coisa estranha apareceu no mar, perto da Praia da Vila e visível a quem estivesse na beira mar, no município de Imbituba, gerando curiosidade imediata entre os habitantes da região.
Algumas imagens foram registradas no dia pela moradora Camila Hemília Rucinski a qual em entrevista ao jornal contou que a seguinte versão do ocorrido:
Meu pai foi buscar o almoço em um restaurante na frente da praia e quando estava saindo o garçom chamou e perguntou há quanto tempo ele morava em Imbituba. Ele respondeu 30 anos e o garçom perguntou se ele já tinha visto aquela ilha e apontou para o mar. Ele ficou surpreso porque nunca tinha visto aquilo e o garçom disse que ficava coberto pelo mar e aparecia na maré baixa. Meu pai disse que não podia ser, porque era muito grande e, se fosse coberto na maré alta, o mar avançaria pela praia.
Ainda na matéria publicada pelo jornal, o pai da entrevistada a levou na praia para fazer algumas fotos do fenômeno. Em outro trecho da entrevista ela afirma:
Mas fiquei muito nervosa e só esta foto ficou mais nítida. Voltamos algumas horas depois, por volta das 15h, com outra câmera, uma profissional, e não tinha mais nada. Meu pai ficou muito impressionado. Era muito nítido, parecia uma ilha, mas a Itacomi é mais longe, e horas depois tinha sumido.
Informações contidas na matéria do jornal dão conta de que diversas pessoas que estavam na região no dia do ocorrido relatavam nas redes sociais que acontecimentos muito semelhantes tinham se passado também. Muitos afirmavam que esse fenômeno era apenas uma ilusão de ótica, ocorrida pela reflexão da imagem da ilha Itacomi na água. Teve, ainda quem disse que o fenômeno era apenas uma monobóia da empresa Petrobras. E para finalizar o grupo de especulações, havia aqueles que falavam que a imagem vista era um submarino ou um alienígena.
Numa outra matéria publicada no dia treze de agosto no mesmo jornal, a publicação esclarece que o intrigante objeto visto em Imbituba, na Praia da Vila e em Laguna, no Mar Grosso, é provado segundo teorias da Física. A explicação mais plausível para o ocorrido é que o fenômeno tenha sido apenas a ocorrência de uma miragem da ilha Itacami, a qual se localiza na região de fronteira dos dois municípios. A refração esclarece as imagens formadas e avistadas pelos moradores locais. A formação da refração é um fenômeno no qual um raio de luz altera o sentido do movimento de si mesmo quando atravessa de um meio para outro meio. Esse fato se dá pela luz mudar de velocidade quando muda de meio.
Em relação às imagens avistadas nas águas de Santa Catarina, os raios de luz não atravessou de um meio para outro. Mas o fenômeno da refração ocorrido tem fortes indícios de ocorrência pela possível formação de faixas de ar com temperaturas distintas, reforçando que segundo a teoria da refração, a temperatura do ar tende aumentar conforme for aumentando a distancia das camadas de ar em relação a superfície da água.
A disposição do clima para a ocorrência do fenômeno especula se que tenham sido bem favoráveis para a formação da miragem, porque sabe se que no dia as temperaturas estavam baixas pelo nascer do dia e foram aumentando gradativamente com o passar do dia, atingindo grau próximo a marca dos trinta graus Celsius.
Segundo o professor de Física, de nome Cléder, procurado pelo jornal Diário do Sul para esclarecer de maneira técnica o fenômeno ocorrido:
Cada camada de ar, com temperatura diferente, tem índice de refração diferente. A elevação de temperatura ocorrida pela manhã pode ter formado essas camadas de ar. Esse tipo de miragem é chamado de miragem superior, não é muito comum e ocorre em locais frios. Outro tipo de miragem, chamada miragem inferior, é bem mais comum, e é aquela que ocorre em dias muito quentes, quando vemos uma poça d’água no asfalto alguns metros à frente e que, quando chegamos mais próximo, percebemos que o asfalto está seco.
Isso faz com que a imagem seja vista acima da superfície. Ela (a refração) também torna os objetos maiores e mais alongados. Talvez por isso a ilha tenha ficado mais visível e, aparentemente, mais próxima da praia.
E assim se esclareceu os boatos que rondavam a ilha misteriosa de Santa Catarina. Para ler a reportagem completa publicada pelo Diário do Sul e ainda ver quais foram as fotos tiradas por algumas pessoas que presenciaram o fenômeno naquele fatídico dia, acesse o link a seguir e mate a sua curiosidade com um só clique no mouse:
http://diariodosul.com.br/?pag=noticias&cod=8877
Se ainda não estiver convencido das explicações dadas ao professor pelo jornal local, assista a uma matéria televisionada com gravações do local do fenômeno e com depoimentos de outras pessoas, a qual foi publicada no site de noticias da Globo, o G1, clicando no link logo abaixo:
Dica para atiçar a curiosidade dos adeptos de teorias conspiratórias: para ler a versão ufológica do acontecido, vale procurar por textos digitando tags como ufologia, ilha, SC e mistério.
OBS: O JORNAL FOR REFERENCIADO APENAS PARA PODER UTILIZAR OS DEPOIMENTOS DE PESSOAS QUE PRESENCIARAM A MIRAGEM.