O Saara está localizado na porção norte da África, abrange mais de 3.500 mil milhas quadradas (9.000.000 km 2), ou cerca de 10% do continente. Delimitado a leste pelo Mar Vermelho e se estende ao oeste para o Oceano Atlântico. O limite norte está no Mar Mediterrâneo, enquanto que o Sul termina em Sahel, área onde a paisagem do deserto se transforma na savana tropical semi-árida.
Representa quase dez por cento do continente africano, com freqüência citado como maior deserto quente do mundo. Não se pode ignorar que a primeira zona desértica em matéria de tamanho, ignorando a temperatura, se encontra no continente da Antártida: 1.382.9430 quilômetros quadrados.
Geografia do Saara
O Saara cobre partes de vários países africanos, incluindo Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Sudão e Tunísia. A maior parte é pouco desenvolvida e possui topografia variada. Grande parte da paisagem foi moldada ao longo do tempo por vento e inclui: Mares de areia (ergs), planaltos, planícies estéreis de pedra cascalho, vales secos e as salinas. Cerca de 30% da área estão compostas de dunas de areia, algumas das quais atingem valor superior a 500 pés (152 m) de altura.
Há também várias cadeias de montanhas no deserto do Saara, algumas de origem vulcânica. O pico mais alto encontrado está no Emi Koussi, vulcão-escudo que sobe para 11.204 pés (3.415m). O ponto mais baixo no deserto do Saara fica na Depressão do Egito (Qattera) em -436 pés (-133m) abaixo do nível do mar.
A maior parte da água existente no Saara hoje está sob a forma de fluxos sazonais ou intermitentes. O único rio permanente no deserto (Nilo) corre da África Central para o Mar Mediterrâneo.
Água no deserto do Saara é encontrada no subsolo, aqüíferos e em áreas nas quais a água atinge à superfície. Há oásis e cidades pequenas ou assentamentos, como o Oasis Bahariya no Egito e Ghardaïa na Argélia.
Como a quantidade de água e topografia varia de acordo com a localização, o deserto do Saara está dividido em diferentes zonas geográficas. O centro é considerado hiper-árido e tem pouca ou nenhuma vegetação, enquanto as porções norte e sul possuem pastagens esparsas, arbustos e às vezes árvores em áreas com maior umidade.
Clima de Deserto do Saara
Embora hoje em dia seja quente e seco ao extremo, cientistas apontam que o deserto do Saara foi submetido às mudanças climáticas aos últimos cem mil anos. Por exemplo, durante a última glaciação, foi maior do que é hoje, porque a precipitação na área era baixa.
Entre de 8000AC a 6000AC a precipitação no deserto aumentou por causa do desenvolvimento de pressão baixa sobre as camadas de gelo ao norte. Uma vez que estas placas de gelo derreteram a baixa pressão, deslocando e tornando o Saara seco, mas o sul continuou a receber a umidade devido à presença de monções – Designação dada aos ventos sazonais associados à alternância entre a estação das chuvas e secas. Em 3400 AC as monções se mudaram para o sul e começou a evolução da seca por quase toda a zona desértica.
Para além da extrema seca, o Saara é também uma das regiões mais quentes do mundo. A temperatura média anual no deserto está em 86°F (30°C), mas durante os meses quentes as temperaturas podem exceder 122°F (50°C), com altas registradas a 136°F (58°C), em Aziziyah, Líbia.
Plantas e Animais: Deserto do Saara
Devido às altas temperaturas e condições áridas do deserto do Saara, a vida vegetal é escassa e inclui apenas cerca de quinhentas espécies. Consistem de variedades resistentes à seca e ao calor. Procuram viver onde há umidade suficiente.
As condições adversas encontradas no deserto também desempenharam papel na presença de vida animal no deserto do Saara. Na parte central e mais seca do deserto existem cerca de setenta diferentes espécies de animais, dos quais vinte são mamíferos de grande porte como a hiena malhada, raposa areia e lebre do Cabo.
Répteis também estão presentes com freqüência, caso do largado monitor e das serpentes, por exemplo. Grande parte da fauna desértica possui a capacidade de cavar na areia, fato que ajuda a escapar no forte calor existente à superfície.
Pessoas no Deserto do Saara
Acredita-se que pessoas habitaram o deserto do Saara desde 6000 AC. Desde então, egípcios, fenícios, gregos e europeus têm estado entre os povos da região. Hoje a população é de cerca de quatro milhões, com a maioria populacional vivendo na Argélia, Egito, Líbia, Mauritânia e Saara Ocidental.
A maioria não vive em cidades, em vez disso são nômades que se deslocam de uma região para todo o deserto. Devido a isso, há diferentes nacionalidades e idiomas circulando a região, mas o árabe ainda possui maior destaque. Àqueles que vivem em cidades ou vilas no oásis férteis, plantações e mineração de minerais como o ferro (na Argélia e Mauritânia) e cobre (Mauritânia) são indústrias importantes que permitiram crescimento aos centros de população.
Deserto da Núbia: Características Gerais
Está na região oriental do deserto do Saara e abrange cerca de 400.000 km 2. Situado no nordeste do Sudão, entre Nilo e Mar Vermelho. A região árida e rochosa é resistente e contém dunas e barrancos que morrem antes de chegar ao Nilo.
A precipitação média anual no deserto da Núbia é menos do que cinco polegadas (125 milímetros). Habitantes nativos da região são denominados núbios. O rio Nilo atravessa a maioria das cataratas, enquanto viaja através do deserto. Especialistas apontam que a região afetou a civilização no Egito Antigo.
A cidade de Abidiya está localizada nas proximidades. Este deserto é o único habitat para a ameaçada Medemia Argun, que apenas aparecem em certos oásis no deserto. Em 07 de outubro de 2008 o meteoroide 2008 TC3 explodiu acima do deserto da Núbia.
Deserto da Líbia
Ocupa área com cerca de 1.100 mil km 2 que se estende a cerca de 1100 km de Leste a Oeste e 1.000 km de Norte a Sul, em cerca de forma retangular. Como a maioria do Saara, este deserto está composto de areia e pedregosos simples.
Planícies de areia, dunas, serras e depressões tipificam a região endorreica, sem rios que drenam para dentro ou para fora do deserto. O planalto Gilf Kebir atinge uma altitude de pouco mais de 1.000 m.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
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