Mata Ciliar e Mata de Galeria

Se você está em um local com drenagem ou curso de água, deve encontrar dois tipos de vegetação: ciliar e de galeria. Ambas podem ser encontradas no mesmo lugar e até mesmo lado a lado, mas há algumas diferenças em seu visual e relativamente fácil de entender.

Que São Mata Ciliar e Mata de Galeria?

Estes dois tipos de vegetais são formas verdes encontradas onde há água. Não são plantas aquáticas, pois possuem raízes e estas ficam na terra. Mas, precisam da água para sobreviver em grande quantidade, e não apenas da água da chuva. Por isso tais vegetações se formam da natureza com metade de seu tronco na água e metade fora, ao menos em sua maioria.

Passando por um rio, açude ou canal, você poderá observar mais de perto tais tipos de mata. Elas ficam sempre na margem e são facilmente perceptíveis, de médio a grande porte. A cor e o tipo de plantação muda basicamente de acordo com o local e o clima da região, como qualquer vegetação. Logo, na margem de um rio brasileiro você não encontrará o mesmo de tipo de planta de um rio do Canadá, por exemplo.

Mata Ciliar

Mata Ciliar

As Diferenças Entre Mata Ciliar e Mata de Galeria

Para diferenciar os dois, deve-se observar o local em que elas estão em relação à água e sua forma de disposição. A mata do tipo galeria costuma circular o rio, formando um túnel, como se estivesse fechando o caminho. Ela circula toda a margem de um rio como se estivesse formando o seu caminho, o que em parte é mesmo. Rios curtos com a mesma vegetação ao redor do fluxo de água,

Já a mata ciciliar cresce em ambiente aberto. Elas são mais amplas, estendendo-se ao longo da beira de um rio. São por isso chamadas de vegetações ribeirinhas também. O seu nome vem do fato de ter a função de um cílio, protegendo e delimitando o curso de um rio algumas vezes.

Qual A Importância das Vegetações do Tipo Mata Ciliar e Mata de Galeria?

Caso fosse retirada este tipo de vegetação da beira dos rios, o ambiente seria alterado drasticamente, o que, por sinal, vem acontecendo ao longo dos anos por conta da ação do homem no meio vegetal.

Tais vegetações são firmes na terra, e por isso deixam o terreno mais consistente, evitando a erosão. Isso ajuda no caso de açudes, rios mais fundos e barragens, evitando a queda da terra e expansão do rio para diversos lados e tornando seu fluxo inconstante.

Imagine um rio. Quando ele enche, a água sobe de nível. Quando ele seca, a água diminui e com isso ela acaba levando um pouco da terra ao redor. Isso deixa o rio mais raso e aumenta a expansão da água. Com o passar do tempo e erosão, o rio irá se expandir e pode mudar de curso completamente, pois a erosão irá continuar sempre que houver variação do nível da água.

Saiba Mais

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As raízes das plantas firmam o solo, evitando a erosão. Logo, a vegetação ribeirinha ajuda a controlar o fluxo da água. Sem ela, seria possível uma mudança do caminho do rio com a erosão ao longo do tempo.

Um bom exemplo do poder de uma vegetação para conter o fluxo de água seriam as plantas em barreiras. Muitos órgãos governamentais investem em plantação de mudas em barreiras como uma forma de conter o fluxo de água ao longo de uma barreira. Com o desenvolvimento da raiz, ela penetra na terra e impede a erosão. Uma solução simples e natural para desabamentos na chuva.

As Duas São Diferentes Visualmente Também

O visual pode diferenciar também a Mata Ciliar e Mata de Galeria. Enquanto uma se alonga para ser mais densa, a ciliar, a de galeria é mais rasta e lembra pequenos campos abertos. E dependendo da ação dos animais, ela pode ser menos densa ainda, lembrando uma pequena mata.

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A Mata Ciliar Ajuda Na Qualidade da Água

Muitas das plantas presentes na mata ciliar são responsáveis pela filtragem da água, pois alimentam-se de microbactérias. Logo, quando esta vegetação é removida, pode haver um desequilíbrio tanto nos animais que ali vivem como na qualidade da água, para pior.

Tais Matas Agem Ajudando Na Manutenção da Vida Na Água

Como? Quando elas evitam a erosão, elas mantém o fluxo de água e por consequência ajudam na preservação dos animais que vivem no fundo. Os rios podem ficar mais rasos e mais largos com a mudança do fluxo, e isso altera as vidas que vivem nele. Alguns peixes simplesmente não conseguem viver em águas tão rasas.

O Homem e A Mata Ribeirinha

Essa atuação dos vegetais é semelhante a um filtro de qualidade, por isso sua importância. Naturalmente esta vegetação não costuma ir embora, pois tem tudo o necessário para a sua sobrevivência, como água, sol e terra fértil.

O grande problema é quando o homem entra na balança ‘natureza’ e ‘meio ambiente’. Ele age em uma constante destruição, causando problemas diversos. Removendo a vegetação ribeirinha para construções, ele altera também o fluxo do rio e traz outros problemas para a água que ele pode, possivelmente, começar a precisar consumir em breve ou já está consumindo.

Ambos Os Tipos São Encontrados No Brasil!

A mais comum é a mata ciliar, pela necessidade de nosso clima e rios, mas as duas são encontradas no Brasil. Os locais mais comuns são regiões ribeirinhas das regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste, mas cada região tem um pouquinho de um local não tocado pelo homem.

Na mata de galeria os tipos mais comuns de plantas são a Euphorbiacea, Lauracea, Meliacea e Moracea. Já na de galeria, os biólogos apontam que nosso ecossistema há muitas plantas comuns a determinado tipo de região, de acordo com o clima e temperatura da água.

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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