Padrões de Qualidade do Ar

O problema da poluição do ar já é um assunto debatido há anos e a cada dia, novas formas de controle são estabelecidas para que possamos viver com uma atmosfera muito mais controlada e livre de certos poluentes. A agressão desses agentes poluidores causam diversos problemas ao ar, como já conhecemos alguns e caso não venhamos a nos precaver, futuros problemas podem surgir e os existentes se agravarão ainda mais.

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Poucas pessoas sabem, mas existe um conceito chamado de padrão de qualidade do ar, que mede exatamente a quantidade máxima que deve existir desses poluentes no ar e para entender melhor, vamos explicar exatamente como funciona para que você possa ajudar a deixar a nossa atmosfera mais livre de certos poluentes.

O que São Padrões de Qualidade do Ar?

Qualidade do Ar

Qualidade do Ar

O nome já indica mais ou menos o que significa esses padrões, que definem de forma legal o limite máximo para que haja a concentração de um poluente na atmosfera.  Digamos que resumidamente, todos os poluentes que agridem a nossa atmosfera, possui uma taxa limite onde a ultrapassando esses agentes poluentes já recebem um alerta para serem tomadas algumas providências acerca disso.

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Os padrões de qualidade visam primeiramente controlar o volume de poluentes que agridem a saúde dos seres vivos e também o meio ambiente. Todas as taxas estipuladas para esses padrões estão baseadas em estudos científicos que fixam taxa suficientes para manter a segurança para todos.

Os padrões de qualidade do ar do nosso país foram estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o IBAMA e recebeu aprovação do Conselho Nacional do Meio Ambiente, o CONAMA. Esses padrões estão legalizados através da Resolução CONAMA 03/90.

Poluição

Poluição

De acordo com a resolução do CONAMA, a aplicação de cada tipo de padrão de qualidade do ar, que são dois e vamos conhecer mais abaixo, pede que o território nacional seja dividido em três classes, denominadas de I, II e III divididas de acordo com o uso pretendido. A resolução 03/90 deste órgão ainda prevê que se existir algum tipo de inconsistência de dados que possa definir, em qual classe de padrão de qualidade do ar uma área ou um poluente deve ser incluso, o mesmo sempre será classificado como padrão de qualidade do ar do tipo primário.

Para definir em qual padrão de qualidade do ar deve estar encaixado esses poluentes, o CONAMA classificou-os da seguinte forma: partículas totais em suspensão, dióxido de enxofre, fumaça, partículas inaláveis, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio.

De acordo com esses dois órgãos, os padrões de qualidade do ar estão divididos em dois grupos: os padrões de qualidade do ar primários e os padrões de qualidade do ar secundário. Para saber melhor sobre eles, vamos conhecê-los separadamente.

Padrões de Qualidade do Ar – Padrões Primários

Os padrões de qualidade do ar do tipo primário são aqueles onde os poluentes em taxas elevadas podem oferecer algum tipo de risco á saúde da população de uma determinada região. Esses poluentes atmosféricos estão constituídos de metas de curto e médio prazo.

Padrões de Qualidade do Ar – Padrões Secundários

Os padrões de qualidade do ar do tipo secundário, também agridem a saúde da população de uma determinada região, mas eles não necessariamente precisam ultrapassar as taxas limites estabelecidas pelo IBAMA juntamente com o CONAMA. Esses padrões também agridem, além de uma população inteira, a sua fauna e a sua flora, alguns materiais e ao meio ambiente considerando tudo o que nele está constituído. As metas desses padrões, diferentes dos primários estão estabelecidos em metas de longo prazo.

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Os padrões secundários foram estabelecidos para poder criar uma base política que previna a degradação da qualidade do ar. Esses padrões geralmente são aplicados em áreas de preservação ambiental como parques nacionais, áreas de proteção ambiente, estâncias consideradas turísticas, entre outros lugares do tipo.

Padrões Nacionais de Qualidade do Ar em Números

Como citamos um pouco mais acima, os padrões nacionais de qualidade do ar foram divididos em classes e cada um deles apresenta taxas mínimas para serem classificados em padrão primário ou padrão secundário de qualidade do ar.

Vamos conhecer mais abaixo essa tabela dos padrões nacionais de qualidade do ar. Todas as medidas abaixo não devem ser excedidas mais que uma vez ao ano.

Poluentes:

  • ·         Partículas totais em suspensão: Considerando o tempo de amostragem de 24 horas e o poluente medido através de amostrador de grandes volumes, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 240 µg/m³ e 150 µg/m³ para ser considerado um padrão secundário.
  • ·         Partículas inaláveis: Considerando o tempo de amostragem de 24 horas e o poluente medido através de separação inercial e/ou filtração, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 150 µg/m³ e a partir da mesma medida para ser considerado um padrão secundário.
  • ·         Fumaça: Considerando o tempo de amostragem de 24 horas e o poluente medido através de refletância, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 150 µg/m³ e 100 µg/m³ para ser considerado um padrão secundário.
  • ·         Dióxido de Enxofre: Considerando o tempo de amostragem de 24 horas e o poluente medido através de pararosanilina, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 365 µg/m³ e 100 µg/m³ para ser considerado um padrão secundário.
  • ·         Dióxido de Nitrogênio: Considerando o tempo de amostragem de 1 hora e o poluente medido através de quimiluminescência, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 320 µg/m³ e 190 µg/m³ para ser considerado um padrão secundário.
  • ·         Monóxido de Carbono: Considerando o tempo de amostragem de 1 hora e o poluente medido através de infravermelho não dispersivo, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 40 mil µg/m³ e a partir dessa mesma medida para ser considerado um padrão secundário. Foi feito também uma segunda medição de amostragem de 8 horas, também medido através de infravermelho não dispersivo onde deve conter 10 mil µg/m³ e a partir dessa mesma medida para ser considerado um padrão secundário.
  • Ozônio: Considerando o tempo de amostragem de 1 hora e o poluente medido através de refletância, para que ele seja considerado um padrão primário precisa conter 160 µg/m³ e a partir da mesma medida para ser considerado um padrão secundário.
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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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