Cleptoparasitismo (parasitismo por roubo) é forma de alimentação em que um animal leva a caça ou o outro alimento que outra espécie capturou, incluindo os armazenados (como no caso de abelhas-cuco, que colocam ovos sobre as massas de pólen feitas por outras abelhas). Também significa “roubo de ninho”.
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Comida Sem Esforço e Com Risco
Os ganhos por obtenção de presas salva o tempo e o esforço necessário para caçar. No entanto, as espécies especialistas na prática podem correr o risco de lesão se vítima consegue defender a propriedade. Cleptoparasitismo pode ser prática intraespecífica (parasitada na mesma espécie da vítima) ou interespecífica (parasita de espécie diferente).
Os animais que apresentam métodos especializados de caça e alimentação são alvos. Por exemplo, as aves mergulhadoras trazem as presas à superfície e sofrem intercepções de gaivotas, incapazes de buscar peixes de determinadas espécies.
Certos pinguins também se engajam de modo ativo na prática do cleptoparasitismo, conhecidos para roubar pedras e outros materiais do ninho de membros da colônia para usar na própria morada.
Abelhas e Vespas: Cleptoparasitismo
Existem linhagens diferentes de abelhas-cuco que colocam os seus ovos nas células de ninho de outras abelhas. Há também a família de vespas-cuco, muitas das quais põem os ovos nos ninhos do oleiro.
Vespa velutina: Outras linhagens de vespas em várias famílias evoluíram hábitos semelhantes. Esses insetos são referidos por atividades de cleptoparasitismo e não como “parasitas de ninho”.
A diferença é que o termo “parasita de ninho” é restrito aos casos em que o parasita imaturo foi alimentado de modo direto pelo adulto do hospedeiro. Tais exemplos são raros em abelhas e vespas, que tendem a fornecer os alimentos para a larva antes do ovo ser colocado. Em apenas alguns casos excepcionais (como abelhas parasitas) a alimentação da larva não é fornecida pela própria espécie.
Aves e Cleptoparasitismo
Cleptoparasitismo é incomum em aves. No entanto, alguns grupos dependem do comportamento para obter comida, e outros, incluindo aves de rapina, gaivotas, andorinhas do mar, carquejas e alguns patos e aves marinhas o fazem de forma oportunista.
Entre as espécies oportunistas, como a andorinha-rósea, pesquisas constataram que as aves são melhores sucedidas na obtenção de ninhadas de indivíduos sem práticas de cleptoparasitismo. Águias também atacam aves de rapina menores para roubar peixes.
Os mandriões (incluindo as espécies menores conhecidas como jaegers na América do Norte) são mestres da pirataria. As principais vítimas estão nas gaivotas e andorinhas do mar, embora outras espécies também sejam perseguidas até vomitarem as capturas para encerrar a perseguição.
Gaivotas são autores e vítimas de cleptoparasitismo, em especial durante a época de reprodução. Enquanto vitimada é na maioria das vezes por outro membro da mesma espécie, andorinhas do mar e falcões.
Na Américas as gaivotas são conhecidas por roubar comida de pelicanos marrons. As espécies se escondem nas proximidades para conquistar alimento. Várias espécies também roubam comida dos seres humanos, por exemplo, para levar em resorts à beira-mar.
Mamíferos: Cleptoparasitismo
A relação entre hienas manchadas e leões na qual cada espécie rouba da outra representa forma de cleptoparasitismo. Espécies de hiena se engajam no comportamento de vítima quando os chacais também roubam o alimento. Os cachalotes, por vezes, roubam peixes de linhas de pescadores. Considerados hábeis ladrões de comida.
Seres Humanos e Cleptoparasitismo
Os seres humanos foram encontrados por afugentar os leões da presa capturada e consumir a carne. Pesquisa observou o comportamento no Parque Nacional de Waza, nos Camarões, em 2006. Outros ecologistas sugerem que o comportamento pode ser generalizado, mas nem sempre reconhecido. Humanos e outros animais também tiram mel de abelhas.
Falcoaria: Cleptoparasitismo
Falcoaria é a caça por meio de uma ave de rapina treinada. Nos métodos modernos o falcão-cauda-vermelha é usado com frequência. Evidências sugerem que a arte pode ter começado na Mesopotâmia, com os primeiros relatos datados de 2000 AC.
Falcão era um pássaro simbólico de tribos mongóis antigas. Introduzido na Europa por volta do ano 400, quando os hunos e alanos invadiram do Oriente. Frederico II (1194-1250) é reconhecido como a fonte mais importante de conhecimento da falcoaria tradicional.
A história aponta que o especialistas obteve conhecimento primordial na falcoaria árabe durante as guerras na região. Depois de certa batalha achou nos vestígios dos inimigo espécie de manual sobre a falcoaria traduzido para o latim por Theodore de Antioquia.
De modo histórico a falcoaria foi conhecida como esporte popular e símbolo de status entre os nobres da Europa medieval, o Oriente Médio e Império Mongol. Falcoaria esteve restrita à elite por causa do compromisso, pré-requisito de tempo, dinheiro e espaço.
Na arte e em outros aspectos da cultura, tais como a literatura, a falcoaria permaneceu como um símbolo de status depois que deixou de ser praticada de maneira massiva. O significado histórico da falcoaria dentro de classes sociais baixas é representado no registro arqueológico devido à falta de evidências, em especial a partir de nômades não alfabetizados e sociedades não agrárias.
Dentro das sociedades nômades, como beduíno, a falcoaria não foi praticada para a recreação dos nobres. Em vez disso os falcões eram presos e caçados em pequenos jogos durante os meses de inverno a fim de complementar dieta limitada.
No Reino Unido e partes da Europa a falcoaria alcançou seu apogeu no século XVII, mas logo desapareceu, em especial no final dos séculos XVIII e XIX, em principal porque as armas de fogo se tornaram ferramenta principal à caça.
Falcoaria no Reino Unido ressurgiu no final dos anos XIX, início do século XX, durante o qual foi publicada uma série de livros de falcoaria. Esse avivamento levou à introdução da falcoaria na América do Norte, no início de 1900.
Ao longo do século XX as práticas veterinárias modernas e o advento de rádio telemetria (transmissores ligados nas aves de voo livre) aumentou a expectativa de vida média das espécies, o que permitiu aos falcoeiros prosseguir com práticas de caça sem maiores problemas.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
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