Dá Para Viver de Energia Limpa?

Você já parou para pensar sobre como seria viver em um mundo sem eletricidade? Com a quantidade de aparelhos de utilidade básica que nós temos nos dias atuais isso seria completamente impossível. Acontece que a forma como a eletricidade é obtida passou a ser uma grande preocupação de milhares de pessoas que  acompanham esse mundo mais sustentável e interessado na saúde do nosso planeta. Viver sem energia elétrica é algo que não dá para pensar sobre, mas viver com energia gerada a partir de meios sustentáveis, é a saída para um futuro melhor com certeza.

A ideia de viver apenas com energia limpa é algo cada vez mais presente na sociedade e um assunto sempre discutido em fóruns que viabilizam essa realidade. Temos diversos meios na natureza que são capazes de gerar energia sem agredirem tanto o planeta e esse tipo de exploração cresceu bastante nos últimos tempos. Apesar de ser bem mais barato e real o consumo de energia sustentável hoje em dia, ainda existem alguns pontos que devem ser levados em consideração e é exatamente sobre eles que precisamos refletir um pouco.

Estrutura é Tudo

Nós temos uma grande parcela de nossa população que vive com a energia elétrica convencional, mesmo sendo mais agressiva para o planeta. Para que exista uma substituição definitiva, as estruturas implantadas devem ser coerentes à necessidade do povo. Imaginem a implantação de uma geradora de energia limpa que tivesse a capacidade de fornecer tal condição para a população, mas sem a qualidade da que é hoje apresentada? Você com certeza não trocaria um produto que já conhece e sabe da eficiência por outro que oferece riscos nesse caso.

Então levando em conta a estrutura que temos hoje para os geradores de energia limpa, ainda é preciso muito avanço para que estes possam definitivamente tomar o lugar da energia convencional. Um grande exemplo do que estamos falando é a Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, na China. Esta é a maior usina hidrelétrica do mundo, superando a maior termelétrica em quatro vezes o seu tamanho, mas em compensação ela só consegue abastecer 16% da população local. O motivo? Falta de planejamento e estrutura, já que não adianta ser de mais e ofertar de menos!

De Onde vem Tanta Energia?

Conhecer a procedência da energia que você consome pode ajudar bastante em saber se você de fato usa energia limpa ou não. A palavra sustentabilidade e seus sinônimos vêm ganhando muitos adeptos nos últimos anos e, por puro e incorreto interesse, algumas empresas abusam desse termo para vender seus produtos que no final das contas, não tem nada de sustentável.

Então antes de aderir à qualquer tipo de energia limpa, analise a sua procedência e busque entender como ela é gerada. Temos aqui no Brasil diversos tipos de energia sendo fornecida vindo dos ventos, do sol, da água, do etanol e da biomassa. Temos mais de 80% da nossa população recebendo esse tipo de energia em casa e muitos nem sabem desse detalhe. Conhecer mais vai fazer com que você também sabia aproveitar de forma mais correta o tipo de energia limpa que usa e fazer com que esta permaneça em crescimento, assim como evita consumir um tipo de energia dita sustentável, mas que oferece diversos riscos ao meio ambiente.

Facilitador do Meio

Mesmo que tenha mudado muito nos últimos anos, a implantação de energia limpa no mundo ainda é de certa forma cara para a maior parte da população. Realizar projetos governamentais que facilitem esse acesso é de total importância para que todo mundo possa um dia viver somente da energia limpa. Dentre os diversos exemplos que temos ao redor do mundo, com certeza o maior ainda vem da Alemanha.

Os alemães possuem um projeto de governo onde os cidadãos deste país podem instalar em suas casas, painéis fotovoltaicos sem custear praticamente nada. Eles são responsáveis por gerar energia a partir da luz do sol e abastecer tranquilamente uma família inteira, desde que haja sol, evidente. O valor que normalmente seria cobrado pela instalação e por tais equipamentos é totalmente pago com o excedente de energia que uma casa fornece.

Já aqui no Brasil, os cidadãos que desejarem ter o mesmo equipamento instalado em casa precisam desembolsar no mínimo 15 mil reais, o que foge totalmente da realidade da maioria da população do nosso país. Apesar de ainda com esse valor as perspectivas de mudanças serem positivas, com um plano de ação como o alemão, já teríamos um avanço bem considerável,  principalmente pelo fato de termos um potencial natural e também solar muito maior do que o do país europeu.

Melhor Aproveitamento das Energias Limpas

Sim, aparentemente a saída ideal para todos os problemas desse setor, as energias limpas podem apresentar algumas desvantagens quando não são bem estruturadas ou possuem planos de saída em caso de problemas. A primeira ideia que temos quando ouvimos falar em algo gerado a partir da natureza, imaginamos que tal é praticamente inacabável, mas essa é a primeira ideia errada que aparece. Os recursos naturais acabam sim quando não são bem administrados e em muitos casos, não é o uso excessivo deles, mas a forma como eles são extraídos que leva a essa escassez.

Um grande exemplo do que estamos falando é a energia eólica. Os ventos são abundantes e gratuitos de fato, o que aparentemente fará com que esse tipo de energia seja barata e abundante. Acontece que para uma turbina eólica gerar 1 megawatt de energia, ela vai precisar de 50 toneladas de estanho para tal produção. Já aquela produzida com gás natural, gastará apenas 0,3 tonelada de estanho para a mesma quantidade de energia. Não vamos gastar com o vento, mas vamos precisar de minérios para manter toda a infraestrutura que gera a energia.

Claro que não devemos para de investir nas energias limpas, mas devemos avaliar melhor o retorno que elas dão para a nossa sociedade. Mais acima citamos o exemplo da Alemanha que fornece a aparelhagem para a geração de energia solar em uma casa, porém pede que seu excedente seja “doado” para uso ao invés de ser desperdiçado. Este é o custo que uma família terá para ter os painéis instalados gratuitamente.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Desenvolvimento Sustentável

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *