Em 2010, o Brasil finalizou a sua Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma lei transversal que visa diminuir o volume total de resíduos produzidos no país e aumentar a sustentabilidade da gestão de resíduos sólidos a partir do nível local para nacional. Público doméstico, industrial, mineração, facilidade de transporte, construção e resíduos de saúde são todos cobertos por esta política, e grande parte da responsabilidade pelo pagamento ou fornecimento de gestão de resíduos vai aos produtores.
Logística reversa, com base no princípio do “poluidor-pagador”, fornece um componente central da Lei, especialmente no que se aplica a:
(a) Pesticidas, os resíduos perigosos, embalagens e associados;
(b) Baterias;
(c) Pneus;
(d) Óleos lubrificantes e embalagens;
(e) Lâmpadas fluorescentes de sódio, lâmpadas de vapor de mercúrio e de luz mista;
(f) Produtos e componentes eletrônicos.
A Lei descreve uma variedade de opções para os produtores a trabalhar juntos dentro de seus setores, com os prestadores de serviços de logística reversa, e com os governos municipais e estaduais de gestão de fluxos de resíduos e de recuperar, reciclar e, finalmente, dispor desses materiais.
Como Aplicar a Política?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos abrange uma variedade de atores públicos e privados em diversos setores. Ambas as cidades e empresas se beneficiam do desenvolvimento de planos de gestão de resíduos e consórcios de conformação. Parcerias público-privadas têm um papel importante na melhoria da disponibilidade e nas taxas de reciclagem, no gerenciamento do fluxo de logística reversa e segurança na inclusão social.
A lei também prevê disposições especiais para os catadores de lixo, que tradicionalmente desempenham um papel central na separação de resíduos e sistema de eliminação no Brasil. Sensibilização da comunidade e de reciclagem são partes dos esforços no sentido de mais aterros municipais de resíduos sólidos.
Oportunidades para novas tecnologias ou de implantação de tecnologia incluem aumento utilizado da recuperação eletrônica, compactadores, biodigestores e compostagem de resíduos orgânicos de embalagens orgânicas. O governo federal também destacou programas de subvenções e assistência locais para ajudar a melhorar a reciclagem, incluindo programas de inclusão social às comunidades recolherem lixo. A lei nacional também pede aos Estados, regiões e municípios a elaboração de estratégias locais para a implantação do plano nacional. Redução de resíduos e melhor gestão são aspectos importantes da política.
A lei ainda não entrou em vigor, mas muitas cidades no Brasil têm feito progressos significativos na gestão dos resíduos nos últimos anos. Rio de Janeiro tem melhorado seus aterros sanitários e as taxas de reciclagem em corporação da cidade de resíduos urbanos. Cidades como São Paulo e Curitiba têm aumentado taxas de reciclagem e práticas.
Resíduos No Brasil: Características Gerais
O Brasil produz 161.084 toneladas de resíduos sólidos urbanos (lixo) por dia. A situação atual exige soluções para a destinação final de resíduos com vista a aumentar a reciclagem e reduzir os volumes de resíduos totais. Isso se traduz na necessidade de ter menos lixo e garantir pouca quantidade enviada para aterros sanitários.
A Lei de Saneamento Básico é marco para a implantação de possíveis iniciativas públicas relacionadas aos resíduos sólidos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a coleta, disposição final e tratamento de perigosos resíduos industriais.
A Lei estabelece diretrizes para reduzir a geração de resíduos e combater poluição e desperdício de materiais descartados por estabelecimentos comerciais, residências, instalações industriais, empresas e hospitais. As regras estão em sintonia com a Lei de Saneamento Básico Nacional e a Lei de Consórcios Públicos. Leis inter-relacionadas com as políticas nas áreas de Nacional de Meio Ambiente, Educação Ambiental, Recursos Hídricos, Saúde, Urbana, Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, bem como com aquelas que promovem a inclusão social.
De 97% dos resíduos sólidos domésticos recolhidos, apenas 12% é reciclado em terras nacionais. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê Logística reversa, um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a facilitar a recolha e devolução para os seus produtores originais, de modo que eles possam ser tratados e reutilizados em novas produções sob a forma de novos insumos, de modo a evitar a geração de rejeitos, ou seja, o retorno dos resíduos (agrotóxicos, baterias, pneus, óleos lubrificantes e sacos plásticos, entre outros) nas fases de pós-venda e pós-consumo.
As questões de responsabilidade partilhada e incentivo econômico às atividades de reciclagem, bem como a eliminação adequada dos resíduos, são tratados na proposta em geral. O documento estabelece o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, abrangendo fabricantes, importadores, distribuidores, vendedores, consumidores, prestadores de resíduos sólidos urbanos públicos e serviços de gestão de resíduos.
Estados e municípios contam com o apoio do governo federal para desenvolver seus planos de desenvolvimento urbano com base em variáveis ambientais, entre os quais a coleta seletiva, construção de aterros sanitários, eliminação de lixões, manejo de materiais de construção descartados e promoção de consórcios municipais para empreender ações conjuntas nas áreas.
Uma das questões mais importantes discutidas hoje pelo governo brasileiro é o colapso físico do modelo atual, usado há séculos, sobre o descarte de resíduos sólidos urbanos e da possibilidade de aplicação de métodos modernos que reduzem passivos sociais e ambientais geradores de lixo.
Em 2000, o Brasil gerou mais de 125 toneladas de resíduos urbanos por dia. Desse montante total, 69% foram enviados para aterros sanitários, enquanto 30% se encontraram despejados nos chamados “lixões”. Aproximadamente 20% da população ainda não têm serviços regulares para recolher os seus resíduos.
Mesmo como um fator agravante, a população brasileira é predominantemente urbana. De acordo o censo, cerca de 2/3 da população está concentrada nas cidades. Para ter uma breve visão atual, São Paulo, a maior cidade da América Latina e o mais importante polo da América do Sul, tem uma população de cerca de 24 milhões de habitantes. Com a tendência de aumento da população urbana, o modelo atual de dispor em aterros está esgotado.
Com o fim próximo da vida os aterros no Brasil, especialmente nas cidades grandes do sudeste (região onde estão localizados os estados importantes como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com mais de 40% da população total e 50% do produto interno bruto brasileiro), regiões procuram alternativas modernas para a disposição de resíduos sólidos urbanos.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier