Tudo Sobre Animais Simpátricos

Isso mesmo, não é “simpático” não, o termo é correto, animal simpátrico. Você sabe o que é?

O que é um animal simpátrico? É especificado como um animal simpátrico, todo aquele que possui divergência genética de “várias populações”, mas que são de uma mesma espécie “parental” e dividem a mesma região geográfica. Sendo assim, esses animais mesmo se tratando de uma mesma espécie, elas se tornam diferente entre elas.

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Se queremos dar uma definição etimológica para o termo simpátrico, podemos dizer que a parte “simpatria” deriva de raiz, que significa parecido, mesmo, semelhante, similar e já a partícula “patria”, significa pátria ou terra-mãe.

A simpatria não é o único modelo teórico de especiação, é apenas um dos quatro existentes. Porém, é bem diferente de um deles, como da alopatria, que é caracterizada por animais que sobrem especiação simpátrica, porém, geograficamente falando, não estão isolados. Podemos citar como exemplo, aqueles que se encontram em rios ou montanha.

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Saiba Um Pouco Mais Sobre a Teoria da Especiação Simpátrica

Surgiram e ainda existem diversos debates sobre a teoria da especiação simpátrica. Se questiona o “princípio da popularização” e tudo ligado ao pensamento da evolução. Os questionamentos em torno dessa teoria se intensificaram a partir de 1980, quando ela foi desfavorecida porque não existiam fortes evidências que servissem de base para comprová-la, para sustentá-la. Outro ponto que desfavoreceu a defesa da teoria da especiação simpátrica foi o fato de os cientistas não encontrem condições adequadas para fazer com que essa teoria fosse comprovado, que pudesse acontecer. Em linguagem mais simples, os cientistas não conseguiram fazer testes e provar a força da teoria porque os ambientes não ofereciam o que é necessário para o estudo.

Animais Simpáticos

Animais Simpátricos

Oposição a Teoria da Especiação Simpátrica

Um dos grandes biólogos que estuda o processo evolutivo que se colocou totalmente contra a teoria dos animais simpátricos foi Ernst Mayr. Aliás, graças a ele, nasceu um clima de hostilidade em relação a teoria e não teve jeito, depois de 1980, a desconfiança se tornou maior.

Porém, apesar de todas manifestações contras, muita coisa sobre a teoria dos animais simpátricos foi documentada e além disso, foram desenvolvidas novas teorias mais sofisticadas, estas, incorporam dados “genéticos de múltiplos loci”.

O que Vem SendoFeito Para dar Base a Teoria mais “Moderna”

Avestruz

Avestruz

Para dar base ao novo tipo de especiação proposto em relação aos animais simpátricos, foram criados vários modelos e novas propostas. Começamos por aquela considerada a mais popular, que é denominada como modelo de “seleção disruptiva”. Essa proposta foi feita pelo biólogo John Maynard Smith no ano de 1962. A nova teoria moderna consiste em dizer que os indivíduos homozigóticos, podem, quando existe determinadas condições ambientais, ter “uma maior aptidão” do que os chamados de indivíduos alelos heterozigóticos. Resumindo, levando em consideração o mecanismo de seleção natural, o grupo homozigotia é favorecido em relação ao grupo heterozigota e eventualmente se leva à especiação. Um outro ponto sobre essa teoria que se merece destaque é que as divergências simpátricas poderiam causar também conflitos sexuais.

Entenda Melhor as Modernas Teorias com Alguns Exemplos

Em comparação com o exemplo anterior, entre homozigóticos e heterozigóticos, podemos dizer que o mesmo poderá, segundo a teoria de Maynard Smith, com características multi-génicas. Vamos a um exemplo: os tentilhões da espécie geospiza fortis. Essa espécie demonstra divergências no seu “pool genético”, aquelas da Ilha de Santa Cruz. Foi observado na formação do bico que existe dois tamanhos diferentes e ideais, por outro lado, outros animais apresentem bico de tamanho intermédio.

Existe ainda, algumas características que são denominadas “características mágicas”, um exemplo dessas é o formato do bico desses animais, que podem entrar na lista de especiação porque essa diferença afeta os sinais de acasalamento.

Exemplificando de forma mais simples, a diferença dos “fenótipos” do bico, isto é, não sendo exatamente igual, faz com que alguns animais da espécie façam uma chamamento diferente e outros, o resultado dessa diversidade faz com que se forme uma barreira às trocas entre “pools genéticos”.

Veja o Exemplo da Larva da Maçã em Relação a Especiação

A larva da maçã, como o nome científico de rhagoletis pomonella, pode ser considerada, atualmente, um animal simpátrico, isto é, ela está passando por um processo de especiação ou podemos usar o termo científico, heteropátrica.

Entenda melhor, a variedade desse bicho que se alimenta da maça apareceu espontaneamente, na verdade, ela teria surgido de uma outra espécie, esta, se alimentava de crataegus (1800-1850). Quando as maçãs chegaram, pela primeira vez, na América do Norte, surgiram o tipo bicho de maçã. Atualmente, essas que gostam da fruta não se alimentam do crataegus, e aquelas que se alimentam do crategus não querem saber da maçã. O que pode acarretar em uma espécie nova, já que o velho bicho não é mais um e nem outro.

Entenda Melhor o que é Alocronia

Quando se fala de animais simpátricos é possível ouvir falar também, em alocronia, segundos estudiosos, ela oferece uma “evidência empírica” de que a especiação simpátrica é uma teoria aceitável, isto porque, muitas espécies classificadas como alocrônicas se divergem, espécies irmãs.

E não pense que a especiação simpátrica se restringe somente aos animais, muitas plantas, também apresentação esse tipo de mutação. É muito normal que uma planta desenvolva grupos múltiplos de cromossomas homólogos, o nome que damos para isso é de poliploidia.

Podemos citar como um exemplo raro de espécies simpátricas, voltando a falar de animais, a divergência que pode ser observada nas orcas residentes e que migram no nordeste do Oceano Pacífico. A particularidade desses animais no convívio no grupo da mesma espécie, nessa parte do oceano é que as orcas que são “residentes” dividem o mesmo espaço com aquelas que migram até ali, porém, evitam uma a outra, nem menos se cruzam. Ainda mais evidente é essa diferença, é que cada uma delas, orca que vive e orca que migra, caçam presas diversas uma da outra, além de possuírem uma dieta diferente. O comportamento vocal e as seu modo de socialização também é diferente.

Como vocês podem ver não é simples listar os animais simpátricos e para identificá-los é necessário uma série de estudos, por isso mesmo, a teoria já foi tão contestada. Porém, de uma coisa todo mundo pode ter certeza, eles existem.

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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