Que o nosso planeta apresenta uma geografia bastante diferente entre um lugar e outro, isso não é novidade para ninguém. Mas o que geralmente chama a atenção das pessoas é a grande quantidade de montanhas que estão presentes em vários locais, principalmente na Europa, na Ásia e na América do Sul. Nós já podemos ter nos deparado com diversos tipos de formações geográficas em nossa cidade ou região. Muita gente, por exemplo, gosta de olhar para o horizonte e vê-lo repleto de morros, montes ou montanhas.
Para alguns, essa é uma sensação única, haja vista que parece que estamos “protegidos” com esses enormes paredões muitas vezes verde, por conta da vegetação. Mas vale a pena lembrar que existem diversas formações como esta que não são verdes, mas sim cinzas, por causa das pedras que acabam por demonstrar essa cor.
Só que muita gente tem dificuldades em identificar o que realmente é um morro, o que é um monte e, principalmente, o que é uma montanha. E, nesse artigo, iremos tentar fazer você ter uma facilidade maior em identificar o que é de fato uma montanha, para sempre poder olhar para essas formações e saber diferenciá-las.
A Montanha: Como Ela é Formada
De acordo com pesquisadores, a montanha é uma formação que pode atingir diversas altitudes, bem como também apresentar diversos formatos. Existem montanhas que podem servir como belas paisagens e, ainda, se localizarem próximo de mares, como é o caso do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e outras montanhas mais escondidas no interior de uma região.
Vale ressaltar que o seu formato e tamanho são sempre variados de acordo com as situações climáticas e tectônicas que existem ao seu redor. Por exemplo, de estamos tratando de montanhas que estejam em regiões constantemente atingidas por baixas temperaturas e há a formação de gelo e neve, pode-se saber que elas serão esculpidas a partir da ação desses fenômenos naturais.
Uma maneira de explicar ainda mais como a água é uma grande responsável por esculpir diversos tipos de paisagem é o que aconteceu no Grand Canyon, nos Estados Unidos: as águas do Rio Colorado, durante milhares e milhares de anos, foram moldando os diversos vales e cânions, criando alguns locais que tem mais de um quilômetro de profundidade. Ou seja, podemos ter ideia do quando destruidora a água pode ser.
Ainda tratando sobre as montanhas, muita gente têm a crença de que apenas as montanhas que são recobertas por gelo ou neve em seu cume podem ser consideradas montanhas. Isso está completamente errado.
Falando de forma geomorfológica, toda e qualquer elevação que tenha mais de 300 metros de altitude já pode ser considerada como uma montanha. Por essa altitude, entende-se o cume da montanha até a parte mais baixa de seu adjacente. Quando esse desnível topográfico apresenta menos do que 300 metros de altura, ele é considerado como um “morro”, quando este estiver próximo de um maciço de montanhas com diversos outros cumes.
Lembre-se que, quando estamos falando das montanhas nesse contexto, a maneira do seu surgimento não é levado em conta por aqui.
Os Montanhistas e a Escala de Proeminência
Para a maioria dos montanhistas, pouco interessa se a elevação que pretendem escalar é uma montanha ou um morro. Muitos gostam de se aventurar justamente pela experiência que cada elevação desta proporciona. Só que, para aquelas pessoas que são perfeccionistas, existe uma maneira de saber se a elevação que ela pretende escalar é, de fato, uma montanha ou não. Para isso, é utilizado o chamado “índice de dominância”.
Esse índice de dominância é calculado levado em consideração a proeminência, dividido pela altitude do monte vezes 100. Geralmente, a dominância leva em conta as montanhas que sejam as mais altas e conhecidas. Vamos fazer uma seguinte simulação: quer-se calcular o índice de dominância de uma montanha da Ásia. Lá, nós sabemos que está o Monte Everest, que é a maior montanha do mundo. Dessa maneira, ela e as demais montanhas apresentam uma dominância de 100% sobre as demais. E, por conta disso, elas não entram no cálculo. Porém, outras montanhas que não são tão altas assim entram no cálculo. A mínima porcentagem de dominância das demais montanhas retornou em 7%. Dessa forma, é considerada uma montanha independente aquela que consegue ultrapassar esse índice de 7%.
Foi com esse índice, por exemplo, que alpinistas e pesquisadores conseguiram medir e determinar as montanhas que estão localizadas na Cordilheira dos Andes, em uma escala que vai de 5 mil a 6 mil metros de altitude.
As Montanhas Mais Conhecidas do Mundo
A seguir, você pode conhecer as montanhas mais conhecidas em todo o planeta, além de algumas informações bastante interessantes sobre elas.
O Monte Everest
Fazendo parte da cordilheira do Himalaia, o Everest é considerado o ponto mais alto do planeta. Ele possui 8848 metros de altitude, o que o coloca como uma das escaladas mais desafiadoras de todo o planeta. A sua formação se deu há milhares de anos atrás, quando a placa africana impactou-se com a placa euroasiática, gerando um choque gigantesco e, por tabela, originou a cordilheira do Himalaia que deu origem ao Monte Everest.
Nem é preciso falar o quão importante esse monte é importante para a economia local. Ele está localizado na fronteira entre o Nepal e a China, onde milhares de esportistas arriscam suas vidas, todos os anos, para conseguir chegar até o cume. Muita gente não consegue, infelizmente, e muitas outras acabam não retornando mais de lá. O número de mortes de pessoas que tentaram quebrar os seus próprios limites ao escalar até lá é grande. Tanto é que, no Everest, há um “cemitério” congelado, com diversos corpos de pessoas que estão lá desde pelo menos, os anos 1990. Alguns, inclusive, são utilizados como ponto de referência para outros montanhistas, como forma de se localizarem lá em cima.
O motivo de ter tantos corpos por lá é justamente a dificuldade de remoção que eles possuem. Dessa forma, muitas famílias optam por deixar seus entes queridos nos lugares em que eles sempre quiseram estar.
Os Alpes
Talvez seja um dos lugares que as pessoas tenham mais vontade de conhecer: os Alpes nada mais são do que a principal cordilheira de montanhas da Europa, pelo fato de ela se estender por toda a Europa. Dessa maneira, vários países contam com as belezas que as montanhas que fazem parte dessa cordilheira podem proporcionar. Economicamente falando, ela é muito importante, pois ajuda a fomentar o turismo em diversos países. Atividades como patinação no gelo, esqui e snowboard são muito praticados, bem como, também, os cenários estonteantes que são proporcionados pela neve e pelo gelo.
Porém, a região vem passando por problemas que estão relacionados com o aumento repentino da temperatura do planeta, o que está afetando negativamente o ecossistema do lugar, bem como, também, os rendimentos econômicos da região.
Estima-se que a sua formação tenha sido completada na última glaciação que o planeta tenha sofrido. Observa-se que, há 300 anos, as geleiras vêm diminuindo cada vez mais, encolhendo-se no interior das montanhas ou se reservando somente às partes mais altas.
A Cordilheira dos Andes
A principal cadeia de montanhas da América do Sul não poderia ficar de fora dessa lista. Ela é muito importante para o desenvolvimento do ecossistema dessa parte da América, bem como, também, é responsável por abrigar diversos vestígios da população antiga que ocupava o continente antes da chegada dos exploradores europeus. A cidade de Macchu Pichu, no Peru, é um belo exemplo disso, no qual a sua grande riqueza arqueológica pode ser percebida há mais de 2 mil metros de altitude.
Assim como os Alpes, a Cordilheira dos Andes apresenta grandes belezas envolvendo a neve e o gelo, o que faz ser uma ótima opção de viagem, também. O degelo da cordilheira, por exemplo, é a grande responsável pelo pontapé inicial no maior rio do planeta: o Rio Amazonas.