O Saara, localizado em grande parte na África, é conhecido por possuir mais altas temperaturas em zonas desérticas no globo terrestre. No mundo também existem longas áreas com frio extenso, inclusive dentro das Américas. Mojave, Grande Bacia e Patagônia são considerados destaques por causa das temperaturas baixas.
Deserto de Mojave
O deserto possui extremos existentes na temperatura em épocas distintas. No verão é conhecido por ser um dos mais quentes do continente. Porém, nos meses frios do ano pode representar destaque por causa da existência de forte clima baixo.
Meses de inverno trazem temperaturas de imersão a cerca de 20F (-7°C) em vales e abaixo de 0F (-18°C) nas altitudes elevadas. Tempestades que se deslocam a partir do noroeste do Pacífico podem trazer chuva, em alguns lugares até mesmo neve.
A sombra de chuva criada pela Sierra Nevada, bem como cadeias de montanhas no deserto, traz nuvens e ventos. Em períodos longos entre os sistemas de tempestades as temperaturas de inverno em vales podem se aproximar a 80F (27°C).
Deserto da Grande Bacia
Maior deserto dos EUA cobrindo 190 mil milhas quadradas. Faz fronteira com a Faixa de Sierra Nevada, no Oeste, e às Montanhas Rochosas, a Leste. O planalto Columbia está ao Norte e os Desertos de Mojave e Sonora ao Sul.
Deserto da Patagônia
Também conhecido como o Deserto da Patagônia ou da Estepe consiste na maior zona desértica do território argentino e do mundo em matéria de área, ocupando 673 mil quilômetros quadrados (260 mil milhas quadradas).
Localizado na Argentina, com pequenas partes no Chile, está delimitado pela Cordilheira dos Andes a oeste e por Oceano Atlântico ao leste, na região da Patagônia.
Ao norte estão os graus do deserto ao semi-árido da região de Cuyo. As partes centrais da estepe são dominadas por plantas arbustivas e herbáceas. No oeste existe a precipitação maior, com arbustos substituídos por gramíneas.
Topograficamente os desertos consistem em planaltos e maciços alternados, dissecados por vales e cânions. As partes ocidentais dos lagos possuem montanhas áridas ou frias temperadas florestas ao longo dos vales.
O deserto da Patagônia é conhecido por causa do grande frio, onde a temperatura quase nunca ultrapassa a casa dos 12°C e médias de apenas 3°C. A região tem cerca de sete meses de inverno e cinco meses de verão. Gelo e neve não são incomuns na região.
Ao Oeste do deserto está a Cordilheira dos Andes, principal razão para o estado desértico da Patagônia por inibir que o fluxo de umidade do Pacífico Sul alcance o interior, fato que cria sombra de chuva e representa a formação do deserto.
Climas diferentes podem ser distinguidos: O litoral norte é suave por causa das correntes quentes do Brasil. Toda a metade norte da região possui maior temperatura quente no verão, quando predomina tempo ensolarado.
Durante o inverno, a proximidade com o litoral e altitude são os principais fatores da queda de temperatura, enquanto áreas costeiras ao norte possuem invernos suaves a partir de 2°C à noite e 10°C no dia
Nas zonas do Sul o tempo registra entre -3°C a 4°C e as áreas altas são inferiores a 0°C. Os pontos frios têm temperaturas entre -20°C e -25°C durante ondas gelada. O registro oficial da máxima negativa é -33,9°C. No entanto, algumas cidades alegam números em quase -35°C.
Geada de verão é comum em todos os lugares, exceto ao litoral norte. Até mesmo granizo e neve podem cair durante a estação quente. Ventos são constantes e fortes na maioria dos casos.
Antes de formada a região foi coberta por florestas temperadas. No entanto, após a formação, as cinzas dos vulcões próximos cobriram zonas vegetativas e os minerais saturados de água infiltraram os registros, fossilizando as árvores e criando mundo preservado com florestas petrificadas no centro do deserto.
A Patagônia é composta em principal de planícies de cascalho, planaltos com cânions de arenito e formas de barro pontilhando a paisagem, esculpidas por vento do deserto.
A região que engloba o deserto, porém, tem características diversas. Rios efêmeros, lagos e depósitos de drenagem dos Andes derretem de forma anual, hospedando grandes variedades de aves e gramíneas aquáticas.
Variedades de depósitos glaciais, fluviais e vulcânicos também são encontradas na região. Elas afetaram o clima do deserto ao longo do tempo, contribuindo aos sedimentos de cascalhos que abrangem partes da Patagônia.
O deserto possui alto nível de vento que ajuda a tornar a Patagônia como uma das maiores fontes de poeira sobre o Oceano Atlântico Sul. O Oeste da porção de pastagens do deserto está delimitado por florestas subpolares.
Rochas vulcânicas cobrem mais de 120.000 km2 do deserto da Patagônia. Outra área vulcânica inclui o Estreito de Magalhães.
Apesar do ambiente árido do deserto existem grupos de animais que vivem na Patagônia. Alguns sobrevivem na periferia habitável e com maior variação geográfica, onde a comida é mais abundante e o ambiente menos hostil
Corujas, andorinhas, emas, pumas, raposa cinzenta, iguanas, águias e falcões são apenas algumas das espécies animais existentes no deserto da Patagônia.
A flora da região é comum por causa do clima e inclui várias espécies de arbustos dos desertos. Gramíneas e floras aquáticas maiores existem na periferia do deserto e ao redor dos lagos efêmeros que se formam a partir do escoamento dos Andes.
O deserto recebeu vários povos indígenas no passado, fato evidenciado por pinturas rupestres encontradas por arqueólogos na área. Os primeiros habitantes eram conhecidos por Tehuelche: Caçadores e coletores que não praticavam agricultura em vales verdejantes.
No século XVIII e XIX tribos mapuches passaram a controlar o comércio através do deserto, negociado com as cidades do sul do Chile, bem como Buenos Aires.
A partir de meados do século XIX milhares assentamentos argentinos e europeus apareceram nas bordas do deserto. Na década de 1870 o exército argentino assumiu a Conquista do Deserto ao derrotar os guerreiros indígenas.
A Conquista do Deserto foi seguida por declínio acentuado na população indígena do deserto, indígenas foram perseguidos até o Chile e às áreas periféricas nos Andes. Historiadores apontam que a Conquista do Deserto causou morte de cem mil nativos americanos,aproximadamente.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier