O Que Faz Um Vulcão Ficar Inativo?

Não há consenso na vulcanologia a respeito dos motivos que levam um vulcão a ficar inativo e nem no que consiste a inatividade de um vulcão. Para se ter uma ideia um vulcão pode aparecer e ter alguns dias de atividade ficando então milhões de anos em silêncio absoluto – o que o faria ser considerado inativo por alguns – e em algum momento despertar com uma grande fúria. Continue lendo para entender melhor!

O Que é Um Vulcão Inativo?

De maneira geral os especialistas em vulcões consideram que os gigantes estão inativos quando não estão em erupção ou quando estão quietos (sem nenhum tipo de emissão gasosa ou abalo sísmico) e extintos quando não existe a possibilidade de voltarem a ter atividade.

Porém, não se pode confundir com o conceito de vulcão dormente, aquele que parece estar inativo, mas que emite quantidades baixas de gases demonstrando que não está completamente sem atividade vulcânica. A qualquer momento esse vulcão pode entrar em erupção.

Vale mencionar alguns exemplos de vulcões que eram classificados como extintos e que voltaram à ativa de repente como o Kamchatka da Rússia, Ruiz nos Andes e o Vesúvio na Itália. Nem os especialistas esperavam que esses vulcões voltassem a ter atividade vulcânica.

O Que Faz Um Vulcão Ficar Ativo?

Para entender como um vulcão entra em inatividade é necessário conhecer o processo que o mantém ativo. Vulcões ativos geralmente estão em áreas de junção de duas placas tectônicas (estruturas responsáveis por formar a crosta terrestre). Quando uma placa encosta ou se sobrepõe a outra faz com que o magma do interior do vulcão possa escapar.

O escape da lava pode ocorrer através de efusões de lava simples ou então de eventos mais complexos com explosões gigantescas juntamente com nuvens de cinzas vulcânicas, lançamentos de fluxos piroclásticos, emissão de gases entre outros. A atividade de um vulcão vai muito além de apenas expelir lava.

O Que Faz Um Vulcão Ficar Inativo?

Se um vulcão se afasta de forma definitiva da junção entre placas tectônicas não terá mais a condição principal para ser ativo, ou seja, estar sobre uma fenda ou fissura que contribui para o transbordar do magma. Isso corrobora para a definição de vulcão extinto, embora ainda seja um conceito que gere grande discussão entre os especialistas em vulcanologia.

Quando o vulcão se afasta da junção das placas, mas não está há uma grande distância passa a ser chamado de inativo, pois pode ficar sem atividade vulcânica por milhares ou até milhões de anos retornando em algum momento. A pouca distância não evita que novas fissuras na crosta atinjam a base desse vulcão. A inatividade de um vulcão não configura um estado definitivo e por isso vulcões inativos são uma ameaça constante.

Vulcão Inativo: Ainda Mais Perigoso

Os vulcanologistas adotam uma postura bastante prudente em relação a alguns vulcões que parecem extintos, mas na verdade estão apenas dormentes ou inativos como o Paricutín no México, Monte Pelée na Martinica e Arenal na Costa Rica. Esses vulcões tem em comum o fato de continuarem emitindo gases e vapores de água, ainda que em quantidades ínfimas. Para se ter uma ideia o Arenal entrou em erupção pela última vez em 1968, antes disso sua última erupção tinha ocorrido no século 16, um espaço considerável de tempo.

Os cientistas justificam manter a vigilância de vulcões que parecem tranquilos pelo fato de se tratar de uma força da natureza descomunal e também porque a crosta terrestre é bastante instável. Tem ainda o fato de que na ocorrência de um terremoto mesmo sem ter erupções acontecem deslizamentos de terra e mudanças no seu interior que podem levar a fissuras sob o vulcão que não está tão distante de uma junção de placas tectônicas.

É uma caixinha de surpresa um tanto quanto descontrolada. Por esses motivos é fundamental realizar o monitoramento constante de regiões em que há populações residentes na base de vulcões. Ao detectar um mínimo indício de uma possível erupção é crucial evacuar a área o mais rápido quanto possível.

Consequências Para o Meio Ambiente e Para as Pessoas

A erupção de um vulcão pode ter efeitos devastadores para o meio ambiente e trazer complicações para as próximas gerações que irão habitar no entorno. Em poucos minutos a erupção de um vulcão é capaz de destruir completamente a fauna e a flora local.

Nesse processo de erupção ainda acontece o lançamento de fluxos piroclásticos que consistem em fragmentos rochosos que podem ser atirados a longas distâncias tirando a vida de pessoas e animais além de causar caos e destruição. Lagos, rios e mananciais também são afetados devido as nuvens de cinzas que se formam e acabam se infiltrando nos leitos dos mesmos.

Um exemplo disso foi a erupção do Monte Tambora que aconteceu no ano de 1815 e que de acordo com relatos de pessoas da época alterou sensivelmente o clima na Europa por um longo período. Se a região do vulcão for habitada representa um número considerável de vidas perdidas.

Reykjanes: O Vulcão Adormecido da Islândia

Um exemplo de como a eterna vigilância dos cientistas a vulcões inativos é relevante pode ser observada pelo exemplo do vulcão Reykjanes que fica na península de mesmo nome na Islândia. O gigante está inativo há mais de oito séculos, no entanto, nos últimos tempos têm dado indícios de que pode voltar à ativa causando estragos de grandes proporções.

Projeções científicas alertam que uma erupção desse vulcão pode causar estragos que se perpetuariam por mais de três séculos. Se esse desastre natural se concretizar poderia gerar uma série de fissuras pelas quais seria expelida lava, algo que aconteceu entre os anos de 1210 e 1240. O resultado disso foi uma área de cerca de 50 km coberta de lava.

A lava, no entanto, não seria o único problema com que essa região do planeta precisaria lidar. As cinzas do vulcão se espalharão e se o vento as direcionar ainda que levemente para o norte pode impedir o funcionamento do aeroporto internacional da Islândia assim como o bom funcionamento da capital do país, a cidade de Reiquiavique.

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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