Espécies Arbóreas da Amazônia

A Biodiversidade da Amazônia

O Brasil é o país que apresenta a maior biodiversidade do planeta (são mais de 55 mil tipos de plantas diferentes – equivale a algo em torno de 25% dos tipos de plantas existentes em todo o planeta).

E muitas das espécies vegetais que compõem essa biodiversidade se deve ao fato do nosso país abrigar a maior floresta do mundo, a floresta amazônica, a maior biodiversidade existente no planeta (em nenhum outro local do planeta existe tantos animais e plantas diferentes).

No entanto, essa biodiversidade precisa ser cuidada e preservada, pois o desmatamento na região amazônica é muito intenso, o que causa uma grande devastação ao meio ambiente e a biodiversidade existente da Amazônia.

Devido a essa enorme biodiversidade, em todo o território brasileiro existe inúmeras espécies de árvores nativas, que se caracterizam com cada região, de acordo com as características de clima, solo, umidade, etc.

A floresta amazônica não é diferente, e nela são encontradas uma grande quantidade de espécies de árvores. Na floresta amazônica existem 03 (três) tipos de matas:

  • Mata de Igapó – formada por palmeiras e arvores que não são tão altas, vivem inundadas e cheias de nós dos cipós e lianas;
  • Mata de Várzea – Mata compacta que sofre inundações de forma periódica. Nessa espécie se destacam as seringueiras;
  • Mata de Terra Firme – é o tipo de mata que possui as arvores mais altas e por isso são pouco inundadas;

Espécies de Árvore da Amazônia

A Amazônia é uma região onde as espécies de arvores são abundantes e variadas. E diversas dessas espécies são encontradas somente na floresta amazônica.

Segue abaixo informações sobre algumas espécies arbóreas típicas da região amazônica:

1 – Jacaranda Copaia (Pará-Pará)

O Nome Jacaranda causa uma certa confusão para as pessoas, pois traz a lembrança da famosa arvore Jacarandá, madeira nobre que foi muito utilizada na fabricação de móveis, no entanto, elas são espécies completamente diferentes.

O gênero de plantas Jacaranda possui em torno de 50 espécies. No entanto, a maioria delas são encontradas ao redor da floresta amazônica. A Jacaranda Copaia é a única espécie encontrada e amplamente distribuída na floresta amazônica.

A Jacaranda Copaia pode ser denominada de caroba ou caraúba. Suas flores são vistosas e normalmente são polinizadas por abelhas (as mangangavas), mas elas também atraem outras aves e insetos como: moscas, besouros, borboletas e pássaros em geral.

As suas sementes são dispersadas e espalhadas pelo vento, o que auxilia a planta a se propagar. A Jacaranda Copaia possui 02 (duas) subespécies que são diferenciadas pela forma do folíolo (partes que compõem a folha).

A Jacaranda Copaia é um tipo de árvore que cresce de maneira muito rápida, o que torna essa espécie de arvore indicada para ser usada em processos de reflorestamento. Quando a Jacaranda Copaia quando floresce se torna uma árvore muito bonita, o que a tornaria útil em processos de arborização urbana.

A Jacaranda Copaia possui uma madeira leve, que não é apropriada para ser usada na fabricação de móveis. A Madeira da Jacaranda Copaia é indicada para ser usada como e para construções leves (exemplos:caixas, brinquedos, etc.).

2 – Anacardium Giganteum (Cajuaçu)

A Anacardium Giganteum ou popularmente conhecida por cajuaçu, é encontrada na floresta amazônica e também em áreas de cultivo. A Anacardium se caracteriza por ser uma arvore de grande porte que possui uma copa muito densa. Elas chegam a alcançar 40 (quarenta) metros de altura e o diâmetro chega a atingir mais de 01 metro.

Além de ser popularmente conhecida por cajuaçu, a Anacardium Giganteum também é conhecida por caju bravo, caju da mata e cajueiro da mata. Todos os nomes populares estão relacionados com as espécies de Anacardium (arvore popularmente conhecida pelo fruto – o Caju).

O Cajuaçu igualmente ao caju, possui um pseudofruto, de onde pode ser feito um suco de um sabor muito agradável e que é bastante apreciado e comercializado na Amazônia. O suco de cajuaçu é considerado tão gostoso como o suco do caju.

As flores do cajuaçu normalmente são polinizadas pelas abelhas. A sua madeira é muito usada para a extração da celulose, sendo própria para conseguir laminas de compensados, para confeccionar embalagens de pequeno porte e caixa em geral. A casca da madeira do cajuaçu é muito boa para ser usada para o curtume (local onde se processa o couro cru).

3 – Carapa Guianensis (Andiroba)

A Carapa Guianensis é uma arvore de grande porte de dossel (chega a atingir 30 metros de altura), que possui uma copa densa e que possuem sapopemas (raízes chatas) baixas.

A Andiroba, como é popularmente conhecida a Carapa Guianensis, é distribuída por toda região amazônica e é facilmente encontrada na região florestal.

Existem 02 (duas) espécies de Carapa, que são identificadas pelas suas flores. No caso da Carapa Guianensis possuem pétalas, sépala e estames em múltiplos de 04 (quatro).

As sementes da andiroba se espalham quando os frutos caem no chão e as sementes se espalham através da ação natural, como também através dos animais silvestres que se alimentam dos frutos da andiroba.

A andiroba possui uma madeira de alta qualidade, que é bastante similar ao Mogno, no entanto ela é uma madeira que é mais dura e pesada. Conforme a indústria madeireira, existem dois tipos de andiroba: a vermelha que é oriunda da terra firme e possui uma qualidade melhor e a branca que é oriunda das áreas alagadas da floresta.

O óleo das sementes de andiroba é um dos produtos medicinais mais vendidos da floresta amazônica. O óleo da andiroba é utilizado para aliviar contusões, aliviar edemas, reumatismo e auxilia na cicatrização e recuperação da pele.

O chá da casca de andiroba é bastante amargo, mas ele é usado no tratamento da febre. A Casca da andiroba também é usada para fabricar velas, sabão e xampu. A casca quando moída e transformada em pó, pode ser usada no tratamento de feridas e vermes.

Devido a sua grande importância medicinal, como fonte de inúmeros produtos, a extração da andiroba tem sido restringida e até mesmo proibida.

4 – Bagassa Guianensis (Tatajuba)

A Bagassa Guianensis é uma arvore de grande porte, que chega a atingir 50 metros de altura. Uma das características da Tatajuba (nome popular da Bagassa Guianensis), é que quando esta arvore é cortada ela solta um látex de coloração esbranquiçada.

Ela é uma arvore que apresenta folhas opostas, trilobadas e pecíolos compridos. As suas flores são pequenas, e ficam agrupadas em inflorescências. A polinização da Tatajuba é feita pelo vento e por pequenos insetos.

O fruto da tatajuba é comestível e possui um sabor levemente adocicado, e vários animais se alimentam desses frutos.

A madeira é de cor amarelada, e quando passa pelo acabamento industrial ela se torna dourada. A madeira se caracteriza por ser pesada e de qualidade, sendo resistente ao ataque de insetos e vermes marinhos, por isso, é usada em construções externas e na fabricação de deck.

A tatajuba é cultivada como fonte de celulose.

5 – Manikara Huberi (Maçaranduba)

A Manikara Huberi é uma planta de grande porte que atinge 50 metros de altura. É uma planta típica das regiões de terra firme da Amazônia. Ela é um tipo de planta que possui folhas grandes e de coloração amarelada.

A Manikara Huberi é popularmente conhecida como Maçaranduba. Ela é um tipo de arvore muito valorizado devido a sua madeira que é pesada, resistente e dura, sendo bastante utilizada na construção externa, na fabricação de pisos industriais, etc.

Outra Característica da Maçaranduba é que o látex extraído da arvore é comestível e pode ser consumido como um substituto do leite de vaca.

O fruto da Maçaranduba é comestível, e chega a ser comercializado, no entanto não é tão conhecido fora da região amazônica.

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Categoria(s) do artigo:
Flora

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