Muita gente já deve ter escutado falar do termo, provavelmente em algum contexto do telejornal econômico, ou ainda em uma revista especializada em finanças e afins, e, para tanto o termo associado à conotação do verde, do meio ambiente pode ser uma grande novidade para muitos, e para isso nosso artigo de hoje vai falar sobre as commodities ambientais.
O Que é Uma Commoditie Ambiental?
Commodities ambientais são os produtos que são providos dos recursos naturais que estão sendo exploradas em condições em que a sustentabilidade seja observada, para que não estejam um dia em falta para o perfeito funcionamento da agricultura ou mesmo da indústria. São sete as matrizes que geram as commodities ambientais, subdivididas da seguinte maneira:
- Água;
- Energia;
- Minério;
- Madeira;
- Biodiversidade;
- Reciclagem;
- Controle da emissão dos poluentes; (para boa manutenção da água, do solo e do ar).
As matrizes de commodities ambientais têm que ser tratadas com o maior cuidado e zelo que sejam possíveis, uma vez que são as reprodutoras dos produtos e podem ser bem explicadas como se fossem uma espécie de moeda vigente na exploração dos recursos naturais pelo planeta.
Mostradas cada uma das sete divisões a que pertencem as commodities ambientais, vamos agora falar um pouco das características, do que pode ser feito e o que é um modelo vital de boa administração desses recursos, para um melhor entendimento por parte do leitor.
A Rigidez De Um Modelo
Diferentemente do termo homônimo utilizado no mercado financeiro, onde as commodities são mercadorias padronizadas para a venda, as commodities ambientais também seguem um rígido padrão na extração de seus recursos, que vai desde a extração até a comercialização, mas, diferentemente da commoditie econômica, não são produtos que podemos encontrar para a compra nas prateleiras de grandes revendedores, muito embora estejam atrelados aos chamados serviços socioambientais, como por exemplo o ecoturismo, a educação, o marketing, a pesquisa e a história.
Para um melhor entendimento, as commodities convencionais são todas as mercadorias que encontramos a venda no varejo, como produtos de supermercado, uma roupa ou um calçado. Um bom exemplo é quando você vai ao supermercado e compra um pote de maionese: todos tem a mesma fórmula, o mesmo frasco e a mesma quantidade de conteúdo.
O Mercado Das Commodities Ambientais
Diferentemente do que muitos poderiam pensar, o mercado das commodities ambientais fica na mão de pessoas pobres, com baixa renda e é composto de pessoas que estão fora dos grandes centros urbanos. Os produtores e fornecedores deste mercado são pessoas carentes, de baixa renda e que estão localizadas na fonte dos recursos, nos mananciais, na floresta nativa que é derrubada para o aumento da agricultura, na extração da madeira para a indústria e tantas outras atividades de exploração da natureza.
A principal atração deste povo por este tipo de exploração é a promessa e a visão de um futuro melhor, do aumento de suas riquezas, da dignidade do trabalho e a recuperação social. Nesse ponto é que os ativos que são propriedade da sociedade são tolhidos em face à melhoria de vida dessas pessoas.
A Representação Da Commoditie Ambiental
Como no caso da mercadoria padronizada, ou a commoditie tradicional, existe um modelo prévio da estrutura das commodities ambientais, onde o centro de todo esse cenário aparece o cidadão, que também representa o elo entre o mercado financeiro e as relações com o meio ambiente.
Esse desenho contém ainda alguns outros elementos: no topo da cadeia aparecem aqueles que não possuem renda ou emprego, que por isso são chamados de excluídos, que enxergam dois lados à sua frente: o lado do tradicional mercado financeiro, onde já estamos cansados de saber como as coisas funcionam e que não precisa de maiores explicações e de outro lado, o modelo ambiental, onde está sendo construída uma nova forma de se abordar o mercado monetário não somente no Brasil, mas em todo o mundo.
O Modelo Financeiro Da Commoditie Ambiental
Um dos grandes transtornos para uma melhor adesão ao mercado das commodities ambientais é o grande problema de muitas atividades em nosso país: o elevado custo dos juros que o nosso país carrega aos seus cidadãos, e isso se traduz por causa da especulação do mercado financeiro, que é comum nos países onde os juros correm em taxas mais altas.
Pelo mundo, encontramos dezenas de exemplos de como funciona o mercado das commodities ambientais, e para que você possa enxergar melhor o que estamos abordando, falaremos da água no Oriente Médio, bem vendido a preço de ouro em potinhos pequeninos e com preços superiores ao da Coca Cola. Você pode então se perguntar: “Mas como é que eles utilizam água se é tão caro?” A resposta é simples. Devido à grande escassez de fontes de água doce, no Oriente Médio eles bebem, utilizam para a maior variedade de fins que você possa imaginar e tomam banho com água dessalinizada do mar.
Já na França temos outro exemplo de como a escassez de água potável pode ser problemática: os hotéis controlam a duração do banho de seus hóspedes, dada a falta de fontes de água doce. Na Suécia, em Londres a indústria fatura rios de dinheiro com os anti-depressivos e no Japão, se discute como melhorar o ar que respiramos.
E quem pensa que somos atrasados em matéria de desenvolvimento sustentável e administração das commodities ambientais, tenha certeza de que você nunca esteve tão enganado. Os asiáticos, principalmente da Malásia, sairam destruindo tudo quanto eram reservas de madeira para alimentar a sua indústria e hoje, sem um fósforo de reservas ambientais de madeira, compram grandes áreas da Amazônia para sair arrebentando com tudo, como quando faziam em suas terras.
Há ainda o grande exemplo da cana-de-açúcar, uma mega participante das commodities, pois dela se extrai o açúcar, o álcool e do bagaço provindo da produção do alcool chegamos a uma fonte de combustível alternativa ao combustível fóssil. Podem ser então considerado uma commodity agroambiental, pois entra em duas categorias de exploração de recursos naturais.