Caracterização da Área de Geografia Tradicional e Marxista

Geografia tem importância fundamental ao homem desde os primórdios. Apenas o ato de reconhecer e delimitar regiões dominadas por povos pode ser considerado como o início das atitudes geográficas realizadas por homens. A ciência é antiga e não existe o percussor da matéria.

Em terras nacionais a área geográfica começou com os estudos tradicionais que em termos práticas estavam desenvolvidos há séculos na Europa. Nas primeiras cartas que os navegantes portugueses escreveram à coroa de Portugal as descrições eram em grande parte observada sob a ótica da geografia vegetal, animal e populacional.

Homem Exploração: Geografia na Colonização do Brasil

No estudo tradicional da área geográfica nos primórdios da colonização portuguesa no Brasil o estudo tinha como base analisar as características dos seres-humanos sem relacionar de forma direta no sentido de sociedade. Aumentou o valor do homem-natureza que se contrapunha aos ideais urbanos e religiosos vigentes na Europa por volta de 1.500 DC.

Não se pode ignorar o fato de que a visão geográfica favorecia à economia portuguesa que não se preocupava em explorar de forma sustentável a colônia de exploração. As análises eram feitas no sentido exploratório, desde madeira e tinta feita com pau-brasil até a corrida do ouro.

Pós Segunda Guerra Mundial: Compreensão da Geografia

Depois que acabou a Segunda Guerra Mundial as realidades do mundo em geral se encontrava de formas distintas, seja por cultura ou aspectos ecológicos, o que levou a ciência da geográfica a mudar as regras de compreensão com formas específicas. Especialistas entraram em convergência ao encarar que por conceito e na prática as unidades territoriais tinham características singulares que demandavam análises qualitativas e quantitativas.

Geografia Marxista

Interessante notar que desde a metade do século XX aumento o número de pensadores que faziam a crítica por conta das análises da geografia fundamental. Influências marxistas surgiram como um boom de comentários crítico ao apontar que os estudos geográficos não tinham a preocupação de inserir o contexto social nas análises críticas, como apontou os teóricos da Escola da Frankfurt, por exemplo.

Em consequência do abuso na exploração dos recursos naturais em virtude da economia e no detrimento às relações sociais aumentou a corrente crítica que se denominou como geografia marxista ortodoxa e heterodoxa. Nesse sentido, por volta dos anos oitenta do século XX a visão dos estudos geográficos teve mudança fundamental inclusive no sentido do ensino.

Entretanto, ao levar em conta que na época nos Estados Unidos estava em campanha dura contra as ascensões comunistas começaram a surgirem críticas no que tange ao nome do modelo e por consequência o nome foi modificado para apenas geografia em grande parte das salas de aula no mundo ocidental. Também surgiram educadores que criticaram de forma direta o nível de complexidade ao inserir os pensamentos de Marx no estudo da ciência geográfica.

Conflitos na Linha de Pensamento: Marx X Tradicional

Geografia marxista e tradicional começou a entrar em duelo em termos de ensino básico e médio aos jovens. Natureza, homem e sociedade não conseguiam entrar em contexto aceitável por parte dos educadores, seja por complexidade das explicações ou evitar influências comunistas no ensino científico de forma prática e teórica.

Nesse sentido a geográfica como área de ensino obteve conflitos ideológicos para se estabelecer como doutrina ao ensino aos jovens. Por exemplo, a geografia tradicional seguia a linha da visão macroeconômica antiga na qual se estabelece os recursos naturais como matérias-primas sob a ótica infinita da natureza. A visão positivista fazia com que os conhecimentos ficassem na linha utópica e longe da realidade.

Por outro lado a geografia que levava em conta os ideais de Marx ao pé da letra também tinha problemas como método de ensino ao levar em conta que o contexto no final do século XIX não se relacionada com a segunda metade do século XX, visto que existiam chances de acontecerem idealismos que alienassem de forma subjetiva os alunos que participavam dos métodos de aprendizagem. A relação de afeta entre seres-humanos e natureza não funcionava de forma pragmática.

Estudos Inerentes à Geografia

Independente do método de ensino da geografia tradicional ou marxista, em termos acadêmicos começou um boom de novos assuntos a serem inseridos no contexto geográfico, como no caso da sociologia, política e antropologia, por exemplo, matérias fundamentais em grande parte das grades acadêmicas na área de ensino superior da geografia.

Geografia: Brasil Ditadura

No contexto em geral do ensino geográfico no Brasil durante a ditadura militar (1964-1985) interessante notar que a geografia tradicional representou ensino peculiar em grande parte das escolas públicas por causa da exigência governamental. Porém, com a chegada da nova constituição que ambiciona um país democrático aumentou a distinção entre professores que ensinavam aos alunos matéria geográfica sob a ótica negativa ou positiva.

Geografia: Brasil Democrático

Em termos de ensino começava a surgir espécie de indecisão sobre qual caminho prosseguir para ensinar geografia às crianças e adolescentes. Com o aumento de alunos nas salas de aula a classe de professores começou a ensinar apenas a teoria de acordo com os livros e esquecendo o ensino à prática que para parte dos críticos consiste em elemento vital para o aprendizado de forma eficaz e pragmática.

Por causa do vício de ensino teórico e da confusão entre visões positivas e negativas em termos de geografia, parte dos críticos aponta que aconteceu espécie de desgaste no setor que serve não apenas para ensinar com pouca eficácia como também a fazer o aluno fugir dos estudos geográficos em consequência do nível de complexidade e pouca explicação prática.

Com o tempo aconteceu valorização de outras matérias básicas, como matemática e língua portuguesa, por exemplo. Em consequência diminui as horas de estudo dedicadas para a ciência geográfica que teve de diminuir espaço e cortar temas fundamentais à compreensão do ensino. Temas humanos e físicos encontraram espécie de ruptura em favor de práticas que se relacionam com métodos de ensino dedicados à memorização ou cópia de mapas em papel vegetal.

Não se pode ignorar o fato de que o ensino da geografia se relaciona de forma direta com aumento de compreensão da importância do meio ambiental às novas e futuras gerações.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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