Sempre que se fala em plantio em solo é preciso pensar neste solo como algo que se desgasta com o tempo e que pode afetar a produtividade de qualquer espécie de plantação que ali se encontra.
Há alguns anos, a maneira mais usada de se preparar o solo para um novo plantio era através das queimadas, mas estas não apenas afetavam a qualidade do solo, como também prejudicavam o meio ambiente de maneira irreparável – afinal de contas junto com as ervas daninhas e restos não aproveitados de produção, o fogo também levava os sais minerais e as vitaminas do solo consigo, transformando uma área que era previamente própria para plantio em um deserto em apenas alguns anos.
A manutenção correta da cobertura do solo pode ser feita de diversas maneiras, conservando a sua qualidade e preparando o solo para novas culturas, sem a perda de produtividade que uma queima proporciona à área.
A adubação verde, por exemplo, que nada mais é que a incorporação de determinadas plantas sobre o solo, normalmente em uma camada mais baixa do que a linha onde fica a plantação objetivo do solo naquele espaço, serve para diminuir o impacto das gotas da chuva contra o solo, reduzindo assim a perda de vitaminas e minerais, e também evitando a erosão.
O processo é um ótimo exemplo de maneiras de se manter o solo saudável, sem prejudicar o ambiente em que ele está inserido. Além disso, a plantação de uma camada de adubação verde também inibe o surgimento de ervas daninhas junto ao solo. Algumas das plantas mais usadas para este tipo de prática são a aveia e o azevém.
Outro método para a manutenção do solo de maneira conservativa e não destruidora é o reflorestamento – esta prática é fortemente recomendada em áreas próximas a rios e encostas onde as plantações avançaram demais e agora o solo vai ficando cada vez mais fraco.
A retirada de mata às margens de rios, córregos e encostas era prática comum logo que os plantios começaram a ser feitos em áreas desmatadas, mas a perda destas árvores torna o solo mais frágil a questões como a erosão e a perda de nutrientes pela invasão destes rios e córregos em lugares onde antes eles não deveriam estar.
O desmatamento destas regiões é um risco a longo prazo, já que o solo pode aguentar por anos, antes que a chuva e a simples força da água e da gravidade façam a sua parte, e o terreno próximo às margens vá ficando cada vez menor e mais fraco, até que o córrego acabe tomando grandes áreas que não eram suas.
A conservação do solo é um ato muito mais simples – e também econômica – do que a sua reparação mais tarde.
Faça a sua parte.