Quais os Tipos de Árvores Nativas de Santa Catarina

O estado de Santa Catarina ainda preserva regiões de mata atlântica, contudo, não está nem perto da cobertura vegetal original. O mais curioso é que o processo de desmatamento é de certa forma recente, afinal faz apenas seis décadas que os catarinenses começaram a observar os efeitos de ter menos árvores compondo o cenário.

Além do desmatamento há que se considerar a presença de árvores invasoras vindas de outros estados e que contribuíram para a redução de espécies nativas. Há algum tempo se iniciou um projeto de recuperação das árvores nativas do estado e a seguir listamos com detalhes cada uma delas. Conheça mais sobre a cobertura vegetal de um dos estados brasileiros com maior ligação com a natureza.

Conhecendo os Tipos de Árvores Nativas de Santa Catarina

Açoita-cavalo (Luehea divaricata)

O nome popular dessa árvore se deve ao fato de que seus galhos são bastante usados para a produção de chicotes usados para o manejo de cavalos. Suas folhas também merecem destaque por ter forma elíptica e borda serrilhada. Quando floresce apresenta flores roxas ou amarelas.

Açoita-cavalo (Luehea divaricata)

Açoita-cavalo (Luehea divaricata)

Angico-branco (Albizia polycephala)

Uma árvore típica da região sul e sudeste pode atingir entre 8 e 14 metros de altura, possui folhas compostas. O florescimento ocorre entre os meses de novembro e dezembro enquanto os seus frutos aparecem no período entre maio e junho.

Angico-branco (Albizia polycephala)

Angico-branco (Albizia polycephala)

Angico-vermelho (Parapiptadenia rígida)

Uma árvore de grande porte pode ser encontrada também no Rio Grande do Sul. Suas folhas são do tipo bipinadas.

Angico-vermelho (Parapiptadenia rígida)

Angico-vermelho (Parapiptadenia rígida)

Araçá – amarelo (Psidium cattleianum)

Uma árvore nativa da Mata Atlântica pode atingir entre 1 e 9 metros, sendo em alguns casos considerada uma arvoreta. O seu fruto é o araçá e suas flores são solitárias e de coloração branca, seu período de florescimento se dá entre junho e dezembro. Ocorre da Bahia até o Rio Grande do Sul.

Araçá – amarelo (Psidium cattleianum)

Araçá – amarelo (Psidium cattleianum)

Araçá – vermelho (Psidium cattleianum)

Alcançando entre 2 e 4 metros de altura essa arvoreta apresenta frutos esféricos com casca avermelhada cuja polpa é branca. O fruto se tornou muito apreciado por fazer uma combinação entre goiaba e morango. Uma das melhores opções de árvore para recuperar áreas devastadas.

Araçá – vermelho (Psidium cattleianum)

Araçá – vermelho (Psidium cattleianum)

Araticum (Rollinia rugulosa)

Quando essas árvores estão inseridas na floresta podem alcançar até 14 metros de altura. Trata-se de uma espécie nativa da Mata Atlântica e que prefere ambientes próximos a riachos para se desenvolver. Ocorre desde o estado de São Paulo até o estado do Rio Grande do Sul.

Araticum (Rollinia rugulosa)

Araticum (Rollinia rugulosa)

Baga-de-macaco (Posoqueria acutifolia)

Uma árvore que gosta de locais férteis e úmidos tendo registros dela ao longo da floresta de Mata Atlântica – da Bahia até os estados do Sul – e também no Pantanal e Floresta Amazônica. O nome da árvore se deve aos seus frutos que se assemelham a laranjas e que são bastante apreciadas por macacos. A arvoreta pode atingir entre 4 e 8 metros de altura.

Baga-de-macaco (Posoqueria acutifolia)

Baga-de-macaco (Posoqueria acutifolia)

Baguaçú (Talauma ovata)

Uma árvore imponente que possui folhas de destaque com largura entre 10 e 15 centímetros. Possui flores simples e frutos deiscentes, são bastante comuns em florestas de terras baixas.

Baguaçú (Talauma ovata)

Baguaçú (Talauma ovata)

Cafezinho-do-jardim  (Ardisia crenata)

O principal diferencial dessa planta é produzir frutos pequeninos e vermelhos não-comestíveis em formato de bagas. Possui flores brancas e que se reúnem numa inflorescência da planta. Nos momentos em que ela produz flores e frutos ao mesmo tempo oferece um resultado visualmente bastante interessante.

Cafezinho-do-jardim  (Ardisia crenata)

Cafezinho-do-jardim  (Ardisia crenata)

Camboata-branco (Cupania vernali)

Trata-se de uma árvore que de porte médio podendo alcançar até 20 metros de altura e cujo tronco atinge diâmetro de 30 a 60 cm. O seu período de floração e frutificação se dá entre outubro e dezembro. Pode ser encontrada na vegetação do Cerrado e da Mata Atlântica.

Camboata-branco (Cupania vernali)

Camboata-branco (Cupania vernali)

Canjerana (Cabralea canjerana)

Uma espécie que pode ser encontrada na forma de arbusto e de árvore, nesse caso atinge cerca de 30 metros de altura. Sua característica mais marcante é ter madeira com tom avermelhado ou rosado. Conta com flores agrupadas em inflorescências e folhas do tipo compostas.

Canjerana (Cabralea canjerana)

Canjerana (Cabralea canjerana)

Canela-imbuia (Ocotea porosa)

Bastante comum na região dos Campos Gerais do Paraná essa árvore é também uma das espécies nativas do estado de Santa Catarina. Possui flores e folhas pequeninas, porém, o que tornou essa árvore conhecida é a sua madeira com grande valor comercial. Algo que contribuiu para seu quase desaparecimento.

Canela-imbuia (Ocotea porosa)

Canela-imbuia (Ocotea porosa)

Canela-guaicá (Ocotea puberula)

Trata-se de uma árvore que pode ser encontrada na região nordeste do Brasil até o estado do Rio Grande do Sul. Pode alcançar entre 10 e 25 metros e tem como característica primordial a sua casca em tom pardo. O seu período de florescimento se dá entre os meses de julho e agosto.

Canela-guaicá (Ocotea puberula)

Canela-guaicá (Ocotea puberula)

Capororoca-vermelha (Rapanea ferrugínea)

Trata-se de uma árvore distribuída por todo o Brasil e que também está na lista das espécies nativas de Santa Catarina. Uma de suas principais características é se adaptar a diferentes climas com grande facilidade.

Capororoca-vermelha (Rapanea ferrugínea)

Capororoca-vermelha (Rapanea ferrugínea)

Caroba (Jacarandá micrantha)

O destaque dessa espécie de árvore é ter flores roxas, trata-se de um espécime muito fácil de cultivar e que não apresenta ação agressiva com outras espécies. Pode alcançar até 25 metros de altura.

Caroba (Jacarandá micrantha)

Caroba (Jacarandá micrantha)

Caxeta (Chrysophyllum gonocarpum)

Uma árvore de pequeno a médio porte que pode chegar a uma altura entre 6 e 20 metros de altura com diâmetro de 60 cm. De maneira geral é uma espécie que se adapta bem a regiões de vales.

Caxeta (Chrysophyllum gonocarpum)

Caxeta (Chrysophyllum gonocarpum)

Cedro (Cedrela fissilis)

Essa árvore pode atingir até 30 metros de altura, possui folhas do tipo compostas e além de ser nativa de Santa Catarina pode ser encontrada no Panamá, Argentina e Costa Rica.

Cedro (Cedrela fissilis)

Cedro (Cedrela fissilis)

Cereja (Eugenia involucrata)

Conhecida também como cerejeira do rio-grande tem perfil ornamental e frutífero. De porte pequeno a médio, atinge altura entre 5 e 15 metros, conta com copa do tipo colunar. Os frutos dessa árvore tem aspecto vermelho e brilhante com folhas do tipo cetácea.

Cereja (Eugenia involucrata)

Cereja (Eugenia involucrata)

Chal-chal (Alophylus edulis)

Dependendo do tanto que essa espécie consegue crescer pode ser considerada como arbusto ou árvore, pode atingir até 10 metros de altura. Suas folhas são do tipo compostas tendo cerca de 10 a 15 centímetros por unidade. Possui inflorescência central longa.

Chal-chal (Alophylus edulis)

Chal-chal (Alophylus edulis)

Cortiça-lisa (Rollinia rugulosa)

Sendo avistada de Minas Gerais até o sul do Brasil essa árvore pode atingir até 12 metros de altura e ter diâmetro de até 40 cm. Um espécime de grande relevância para a recuperação de mata ciliar.

Cortiça-lisa (Rollinia rugulosa)

Cortiça-lisa (Rollinia rugulosa)

Cortiça-crespa (Rollinia sylvatica)

O grande destaque dessa árvore é o seu fruto que caiu nas graças das crianças com seu sabor diferenciado com um toque levemente ácido. O seu período de frutificação acontece entre os meses de janeiro e abril.

Cortiça-crespa (Rollinia sylvatica)

Cortiça-crespa (Rollinia sylvatica)

Espinheira-santa (Maytenus sp.)

O nome popular dessa planta faz referência a sua forma de espinheira e ao fato de ser considerada como um santo remédio. Suas propriedades medicinais já foram comprovadas para resolver problemas gastrointestinais, de gases e até mesmo ajudar a aliviar úlceras.

Espinheira-santa (Maytenus sp.)

Espinheira-santa (Maytenus sp.)

Grumixama (Eugenia brasiliensis)

Alcançando até 15 metros de altura essa árvore pode ser encontrada da Bahia até Santa Catarina com destaque para as florestas aluviais e também em encostas. Possui frutos na forma de bagas de um tom de roxo escuro. Os frutos são apreciados por humanos e aves.

Grumixama (Eugenia brasiliensis)

Grumixama (Eugenia brasiliensis)

Guabiroba-crespa (Campomanesia xanthocarpa)

Pode se desenvolver como arbusto ou árvore, nesse caso chegando até a 20 metros de altura. Trata-se de uma espécie semidecidua, isto é, que perde as suas folhas durante o inverno.

Guabiroba-crespa (Campomanesia xanthocarpa)

Guabiroba-crespa (Campomanesia xanthocarpa)

Guabiroba-lisa (Campomanesia xanthocarpa)

O que determina se a variedade é lisa ou crespa é a borda das folhas que compõem essa árvore. Seu nome combina uma homenagem a Rodrigues de Campomanes, que foi um naturalista espanhol, e a palavra grega xanthocarpa que significa fruto amarelo. Já seu nome popular tem ligação com o tupi-guarani e significa casca amarga.

Guabiroba-lisa (Campomanesia xanthocarpa)

Guabiroba-lisa (Campomanesia xanthocarpa)

Ingá – anão (Inga laurina)

Uma árvore reconhecida por seus saborosos frutos e que pode chegar a uma altura de 25 metros. Seu período de florescimento se dá entre os meses de setembro e março sendo que o momento ideal para apreciar os seus frutos é entre março e junho.

Ingá – anão (Inga laurina)

Ingá – anão (Inga laurina)

Ipê-amarelo (Tabebuia sp)

Alcançando entre 5 e 8 metros essa árvore é uma das mais cultivadas em todo o país. Trata-se de um tipo muito comum na Mata Atlântica e utilizada para arborização de cidades.

Ipê-amarelo (Tabebuia sp)

Ipê-amarelo (Tabebuia sp)

Ipê-branco (Tabebuia roseoalba)

Encontrada em abundância no cerrado e no pantanal do Brasil também é uma árvore nativa do estado de Santa Catarina. Teve sua primeira descrição feita em 1890, pode atingir alturas acima de 12 metros.

Ipê-branco (Tabebuia roseoalba)

Ipê-branco (Tabebuia roseoalba)

Ipê-rosa (Tabebuia sp)

Uma árvore que apresenta um ritmo de crescimento acelerado podendo alcançar mais de 35 metros. Tem sua origem na bacia do Paraná de onde se espalhou para outras localidades inclusive o estado de Santa Catarina.

Louro pardo (Cordia trichotoma)

Essa árvore de tronco fino e alongado é nativa do Brasil e pode ser encontrada também na Argentina, Bolívia e Paraguai.

Louro pardo (Cordia trichotoma)

Louro pardo (Cordia trichotoma)

Manacá da serra (Brunfelsia pauciflora)

Embora seja uma espécie da Mata Atlântica essa árvore se tornou bastante comum em jardins. A sua característica principal é ter um aroma encantador.

Manacá da serra (Brunfelsia pauciflora)

Manacá da serra (Brunfelsia pauciflora)

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Categoria(s) do artigo:
Flora

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