Redução da Degradação da Amazônia

A Degradação da Amazônia

Uma das principais riquezas que nosso país possui é a Amazônia que tem grande importância enquanto bioma e como fonte de imensurável biodiversidade. Mesmo tendo um papel tão fundamental para o país durante décadas a floresta foi sendo degradada e destruída em nome de dinheiro já que o comércio ilegal da madeira de suas árvores assim como a devastação de grandes áreas para a criação de gado ditam um ritmo sem fim de uma economia paralela e nada sustentável.

Uma significativa mudança observada ao longo do tempo é que a sociedade parece ter ficado mais consciente da importância de preservar a Amazônia. Campanhas tem sido feitas nos meios de comunicação e na internet além da criação de mecanismos que permitem que o cidadão comum vigie o progresso da devastação do seu computador.

Houve ainda um incremento no que diz respeito a ação da polícia em defesa da Amazônia. Nesse contexto foi observada uma redução da degradação da Amazônia, uma excelente notícia. Saiba mais sobre essa redução e de que forma ela foi notada.

A Notícia

Foi através de um relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que se obteve a notícia de que o ritmo de degradação da Amazônia foi reduzido. Nesse relatório se chegou a dados que mostram que a degradação da Amazônia Legal chegou em 2013 ao menor valor registrado desde 2007, quando se iniciou esse relatório.

O Que é Área Degradada?

Para que fique mais claro a importância dessa redução é importante saber o que é entendido como área degradada pelos especialistas. Basicamente a área degradada é aquela em que existe deterioração florestal progressiva devido a realização de exploração predatória da madeira (usando ou não fogo para isso), porém, que ainda não foram removidas, ou seja, árvores que tiveram um corte raso. Quando são completamente removidas se dá o desmatamento.

Redução

Ao longo da pesquisa de dados para compor os relatórios a respeito da degradação o que o Inpe percebeu é que está havendo uma redução bem interessante das áreas que se encontram em algum estágio de degradação. No ano de 2011 esse estudo mostrou que 24.650 km² de áreas estavam degradadas. No ano de 2012 esse valor foi de 8.634 km² e já em 2013 esse valor foi de 5.434 km².

Desmatamento

O desmatamento também sofreu queda significativa nos últimos anos, os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também realizado pelo Inpe. No ano de 2013, de acordo com esse projeto, a área desmatada foi de 5.843 km², a segunda menor na história do projeto.

Para se ter uma ideia da evolução que isso significa podemos fazer uma breve comparação com o valor de 2004 que era de 27.772 km² de área desmatada. Com isso se observa uma redução de cerca de 79%.

Redução dos Gases do Efeito Estufa

Uma das explicações para essa mudança de cenário pode ser o compromisso assumido pelo Brasil na Conferência de Mudanças Climáticas de 2005 em que o país se comprometeu a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Para chegar a esse objetivo se mostrou necessário diminuir os índices de degradação e desmatamento da Amazônia. Em busca de chegar a esse resultado o governo vem criando ações de combate e repressão as ações criminosas realizadas na Amazônia assim como as práticas de produção que não são sustentáveis.

As ações integradas realizadas pelo Governo têm oferecido bons resultados que se mostram de maneira mais imediata. As metas que foram estabelecidas para essas ações tem se concretizado para que se possa chegar ao que foi prometido durante a conferência.

Fatores

Dentre os fatores que tiveram importância crucial para a evolução e redução do desmatamento e degradação da Amazônia com certeza está a evolução do monitoramento da região. Com mais monitoramento fica mais fácil acionar o Ibama e outros órgãos que tem como responsabilidade punir aqueles que agem fora da lei.

Existe uma ação de comando e controle que se baseia na grande quantidade de informações de monitoramento. Um exemplo claro disso é o sistema chamado Deter que foi criado em 2004 e que no seu início tinha as informações disponibilizadas uma vez por mês.

Após uma década em operação o Deter já pode oferecer informações de monitoramento diárias para o Ibama. De posse das informações do Inpe é possível ao Ibama posicionar melhor as suas equipes de fiscalização. Temos que levar em conta a grande extensão da Amazônia e como é essencial que possa ser feito um posicionamento com mais assertividade por parte daqueles que tem o papel de fiscalizá-la.

Sociedade Civil

Além do monitoramento que passou a ser mais eficiente temos ainda que destacar o maior envolvimento da sociedade civil na causa. A participação ativa de setores com muita representatividade na região como o da pecuária e da agricultura tem contribuído bastante. Esses dois segmentos são os dois principais envolvidos no desmatamento da Amazônia.

Cerca de 66% das áreas que são desmatadas na Amazônia deram lugar a pastagens e cerca de 5% a plantio. A contribuição dada por esses setores dizem respeito a questões simples como, por exemplo os frigoríficos que compram carne somente de produtores que não trabalham causando desmatamento, por exemplo.

Foi criado um grupo de pecuária sustentável que tem como objetivo envolver todos que fazem parte desse cenário para garantir uma produção mais sustentável e assim diminuir o desmatamento. Conter a degradação e o desmatamento da Amazônia é uma tarefa que precisa ser feito em conjunto, pois afinal os benefícios de manter a floresta serão de todos.

Conscientização

É inegável que se conseguiu criar um espírito maior de conscientização entre as pessoas em geral a respeito da importância de manter a Amazônia de pé. Com isso mais pessoas tem se empenhado em contribuir de alguma maneira para que haja uma maior preservação da floresta.

As pessoas não podem mais se eximir do seu papel de contribuir também para manter a floresta que é um bem de todos. Cada vez mais se tem percebido isso e se trabalhado nesse sentido.