Absorção de carbono pelas plantas ou também chamado de “sequestro de carbono”, que é o processo natural das espécies de retirarem do ar o gás carbônico. Esse processo das plantas acontecem principalmente com aquelas que estão próximas a florestas e oceanos, o que não quer dizer que em outros locais não aconteça. Mas, neste segundo caso, é chamado de fotossíntese.
Esse processo retira o gás carbônico do ar e em troca devolve para atmosfera o oxigênio. E é graças a esse processo, que esse ar, nocivo ao ser humano, não permanece na atmosfera terrestre. Porém, quando homem desmata as florestas demasiadamente, sem controle, ele está contribuindo para que o processo não seja feito exatamente como deve, já que a quantidade de árvores que estariam colaborando com o processo da fotossíntese, deixam de estar.
Mas, não é “só” o problema desmatamento que atrapalha esse processo, a utilização do calcário quando se produz cimento, a queima de combustíveis fósseis, as queimadas e o uso indevido da terra, agravam o problema e o dióxido de carbono aumenta na atmosfera. O resultado: o aquecimento global.
Esse conceito de sequestro de carbono é novo, foi criado em 1997, na Conferência de Quioto. Se previa nesse acordo de diminuir o efeito estufa, obviamento tentando reverter a quantidade de gás carbônico que já estava acumulada na atmosfera.
O Carbono nas Profundezas do Oceano
Você sabia que tem mais carbono no oceano do que na atmosfera? A diferença é bem grande, cerca de 50 vezes e para retirá-lo são usadas duas técnicas:
1- Processo Físico: Circulação Termoalina
Significa retirar a água da profundeza, por isso quente, para superfície, quando ela perde a temperatura aumenta a densidade e elas pensam a diminuir os níveis de carbono.
Vale ressaltar que o efeito estufa, o aquecimento global, é capaz de derreter as que são hoje, geleiras nas regiões polares, o que causaria grandes catástrofes.
2- Processo Biológico:
São usados organismos marinhos, como plâncton para retirar o carbono do oceano. Ele faz com que o carbono se transforme em carbonato de cálcio. Porém, uma que bactérias os consumem, ele pode voltar a ser carbono e terminar sendo liberado na atmosfera.
Como Funciona a Absorção de Carbono Pelas Plantas
Vamos começar falando do sequestro de carbono através do ecossistema oceânico. Ele também pode ser feito de forma artificial e é do que vamos falar agora. Na verdade, é um modo de fazer com que o processo natural aconteça mais rápido. Se sabe que existe a captura de carbono , porém, não exatamente qual é a capacidade.
Outro detalhe, é que não se sabe se essa captura interfere na vida marinha e o quanto é abrangente essa interferência e suas consequências. Por isso, seguem pesquisas para avaliar os riscos desse sequestro de carbono artificial, que é feito com o uso de dois métodos:
- Injeção direta: se injeta no oceano abaixo da termoclina o CO2, quando se consegue com essa aplicação chegar bem no fundo, pode se observar a formação de um lago. O CO2 por sua vez, em pouco tempo estará dissolvido na água do mar e com isso, acontecerá uma redução no pH onde foi feita a aplicação. Neste lugar a água do oceano ficará com teor mais ácido. É justamente essa acidez que fará com que o carbonato de cálcio reduza. O grande problema é que isso faz com que os seres que vivem nas profundezas do oceano percam a capacidade natural de eliminar o carbono e eles acabam morrendo asfixiados.
- Fertilização do oceano: nesse processo é feita uma adição de ferro, porém, somente onde ele limita a vida, já que faz com que aumente a quantidade de fitoplâncton. Isso resulta em uma fotossíntese mais rápida. Porém, quando a fertilização no oceano está “fora de controle” o resultado poderia ser um aumento nas taxas de decomposição, o que terminaria com menos oxigênio na água e isso também poderia contribuir para um aumento do efeito estufa, devido a produção de gases nocivos, em consequência desses processos.
Ecosistema Florestal e a Absorção de Carborno
O sequestro de carbono não pode acontecer diretamente nas plantações de reflorestamneto. A floresta é natural, sem dúvidas, porém, o estoque de CO2 não é o mesmo de uma floresta. Neste caso, pode se observar uma fonte de carbono. Porém, vale ressaltar a importância e todos os benefícios que trazem o reflorestamente, como, a redução da erosão, benefícios para economia com a sustentabilidade, o aumento da captação de água, entre outros.
Na realidade, a prática do reflorestamento, assim como o enriquecimento das florestas naturais não surtem tanto efeito para sanar os efeitos nocivos dos gases espalhados no ar que provocam o efeito estufa. Assim, como alguns pesquisadores sustenta que mesmo plantando árvores e mais árvores não será possível garantir o sequestro de carbono necessário a longo prazo. Por isso, mesmo com todo o otimismo do mundo e reconhecendo que tem as suas vantagens, o reflorestamento não será capaz de salvar do efeito estufa.
Se sabe que os níveis orgânicos do carbono em muitas zonas que eram de agricultura chegaram no limite de uma forma que não dá para ser otimista e nem voltar atrás. Porém, um caminho para melhorar seria tentar fazer com que os níveis de humus fossem mais satisfatórios. Dessa forma, o solo ficaria melhor e ele conseguiria sequestrar mais carbono.
Falando em sequestro de carbono ou absorção de carbono, são usados alguns mecanismos para auxiliar nesse processo, que são eles:
- Rotação de culturas
- Conservação de Áreas Naturais
- Na Amazônia, uma terra preta encontrada naquela região, classificada como um solo antropogênico, pode ser um mecanismo de sequestro. Essa é uma hipótese que ainda está sendo estuda e foi levantada por causa do alto teor de carbono existente nessa terra.
- Outro mecanismo que está sendo analisado é sobre o dendezeiro, que teria um bom nível de estocagem de carbono e também de absorção. O seu poder seria tão eficaz quando o já usado eucalipto.
- Outra ideia é usar o dióxido de carbono, que é produzido nas usinas termoelétricas, no crescimento de grandes quantidades de algas, que poderia ter o uso de combustível.