O conceito de geoprocessamento é o processo informatizado de dados georreferenciados. Em outras palavras, através do geoprocessamento é possível ter programas de computador que servem para utilização de informações cartográficas, isto é, de plantas, mapas, cartas e topográficas. Além disso, é possível agregar informações que podem interagiar com essas plantas, cartas ou mapas.
O geoprocessamento é usado para vários tipos de aplicações.
Origem do Termo Geoprocessamento
O geoprocessamento é uma disciplina na qual as técnicas usadas são matemáticas juntamente com as computacionais, associadas, servem para tratar de informações geográficas. É um processo que influencia cada vez mais as áreas de cartografia, além do setor de transportes, para a análise de recuros naturais, o setor de energia, o de comunicações e mais, o de planejamento urbano e regional.
Para se fazer o geoprocessamento é usada uma ferramenta computacional chamada Sistema de Informação Geográfica, cuja sigla em inglês é SIG. Com ela é possível faze a integração de dados das mais variadas fontes, fazer análise complexa e ainda criar bancos de dados geo-referenciados. Dessa forma, fica mais automatizada a produção de toda documentação cartográfica.
Para se ter ideia de quanto é importante o geoprocessamento, pegamos o Brasil como exemplo, que é um país carente de informações adequadas para ajudar na solução e problemas ambientais, rurais e urbanos. Com o geoprocessamento, cuja a tecnologia ainda tem outra vantagem, por ser relativamente baixa, essas informações podem ser conseguidas.
Vale ressaltar que o termo geoinformática é exatamente a mesma coisa que geoprocessamento. É usado em alguns casos, somente por uma questão de preferência.
História do Geoprocessamento
Estávamos nos anos 50 quando foi feita pela primeira vez a tentativa de automatizar parte do processamento de dados, isso aconteceu nos Estados Unidos e na Inglaterra. Como isso, esperava-se diminuir os custos com a produção e manutenção dos mapas. Porém, se tratavam de sistemas precários e por isso, não podem ser considerados sistemas de informação.
Os primeiros sistemas de informação mesmo surgiram na década de 1960, no Canadá, Sistems de Informação Geográfica. Foi um projeto do governo para preparar um inventário com todo os recursos naturais daquele país. Porém, apesar da ótima ideia, o sistema criado não era simples de ser usado. Naquela época não existia monitores de alta resolução e gráficos, sem falar que o custo de um computador era altíssimo. O mesmo acontecia com a mão de obra, tinha que ter experiência, era pouca disponível e caríssima também.
Naquele momento da história não tínhamos a solução comercial pronta. Cada um que se interessasse, era obrigado a criar o próprio programa, o que necessitava de muito dinheiro e tempo. Outro problema que fazia do sistema ineficiente, era a capacidade de armazenamento, que era muito baixa.
Somente nos anos 70 é que foram surgindo recursos mais acessíveis de hardware e foi ficando mais fácil a comercialização do produto. Nesta época é que surgiu o termo Geographic Information System. Nesta mesma época, surgiu o CAD, um dos primeiros sistemas comerciais e outros, que foram fundamentais para melhorar a produção de plantas e desenhos feitos para engenharia.
Nesta mesma época, foram desenvolvidos os fundamentos da matemática que seriam usados na cartografia, com a inclusão de geometria computacional. Apesar de todo esse avanço, ainda estávamos de frente para um alto custo e toda a produção era usada exclusivamente em computadores de grande porte. Somente grandes organizações poderiam usufrir desses sistemas.
Chegando nos anos 80 aconteceu o grande avanço da tecnologia de sistemas de informação geográfica. Desse ponto em diante, o avanço foi rápido e vem sendo mantido nesta velocidade até os dias atuais. O que era muito caro e isso limitava a evolução, passou a ter um preço mais razoável.
Nos Estados Unidos, em 1989, foi criado um centro de pesquisa que se tornou o marco inicial da disciplina científica independente, assim ficou estabelecido o Geoprocessamento.
Geoprocessamento: Brasil
Graças ao professor Jorge Xavier da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no início dos anos 80, o geoprocessamento foi introduzido no Brasil. Em 1982, Roger Tomlinson esteve no Brasil, foi ele quem criou o sistema do Canadá. Ele esteve no nosso país para o Congresso da União Geográfica Internacional que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro e foi ele que incentivou a criação da nova tecnologia por aqui.
Foram importantes nessa implantação:
- O grupo do laboratório de geoprocessamento do Departamento de Geografia da UFRJ, que desenvolveram o SAGA, Sistema de Análise GeoAmbiental orientados pelo professor Jorge Xavier. Foi um sucesso e usado muito para pesquisas e estudos.
- Representantes da empresa AeroSul de aerolevantamento desenvolveram em meados dos anos 80 um sistema para automatizar os processos cartográficos. MaxiData e em seguida lançaram o MaxiCAD, ambos foram muito utilizados no Brasil para mapeamento no computador.
- CpqD Telebrás, através do seu centro de pesquisa e de desenvolvimento, deu início em 1990, no projeto SAGRE, Sistema Automatizado de Gerência da Rede Externa. Era uma pesquisa volta para o geoprocessamento no setor da telefonia e foi construído com dados da ORACLE. O trabalho representou uma forte ajuda para desenvolveer e personalizar esse tipo de software.
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, em 1984 criou um grupo para expandir a tecnologia de geoprocessamento e sensoriamento remoto, através da sua divisão de processamento de imagens. Entre os anos de 1984 e 1990 desenvolveu outro sistema, o SITIM, Sistema de Tratamento de Imagens e mais tarde o SIG, Sistema de Informações Geográficas. A partir do ano de 1991, os sistemas desenvolvidos estavam disponíveis para PC-DOS, para UNIX e MS-Windows.
- Também foi criado o SPRING que passou a ser distribuído através da internet, em 1997. É uma aplicação que não precisa pagar e pode ser usada por quem está interessado em aprender os conceitos do geoprocessamento. Pode ser conseguida no site: www.dpi.inpe.br/spring.
Além de conseguir ter acesso a esse sistema criado no Brasil, em 1997, e a saber sobre os conceitos de geoprocessamento, no mesmo site você inda terá outras informações relevantes sobre o assunto, que podem esclarecer dúvidas e atualizar a posição do Brasil em relação ao geoprocessamento.
Explicamos para vocês qual o conceito de geoprocessamento, que nada mais é, que um processo informatizado de dados georreferenciados. O que significa que através de programas de computadores especialmente desenvolvidos para esta tarefa, as informações de mapas, cartas topográficas e plantas podem ser associados as coordenadas destes mapas, assim com as cartas e plantas.
Ou ainda, podemos definir geoprocessamento, como uma técnica que permite, através de processamento de dados eletrônicos, trabalhar com registros de ocorrência georreferenciados, fazendo análise detalhada das suas características geotopológicas e obtendo como resultado informações do Meio Ambiente.
Todas as técnicas usadas no geoprocessamento são baseadas em mecanismos matemáticos e informáticos, e atualmente muito usado para análise não só dos Recursos Naturais, como de Transportes, Planejamento Urbano e Regional, Energia e Comunicações.
Esta técnica é muito importante no âmbito das pesquisas, porque permite realizar análises muito complexas, cruzando dados de várias fontes e criando um gigantesco banco de dados, sem falar na vantagem de automatizar e produção dos documentos cartográficos.
O Que é Geoprocessamento
Geoprocessamento é capaz de coletar e tratar as informações coletas da georreferenciadas e com isso permite que o desenvolvimento seja constante. Ele vem influenciando cada vez mais as áreas de cartografia, setor de transportes , análise de recursos naturais e setor de energia. Para que haja o geoprocessamento é necessário usar a ferramenta computacional chamada sistema de informação Geográfica (SIG). Com ela é possível fazer uma análise complexa e criar banco de dados georreferenciados.