Lista de Aves em Extinção no Brasil e no Mundo

Atualmente, é bem difícil que alguma classe de animais esteja fora das listas de ameaçados de extinção. Não é diferente com as aves, dentre os principais motivos que levam esses animais para essa lista estão o contrabando de aves, a caça predatória e destruição do seu meio ambiente natural.

Definição de Extinção

A extinção é uma dura realidade para várias espécies da fauna e flora do Brasil e do mundo também. O conceito de extinção para a Biologia e a Ecologia se refere ao desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies. Esse processo de extinção pode durar algum tempo e começa a partir do momento que a população de indivíduos de uma espécie passa a ser muito reduzido para culminar na morte do último espécime.

Por isso mesmo é considerado que várias espécies se encontram ameaçadas de extinção, mas somente serão conceituadas como extintas de verdade quando não houver mais nenhum indivíduo. Também é interessante compreender um pouco melhor a escala geográfica da extinção.

A chamada extinção local é aquela em que uma espécie é extinta apenas numa determinada região e não no planeta como um todo. Esse fator é importante para entender a distribuição geográfica das espécies e também os movimentos que essas espécies fazem de acordo com a iminente extinção.

Atualmente, Governos em parceria com o trabalho de vários ambientalistas trabalham na tentativa de reverter à extinção das espécies, pelo menos tentar evitar que a extinção causada pela ação humana continue. As aves incluem espécies que se encontram extremamente ameaçadas de extinção devido à ação do homem.

Lista de Aves Ameaçadas de Extinção no Brasil e no Mundo

São muitas as aves que estão na lista de ameaçados pela extinção, conheça algumas dessas espécies.

Anodorhynchus glaucus – Arara Azul

A belíssima Arara Azul pertence a classe das aves e aparece na lista de espécies ameaçadas de extinção com a classificação de grande perigo. No ano de 1994 a Arara Azul foi dada como extinta, porém, depois de alguns anos foram avistados novos espécimes.

Pelo fato de haver pouquíssimos espécimes dessa Arara ela é criada em cativeiro para que seja possível controlar uma renovação na quantidade de animais da espécie. Existem ideias de que sejam feitos financiamentos para que alguns exemplares dessa Arara possam ser devolvidos ao estado selvagem. Porém, ainda sem sucesso.

As populações dessa Arara são consideradas minúsculas uma vez que faltam dados que confirmem a existência de grandes populações desde a década de 60.

Antilophia bokermanni – Soldadinho do Araripe

O passarinho conhecido como Soldadinho-do-araripe está na lista daqueles que podem ser extintos. Se olharmos a sua classificação na escala de risco de extinção está no mesmo patamar da Arara Azul, ou seja, corre um grande perigo.

Esse passarinho está na lista de aves ameaçadas desde o ano 2000 e infelizmente não conseguiu sair dela. No ano de 2006 foi feito um levantamento que chegou a preocupante soma de apenas cerca de 800 indivíduos, isso contabilizado em dois anos consecutivos de censo.

Calyptura cristata – Tietê-de-coroa

Essa espécie que é conhecida como Tietê-de-coroa está classificado como uma ave que corre risco de extinção porque a sua pequena população ficou quase 100 anos sem ser registrada porque não era avistada.

Uma espécie bastante forte, pois mesmo enfrentando muitas dificuldades consegue sobreviver e persistir. Para que se tenha uma ideia essa ave vive num habitat que não é o seu habitat natural, uma área bem restrita ao norte de Rio de Janeiro.

Desde o século XIX há rumores da existência do Tietê-de-coroa, porém foi somente no século XX que foram registrados avistamentos desses pássaros. O mais triste dessa situação é que depois de 100 sem ser avistado se houver 50 passarinhos dessa espécie é muito.

Caprimulgus candicans – Bacurau ou Rabo-branco

O nome desse pássaro significa “Tesoura d’água esbranquiçada”, pequeno ele atinge em média 20 cm de comprimento. Em nosso país esse pássaro costuma ser avistado na região do Cerrado especialmente no subsistema do Campo Limpo. Contudo, nos últimos anos a espécie entrou para a lista de aves que está sob ameaça de extinção.

As principais ameaças para esse pássaro são as queimadas realizadas no Cerrado e a transformação de áreas desse bioma em plantações de eucalipto, soja entre outras. No Brasil pode ser avistado somente nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás na reserva do Parque Nacional das Esmas. Existem alguns indivíduos da espécie no Paraguai e Bolívia.

Celeus obrieni – Pica Pau do Parnaíba

Se você gosta do simpático e malandro personagem do desenho Pica Pau ficará triste em saber que essa é uma das espécies ameaçadas de extinção. O Pica Pau do Parnaíba ficou cerca de 80 anos sem aparecer ele voltou a dar as caras e alguns ambientalistas estimam que se não houver interferência humana drástica é possível que daqui a alguns anos a espécie possa se recuperar e sair da lista de ameaçados.

A população atual do Pica Pau do Parnaíba é bem pequena, mas sempre podemos manter a esperança já que essa ave foi avistada em larga escala em algumas regiões do país. A estimativa que se mantém desde 2007 é que existam entre 50 e 250 indivíduos maduros e aptos à reprodução.

Claravis godefrida (Purple-winged Ground-dove)

A ave conhecida como Pomba-espelho, Pararu-espelho ou somente como Paruru é um exemplo de ave criticamente ameaçada de extinção. Uma espécie bastante rara. Nas últimas décadas não foram feitos muitos levantamentos a cerca dessa espécie e por isso mesmo imagina-se que ainda continua em declínio.

Exatamente pela falta de dados é que essa espécie se encontra na lista das criticamente ameaçadas de extinção. Grande parte dessa situação crítica se deu pela perda do seu habitat natural. Essa ave figura nessa lista desde o ano de 2004.

A população que é estimada dessas aves é de cerca de 250 indivíduos isso com base nos avistamentos que foram realizados nos últimos 20 anos. O dramático é que essas aves não foram avistadas em grupos de mais de indivíduos, sendo que historicamente andavam em grupos de 100 indivíduos.

Columbina cyanopis – Rolinha-do-planalto

As Rolinhas-Brasileiras ou Rolinha-do-Planalto são protegidas por várias leis do Brasil e são protegidas em diversos parques nacionais. A sua ocorrência é quase sempre em lugares como a Serra das Araras.

O perigo de extinção dessa ave se tornou mais concreto devido a grande diminuição do Cerrado e com a constante diminuição desse bioma podemos esperar que a população seja ainda mais reduzida. A estimativa dessa população é de 50 a 249 indivíduos.

Conothraupis mesoleuca – Tiê-bicudo

O tiê-bicudo estava considerado extinto até que no de 2004 por acaso foi avistado no Parque Nacional das Emas e também ao longo do Alto Rio Juruena. O mais curioso é que durante a mesma semana os pesquisadores encontraram um macho e uma fêmea dessa espécie. A população dessa ave é estimada entre cerca de 59 a 249 indivíduos.

Cotinga maculata – Pássaro-Azul ou Crejuá

Um pássaro muito bonito que possui um tom de azul cobalto em seu dorso, para adicionar ainda mais beleza a espécie suas partes inferiores possuem um tom de púrpura-escuro. Mede em torno de 20 cm e tem como base alimentar frutas. Como é um pássaro que tem por hábito viver nas copas das árvores é bastante prejudicado pelo desmatamento.

Apesar de existir proteção especial para a ave que somente pode ser encontrada na mata atlântica o que se tem observado é uma queda vertiginosa na quantidade de indivíduos dessa espécie. Atualmente, pode ser encontrado no Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais.

Crypturellus noctivagus noctivagus – Jaó-do-sul

O significado do nome científico dessa ave nos diz muito sobre ela, algo como ave da noite que tem a cauda escondida. Um indivíduo dessa espécie mede entre 32 e 34 centímetros. Uma curiosidade é que nos exemplares do litoral é mais comum observar a mistura de cores como laranja, vermelho e azul. Nas espécies nordestinas o tom predominante é o marrom.

Os dois tipos de Jaó-do-sul ainda se diferenciam por suas vocalizações que apresentam discrepâncias entre si. Os principais fatores que levaram essa ave a lista de aves em extinção é o desmatamento e o processo de ocupação imobiliária de antigas áreas de matas.

Diomedea sanfordi – Albatroz-real-do-norte

Uma ave muito bela que possui seu dorso branco e as suas asas completamente negras. Seu nome científico significa ave guerreira de Sanford em homenagem ao zoólogo Dr. Leonard Cutler Sanford. O bico dessa ave é de um tom de rosa e possui a ponta amarela. Na base alimentar dessas aves estão crustáceos, peixes e cefalópodes em grande quantidade. Por se tratar de uma espécie de ave migratória pode ser observada na Nova Zelândia, Chile, Peru e Argentina.

Diomedea exulans – Albatroz-Gigante

O nome científico dessa ave faz referência a outra característica marcante da espécie, significa ave viajante. Em geral ocorre no oceano austral e mede em torno de 120 cm chegando a pesar até 12 kg. O bico que costuma ser bem grande pode ter um tom rosado ou amarelo. É raro avistar uma ave dessa espécie no Brasil, contudo, ás vezes por acidente um ou outro albatroz-gigante é avistado no Rio de Janeiro.

Diomedea dabbenena – Albatroz-de-tristão

Essa ave é branca e possui somente as pontas de suas asas negras, o seu bico é rosado. O que diferencia essa ave do albatroz-gigante é o tamanho de suas asas que é ligeiramente menor. Durante toda a vida a plumagem das fêmeas dessa espécie é mais escura que a plumagem dos machos. Pode ser encontrada no Uruguai, Argentina, África do Sul, Namíbia e em alguns estados brasileiros como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Diomedea dabbenena

Diomedea dabbenena

Penelope ochrogaster – Jacu-de-barriga-castanha

Trata-se de uma ave bastante curiosa que parece uma galinha gigante, pode chegar a medir até 75 cm. Diferentemente de outros tipos de jacus não emite vocalizações de alerta quando está numa situação de alarme. Pode ser encontrado em habitats de pântanos subtropicais e florestas secas. Está na lista de ameaçadas e pode ser encontrada na região do Cerrado brasileiro.

Picumnus exilis pernambucensis – Pica-pau-anão-dourado

Uma das menores espécies de pica-pau mede em torno de 7,5 centímetros. A forma de identificar o macho da espécie é através da observação de pintas douradas na região anterior da cabeça da ave. Nas fêmeas da espécie essa região é branca. Pode ser avistado ao norte do Rio Amazonas até a região leste do Rio Negro. Também pode ser encontrado no Pará.

Procellaria aequinoctialis – Pardelão-de-queixo-branco

Como se trata de uma espécie de ave marinha é avistada nos oceanos, geralmente nos oceanos austrais. Em nosso país existem registros dessa ave no litoral do Rio Grande do Sul até alcançar o estuário do Rio Amazonas. Existe ainda uma espécie muito semelhante a essa que possui parte do seu corpo escura, mas que tem suas asas brancas no hemisfério norte.

Taoniscus nanus – Inhambú-carapé

Um o pássaro bem pequenino que mede entre 14 e 18 centímetros chegando a pesar entre 43 e 46 gramas. A plumagem dessa ave tem uma tonalidade que fica entre o ocre-rosado e o ocre-acinzentado. Uma espécie onívora que pode ser encontrada em estados brasileiros como Paraná, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Distrito Federal e São Paulo. Também foram avistados algumas aves dessa espécie no estado de Tocantins.

Thalassarche melanophris – Albatroz-de-sobrancelha

Uma das principais diferenças entre esse albatroz e as espécies é que possui asas escuras que fazem um bonito contraste com seu corpo branco. O bico dessa ave é laranja e sua ponta possui um tom de vermelho. Essa é a espécie tida como a mais comum de albatroz, mas mesmo assim está na lista de espécies ameaçadas.

Thalassarche chlororhynchos – Albatroz-de-nariz-amarelo

Essa espécie é a menor dentre as espécies de albatroz, contudo, é a que possui a cauda mais longa em relação ao corpo. Seu bico negro é com certeza a característica que mais se destaca, é interessante observar que o bico possui ainda uma faixa amarela. Pode ser encontrado entre o continente africano e a América do Sul no oceano Atlântico.

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Categoria(s) do artigo:
Fauna

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