A importância de preservar os animais tem sido cada vez mais discutida na atualidade. Com o aumento da preocupação com o meio ambiente e com os impactos da ação do homem na natureza, os estudos elaborados têm apontado que as consequências das extinções prematuras de espécies, causadas pelo homem, incidem diretamente sobre seus habitats e também sobre a qualidade de vida das populações.
O bioma é constituído de fauna e flora, formando um sistema que precisou de milhões de anos para se desenvolver, e que, portanto, é interdependente entre suas espécies. A ação do homem, por meio da poluição, do desmatamento de habitats nativos, da introdução de espécies exóticas e mesmo pela caça e comércio de animais silvestres, tem causado desequilíbrios nos biomas.
Ao extinguir espécies ou deixá-las em vias de extinção, interfere-se na cadeia alimentar, afetando as predadoras daquelas, que passarão a ter dificuldades para arranjar alimentos, bem com as suas presas naturais, que terão desenvolvimento desenfreado. Isso constitui um ciclo vicioso de desequilíbrio ambiental que chegará às espécies da flora, que também sofrerão com o desequilíbrio, tanto de predadores naturais quanto de espécies polinizadoras.
Preservar os animais, portanto, não é só uma questão ecológica e cultural. A interferência da destruição e extinção prematura de espécies da fauna incide diretamente na vegetação e, por consequência, em todo o bioma, afetando também os rios e cursos d’água e a qualidade do ar, além das populações que estão economicamente ligadas à pesca, à caça ou ao extrativismo.
Assim, além de um dever ético para com outras espécies, a preservação da fauna é tão importante quanto o reflorestamento e a diminuição do desmatamento e da poluição para a qualidade de vida dos seres humanos.
No Brasil, diversos projetos procuram reverter quadros difíceis de algumas espécies, que chegaram à beira da extinção por consequência da ação do homem. É o caso do Projeto Tamar, que de suas várias bases pelo litoral brasileiro, lança ao mar centenas de filhotes de tartarugas marinhas por ano. Tal projeto tem grande relevância nas cidades onde atua e tem se mostrado eficiente quanto à preservação de filhotes de tartaruga, que geralmente eram iscas para outros animais antes de poderem nascer.
Os cientistas do Tamar acompanham desde o período em que as tartarugas marinhas adultas botam seus ovos na praia, cuidando das áreas de reprodução, para evitar interferência humana, até a ida dos filhotes para a água. Nesse meio tempo, há estudos sobre as espécies de tartarugas marinhas da costa brasileira, além de outros acerca dos impactos da poluição e da pesca predatória sobre essas espécies. Além do Tamar, outros projetos agem igualmente, visando estudar e preservar os animais. Alguns exemplos são o Projeto Jubarte, o Baleia Franca e o Peixe Boi.
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