Conhecer alguns conceitos são de extrema importância para que possamos ter uma vida mais bem estruturada em todos os sentidos. Todos nós já conhecemos aquele conceito de Newton onde afirma que toda ação na natureza, gera também uma reação e por isso devemos tomar sempre muito cuidado com tudo o que jogamos na natureza, pois ela irá reagir e muitas vezes isso leva a imensos danos.
Ecologia
Há alguns anos, um filósofo realizou uma série de estudos analisando as pessoas, a natureza e a comum vivência entre as duas e concluiu que tudo precisa está na mais perfeita ordem para que o sistema funcione todo bem e a natureza tenha reações favoráveis à humanidade. Se você também já se perguntou sobre esse assunto, vai adorar conhecer um pouco mais sobre a Ecologia Profunda, um tema que vem sendo cada vez mais discutido em fóruns e palestras sobre o desenvolvimento do planeta e também com que a natureza sempre responda de forma favorável a tudo o que levamos a ela.
A teoria de ecologia profunda se torna cada vez mais presente na nossa comunidade nesse século, já que a luta por uma sociedade perfeita e mais sustentável virou o foco da maioria das pessoas e os estilos de vida têm realmente sendo movidos pela ecologia profunda proposta por Arne Naess.
O Que É Ecologia Profunda?
A Ecologia Profunda é um conceito filosófico que foi proposto por Arne Naess, norueguês, filósofo e ecologista que, em base de estudos, concluiu em 1973 que a vida é uma espécie de teia e que nós humanos somos um fio completo nessa cadeia. Sendo assim, tudo o que se move na teia da vida, influencia diretamente na ação de outra pessoa, ou seja, devemos respeitar e preservar cada elemento da nossa natureza para que a biosfera e todo o seu sistema seja mantido na mais perfeita ordem.
Se você se perguntou qual afinal é a diferença entre a ecologia tradicional e a ecologia profunda já que aparentemente elas têm o mesmo propósito, a resposta é bem simples. Enquanto a ecologia tradicional estuda todas as interações entre os seres vivos e o ambiente, a ecologia profunda já mostra uma forma de pensar e de agir, já que é um conceito filosófico, onde mudando, controlando ou fazendo certos hábitos mais comuns, fará com que o ecossistema responda de forma bem favorável.
O conceito de ecologia profunda é uma espécie de troca proposta por Arne Naess onde vamos oferecer à natureza algo favorável a ela e recebemos algo favorável a nós em troca.
Influências
Claro que Arne Naess não apareceu com um pensamento do nada ou somente observando certas atitudes da população. A ecologia profunda carrega implicitamente, mas com reconhecimento, diversos pensamentos de filósofos conhecidos da gente como Rousseau, Gandhi, Thoreau, Aldo Leopoldo e diversos outros. Esses estudiosos já haviam pesquisado mais sobre a relação do sistema ecológico com os seres vivos, porém não tinham concluído seus estudos com mais foco.
Saiba Mais
Como um grande estudioso do budismo e outras filosofias orientais, Arne Naess também aproveitou para usar alguns desses conceitos para ajudar na formação do seu pensamento filosófico. Essas talvez foram as influências mais marcantes que Naess colocou em seu estudo de ecologia profunda, principalmente o Taoismo que explica muito bem determinados movimentos na teia da vida junto à ecologia.
Se você observar um pouco o estilo de pensar dos índios e ver como eles aplicavam esses pensamentos na sua vida cotidiana, poderão ver que o conceito de ecologia profunda elaborado oficialmente por Arne Naess, já era algo em que os índios acreditavam e por esse motivo, aplicavam em suas vidas. Esse ponto também foi uma influência de grande importância nos estudos de Naess e sempre citado em suas obras sobre o assunto.
Carta Ao Presidente Franklin Pierce
Como estamos falando sobre os conceitos de ecologia profunda adotados pelos indígenas mesmo antes de Arne Naess reconhecer essa filosofia e publicar ao mundo, um índio dos Estados Unidos chamado “Chefe Seattle” enviou uma carta ao governador Isaac Stevens e ao presidente Franklin Pierce em 1854 falando sobre um estilo de vida bem parecido com o proposto por Arne Naess algumas décadas depois. A carta teve conhecimento público somente em outubro de 1887 quando o Seattle Sunday Star a publicou em forma de artigo com algumas ressalvas de Ted Perry. Veja um trecho da carta:
“De uma coisa sabemos. A terra não pertence, ao homem: é o homem que pertence à terra. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.” (fonte: Wkipédia)1
Como podemosobservar, o conceito de ecologia profunda já vinha sendo discutido há alguns anos antes do proposto de Arne Naess e por isso teve uma influência muito grande na conclusão dessa filosofia.
Definição de Outros Autores
Além do Chefe Seattle, diversos outros estudiosos e filósofos já tinham discussão aberta sobre a ecologia profunda. Dois desses autores podem ganhar um destaque maior devido a filosofias bem reais e próximas das teorias de Arne Naess. Vejamos.
De acordo com Fritjof Capra, o ambientalismo comente um grande defeito ao achar que o homem está sempre acima ou fora da natureza, sendo de tal forma, uma fonte de todo valor. Para esse ambientalismo superficial, a natureza tem um valor apenas instrumental, ou seja, ela serve apenas para ser usada pelo homem e nada mais. Já para a ecologia profunda, o homem não está em nenhum patamar diferente da natureza, pois os dois são totalmente iguais sendo tudo e todos dependentes da ação do próximo para viverem em harmonia.
Já para o autor Carlos Cardoso Aveline, a ecologia profunda é definida como a influência que a natureza age sobre o homem e o inverso também. Qualquer tipo de prática realizada por ambos, influencia de forma física, psicológica e espiritual em todos. Essa teoria foi defendida na introdução de seu livro “A Vida Secreta da Natureza”.
