A procura por espécies exóticas e ornamentais pode provocar danos ao meio ambiente
Antigamente era bem comum as pessoas terem jardins em casa, ou até mesmo canteiros de hortaliças e vegetais. Não era difícil as avós terem, em casa mesmo, vários tipos de temperos e ervas para fazer chás dos mais diversos, e dar aquele temperinho especial para a comida. Havia até quem plantasse pés de limão, pimenta ou outras plantas em casa!
No entanto, as cidades foram crescendo, os terrenos ficando cada vez menores e o pouco espaço aliado à falta de tempo promovido pela correria das grandes cidades colocou fim a esse hábito, sendo cada vez mais raro encontrar jardins nas casas urbanas.
Porém uma nova onda verde nasceu nas residências: as pessoas voltaram a cultivar jardins e plantas em casa, mesmo que apenas alguns vasos pequenos de plantas de fácil cultivo.
O que motivou esse interesse pelo cultivo de plantas domésticas, no entanto, foi puramente o fator estético: as pessoas passaram a procurar as plantas mais bonitas como forma de adorno.
Se antigamente o que era cultivado eram plantas funcionais para facilitar o dia a dia das donas de casa, hoje em dia a preocupação é se a planta vai ficar bonita, se vai ser diferente, exclusiva.
Nessa busca por plantas fáceis de cuidar, a manipulação genética ou cruzamento entre as espécies se tornou um hábito comum entre comerciantes de flores e outras plantas. Há uma variedade imensa de rosas híbridas ou manipuladas, das mais variadas cores.
Esta prática não representaria problema se essa preocupação estética não extrapolasse os muros das casas. Além das plantas modificadas, simplesmente retirar uma planta de um habitat e colocá-la em outro já representa perigo, pois não é possível saber como todo aquele ecossistema afetado vai se comportar diante da invasora.
Essas plantas, apesar de muitos belas, interferem diretamente no meio ambiente em que são inseridas, causando danos as vezes irreversíveis ao ecossistema original. Isso porque a flora nativa muitas vezes não consegue interagir com esse organismo completamente estranho que foi imposto em seu território.
Na África do Sul, as plantas que foram inseridas com fins ornamentais acabaram virando pragas, e tiveram que ser combatidas, pois estavam roubando o espaço e alimento das plantas nativas.
Na Austrália também existe um grande número de plantas inseridas nos ecossistemas nativos, e são puramente ornamentais.
O preço para recuperação das áreas invadidas por plantas que não são nativas é enorme, compreendendo um grande esforço de engenharia ambiental para reparar os danos.
O risco de ameaçar um ecossistema inteiro somente para tornar um parque mais bonito é enorme. É uma irresponsabilidade introduzir espécies novas sem um estudo cuidadoso dos riscos que isso pode causar.
Cada ambiente possui suas próprias particularidades e necessidades, e devemos respeitar a natureza e sua ordem.
Andressa Silva.
nosssa me aludou muito e apropósito eu sou filha da simone e filha do laercio