Usinas Nucleares e o Meio Ambiente

Grande parte das práticas feita por nós, seres humanos, causa alguma espécie de impacto negativo ao meio ambiente, e, por isso, as atividades relacionadas ao setor elétrico não fogem a esta regra.

A atividade relacionada à venda de energia elétrica trabalha da seguinte forma, ela compra energia de empresas geradoras e a leva até a casa dos consumidores. Em uma primeira análise esta atividade não parece ter relação direta com impactos ambientais, entretanto, para que a ela consiga fazer a energia chegar até aos consumidores finais existe a geração de diversos impactos ambientais e isso ocorre em todas as formas de produção de energia, inclusive a Nuclear.

As Usinas Termonucleares

Nas usinas termonucleares, o gerador responsável pela produção de energia elétrica é exatamente igual aquele usado nas usinas hidrelétricas. E, nessas usinas a energia que impulsiona a hélice, vem do vapor d’água colocado em alta pressão, resultado do aquecimento do processo de reação nuclear.

A produção de energia nuclear é uma forma de se obter uma grande quantidade de energia ao mesmo tempo, sendo obtida através da fissão nuclear de alguns elementos químicos como o urânio, plutônio ou do tório, e ainda a partir da fusão nuclear do hidrogênio.
As usinas nucleares são consideradas usinas térmicas, pois aproveitam a energia do urânio e do plutônio.

Embora sejam consideradas muito seguras, essas usinas apresentam o risco de acidentes sérios, especialmente aqueles que causam o vazamento de radiação no meio ambiente, os quais apresentam implicações gravíssimas.

O Impacto Ambiental das Usinas Nucleares

O principal impacto ambiental gerado pelas usinas nucleares é a geração de grande quantidade de lixo atômico, produto que é extremamente perigoso e para o qual não há nenhum meio de descontaminação, ao contrário do que acontece com outras espécies de lixo. A energia nuclear é gerada durante a transformação de um determinado elemento químico em outro. Isso ocorre quando um átomo pesado, como o presente no urânio, se divide em outros dois átomos.

Esse processo de quebra de átomo é conhecido pela ciência como fissão nuclear.  Essa  fissão  é  provocada  bombardeando  átomos  pesados  usando partículas nucleares conhecidas como nêutrons. Quando um nêutron se choca com o átomo de urânio, o átomo sofre uma quebra gerando dois outros átomos mais leves e ainda outras partículas nucleares como o nêutron.

A soma constante das massas desses dois elementos químicos que se formaram é um pouco menor do que aquela original do átomo de urânio. A diferença de massa acaba se transformando em energia, tudo de acordo com o principio de conservação da massa-energia expressa na equação descoberta por Einstein: E=mc 2

Os nêutrons produzidos durante a fissão geram novas fissões de urânio, desencadeando um processo de reação em cadeia.  Essa reação ocorre dentro do reator nuclear e acaba sendo controlada através do uso de outras substâncias chamadas de moderadoras, o grafite ou a água, que possuem a capacidade de diminuir ou absorver a velocidade dos nêutrons. Quando uma reação dessas não tem o controle devido pode ocorrer uma explosão ou ainda provocar o derretimento do reator.

O Processo Nuclear

Podemos verificar que está a cada vez mais em moda pensarmos no ciclo de vida dos produtos fazemos uso diariamente, especialmente aquelas que o descarte depende tanto dos consumidores, quanto dos fabricantes. Imaginemos, por exemplo, as pilhas sendo devolvidas ao todo os seus fabricantes, os produtos de informática e até máquinas de lavar ou geladeiras antigas, que possuem em sua composição gases do tipo CFC (Cloro-Flúor-Carbono); todos esses produtos sendo depositados em locais adequados, tudo de acordo, próprio para a reciclagem.

Quando se discute a Energia Nuclear e seus aspectos relacionados ao meio ambiente, devemos primeiro ter mente o conhecido ciclo do “elemento combustível nuclear”. No qual se usa o termo elementos para exemplificar o arranjo de varetas que contém o urânio encapsulado, que será usado durante o funcionamento de todo os reatores nucleares. Esse ciclo começa durante a etapa de mineração de urânio.

A quantidade de urânio nos minérios, quase sempre é baixa, menor que 1%. Dessa forma, grandes quantidades desse material têm de ser trabalhadas para que se obtenha a quantidade necessária de urânio para o funcionamento de um reator nuclear pelo período de um ano.  Caso não seja adequadamente planejada, como outras atividades que visem a extração de minerais, a mineração de urânio pode provocar um enorme impacto ambiental.   O planejamento de extração deve incluir questões como:

  • A quantidade de poeira a ser gerada
  • A utilização das águas e ainda a recuperação de toda a área degradada, mesmo após o fechamento do empreendimento.

Como consequência da pouca quantidade de urânio, muitos volumes de minério são ser transportados, com isso, o custo gerado pelo transporte para seu processamento, em locais distantes da mineração inviabiliza financeiramente o empreendimento. Com isso, busca-se a associação da mineração de urânio ao seu processamento.

Com exclusão dos reatores do tipo BWR (reatores de água fervente), todos os demais reatores nucleares de potência, aqueles destinados também à produção de energia elétrica, fazem uso de elemento combustível enriquecidos em 235 U. A percentagem isotópica do 235 U é de 0,73%, enquanto a dos reatores PWR (reatores de água pressurizada) utilizam elemento combustível com cerca de 4% de 235 U.

Certamente, por questões relacionadas a segurança, o emprego do urânio, especialmente na forma gasosa em reatores nucleares não é algo muito aconselhável. O reator nuclear é uma grande caldeira, operando a grandes pressões e a temperaturas elevadas temperaturas, percebe-se que sempre haverá vazamentos em válvulas e juntas.

A água que vaza é dos reatores é drenada para o tanque de rejeitos, posteriormente é tratada e liberada de volta ao meio ambiente. O tratamento tem a função de reter a maior parte dos elementos considerados radioativos, havendo, entretanto, a liberação, do elemento 3H.

No Brasil, os limites de liberação de radioisótopos ao meio ambiente estão previstos na legislação e constam do processo de licenciamento de cada reator nuclear, que fica a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e também do IBAMA.

Então, segundo os procedimentos relatados há a necessidade de haver um depósito de rejeitos radioativos no Brasil, para que os mesmos possam executar o armazenamento de forma correta, o que não acontece, visto que a maioria dos dejetos fica agrupada em galpões, gerando o risco de possíveis contaminações, tanto de pessoas, quanto do solo.

O espaço ocupado por uma usina nuclear é bem pequeno com reação a quantidade de energia que ela produz, elas são bem seguras, não produzem poluição que contribua com a camada de ozônio e os resíduos por ela produzidos são bem pequenos quando comparados a quantidade que é produzida por indústrias e pelo homem.

As usinas nucleares são na verdade uma aposta importante para o futuro, principalmente para o Brasil que atualmente utiliza somente um terço da energia que é gerada por Portugal. Mesmo sendo pouco os resíduos formados pelas usinas nucleares há sempre um grande preocupação quanto ao local onde ele vai ser descartado, afinal é preciso ter um local adequado para que o meio ambiente seja preservado. Essa preocupação após algum tempo foi solucionada e todas as providências foram tomadas para que esse resíduo não prejudicasse o meio ambiente. Abaixo escolhemos fotos de algumas das usinas nucleares existentes.

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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Comentários

  • muito interessante esse breve resumo sobre a energia núclear.
    realmente da pra fazer um ótimo trabalho de escola sobre isso!

    sabryna 7 de julho de 2015 23:34

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