Principais Famílias De Angiospermas Da Flora Brasileira

A flora brasileira tem destaque mundial por causa da diversidade de espécies que existe nos conjuntos espalhados no país verde e amarelo. Especialistas apontam Amaranthaceae e Anacardiaceae como as principais famílias de angiospermas do Brasil.

Principais Famílias De Angiospermas Da Flora Brasileira

Principais Famílias De Angiospermas Da Flora Brasileira

Amaranthaceae: Características Gerais

Representa espécies que predominam entre as famílias herbáceas. Possuem flores inteiras que se dispõe de forma espiral, oposta, cruzada e sem estípula (estruturas do caule com forma de escama). São pequenas, secas, trazem espigas e cachos com simetria em termos radiais. Em geral as tépalas são livres, com ovário do tipo súpero, unilocular e unicarpelar.

Ao que tange a diversidade e distribuição, espécies do gênero têm características de distribuição em termos cosmopolita, a não ser por regiões frias que estão no Hemisfério Norte. A família possui por volta de duas mil espécies e 170 gêneros, nativas de cem espécies, aproximadamente.

De modo comum são ervas suculentas, caso das lianas e arbustos. Folhas simples ou alternadas de modo oposto. Em geral as inflorescências são densas, com pequenas flores unissexuadas e bissexuadas (hermafroditas).

Amaranthaceae: Características Gerais

Amaranthaceae: Características Gerais

O Amaranthaceae representa a linhagem mais rica em espécies dentro da ordem planta com flor. A maioria das espécies traz ervas ou subarbustos anuais, perenes e arbustos. Poucas são trepadeiras ou árvores. Certos tipos são suculentos e têm caules com nós engrossados. A madeira perene tem “anômala” – crescimento do tipo secundário.

As folhas são alternativas na maioria, às vezes opostas. Não possuem estípulas. Traz forma variável, com margens inteiras ou dentadas. Em algumas espécies são reduzidas para escalas. Na maioria dos casos não ocorre agregações basais ou terminais de folhas.

Inflorescência: Flores são solitárias ou agregadas em cimeiras, pontas ou panículas. Algumas espécies possuem tipos unissexuais.  Tipos florais são regulares com a planta herbácea. Existem entre um e cinco estames opostos ou alternados. As anteras têm dois ou quatro sacos polínicos (lóculos). Os grãos de pólen estão esféricos e trazem poros com alto número.

Os diásporos são sementes ou frutos (utrículos) que persistem e se modificam na fruta para meio de dispersão. Às vezes até mesmo brácteas e bractéolas podem pertencer ao grupo. A semente horizontal ou vertical por vezes tem parte exterior espessa ou lenhosa. O embrião verde ou branco fica em espiral (sem perisperma) ou anular (reto).

Amaranthaceae representa o maior grupo que faz fotossíntese. Dentro da família, existem vários tipos e cerca de dezessete tipos diferentes da anatomia da folha. Por conseguinte a via de fotossíntese parece ter sido desenvolvida a cerca de quinze vezes durante a evolução da família. Algumas espécies como o espinafre ou beterraba são utilizadas como legumes.

A família Amaranthaceae foi publicada pela primeira vez em 1789, por Antoine Laurent.  A sistemática consiste em objeto de recente pesquisa intensiva. Estudos de genética molecular revelam a classificação tradicional com base em caracteres morfológicos e anatômicos que por vezes não refletem relações filogenéticas.

Anacardiaceae: Características Gerais

Em termos geral possuem hábitos de arbóreas. As folhas são compostas por disposição alternada, possuem tamanhos inteiros e deixam de ter estípulas. Traz cores brancas não vistosas ou tons amarelos esverdeados. Especialistas apontam serem de sexo separado ou de estrutura hermafrodita.

Trazem pétalas e sépalas separadas. Geram frutos, tais como: Noz, drupáceo ou baciforme. Diversidade e distribuição estão presentes em áreas subtropicais e tropicais, inclui setenta gêneros e setecentas espécies. Dentro do Brasil existem setenta espécies para quinze gêneros.

Família de plantas com flores que carregam frutos. Incluem gêneros com importância econômica. Plantas notáveis da família são caju, manga, hera venenosa e árvores de fumo.

Árvores ou arbustos, cada qual com flores imperceptíveis e venenosas, às vezes com mau cheiro resinosos ou seiva leitosa. A resina localizada na casca de fibrosa interior de plantas fibrovascular encontra caules, raízes e folhas com característica dos membros da família. Resinas localizadas na medula são características de espécies de caju.

A madeira de Anacardiaceae ocorre de modo frequente nos pequenos e simples vasos com furos em espécies escalariformes. As covas simples estão localizadas ao longo da parede do vaso e em contato com o parênquima.

As flores crescem no final do ramo ou tronco em um ângulo a partir do qual a folha se une com o caule e têm brácteas. Estames possuem o dobro ou valor igual ao número de pétalas inseridas na base do anel em forma de taça, inserido abaixo do pistilo.

Flores têm o ovário livre, mas as pétalas e estames têm suporte no cálice. Nas espécies florais pistiladas os ovários são unicelulares. De modo raro as frutas se abrem na maturidade e são na maioria das vezes drupas.

A família do caju é abundante em regiões quentes ou tropicais, com apenas algumas espécies que vivem nas zonas temperadas. Em principal nativa do espaço tropical das Américas, África e Índia.

Interessante notar que os padrões às sementes dispensarem está determinado em grande parte por mecanismo de dispersão e isso traz implicações importantes para a estrutura demográfica e genética de populações de plantas, bem como padrões de migração e interações entre espécies. Há cinco principais modos para dispersar as sementes: Gravidade, vento, balística, água e animais.

No que tange ao desenvolvimento da flor, consiste no processo em que as angiospermas produzem padrão de expressão do gene em meristemas que leva ao aparecimento de órgão orientado para a reprodução sexuada. Há formas fisiológicas de se desenvolver a considerar. Em primeiro lugar, a planta deve passar de imaturidade sexual ao estado de maturidade sexual (ou seja, transição para a floração).

Estímulo externo é necessário a fim de desencadear a diferença do meristema da flor para ativar divisão mitótica celular no meristema, em particular nos lados em que novos primórdios são formados.

A transição da fase vegetativa à reprodução envolve o ato de alterar de forma dramática o ciclo vital da planta, talvez o mais importante porque esse processo deve ser realizado de maneira corriqueira, de modo a garantir que a planta produza os descendentes. Esta transição se caracteriza pela indução e ao desenvolvimento do meristema da inflorescência, ao qual irá produzir conjunto de flores.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Flora

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