Cobertura Florestal Brasileira: Amazonas e Desmatamento

Especialistas apontam que a pecuária é responsável por quase oitenta por cento das áreas desmatadas dentro do território denominado Amazônia Legal. Existem incentivos fiscais no sentido de gado, mas eles diminuíram de maneira considerável. Porém, as adaptações tecnológicas especializadas em condições geoecológicos nas áreas de fronteira abriram caminho para o aumento da produtividade e redução de custos.

Cobertura Florestal Brasileira: Amazonas e Desmatamento

Cobertura Florestal Brasileira: Amazonas e Desmatamento

Avanço Do Gado: Regresso Florestal

Os principais agentes do desmatamento para a implantação de pastagens são angariadores de grande e médio porte de gado. No entanto, há um grande número de intermediários, com baixos custos de oportunidade, que antecipam os criadores de gado e são responsáveis por grande parte do desmatamento. Expansão da pecuária na Amazônia tem se beneficiado da disponibilidade de terras baratas e, em muitos casos, a partir do desrespeito das leis ambientais e trabalhistas.

O desenvolvimento da fronteira agrícola e o desmatamento na Amazônia ocorrem no contexto da regionalização da agricultura brasileira, após a industrialização acelerada iniciada na década de 1950. Expandiram-se nas tentativas do Brasil para adaptar-se à globalização econômica.

Dentro deste quadro, vários fatores podem levar às altas taxas de desmatamento, como a disponibilidade de financiamento público e privado, dinâmica populacional, organização dos sistemas de produção e várias condições físicas. Todos esses fatores demostram considerável variação em cada região, envolvendo diversos grupos sociais e redes de produção que precisam de reconhecimento a nível regional, social e econômico, de modo a permitir a formulação de políticas públicas adequadas.

Avanço Do Gado: Regresso Florestal

Avanço Do Gado: Regresso Florestal

Falta De Ordenamento Do Território

O futuro das regiões tropicais está diretamente ligado ao processo de conversão das fitofisionomias de floresta natural em áreas de cultivo. Este padrão global é ainda mais acentuado no Brasil. Um dos principais problemas associados a esta economia baseada na agricultura e pecuária está no planejamento territorial, uma vez que a situação fundiária indefinida permite intensa, descontrolada e não planejada intervenção humana.

Não obstante aos avanços significativos nos últimos anos na implementação de áreas de conservação para preservar as informações sobre os ecossistemas, o sistema unidade formal adotado pelo IBAMA está fora da etapa à representação proporcional.

Quais são as perspectivas de otimismo de mudança deste padrão atual? Apesar de alguma sinalização positiva por parte dos Governos dos Estados do Pará (Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE) e Mato Grosso (inspeções mais minuciosas) da vontade de se sentar à mesa de negociação, houve alguns contratempos.

O Programa Amazônia Sustentável (PAS), que seria uma ação de planejamento inovadora, está inativo. Então, novamente, oficiais ações indutivas, reparadoras e de vigilância são mais lentos do que as motosserras e redes de arrasto. A probabilidade de reversão é muito lenta.

Monocultura: Problema Na Cobertura Florestal Brasileira

Nos últimos anos, a agricultura mecanizada voltada para o mercado internacional tem sido implantada na Amazônia, um processo que envolve um ciclo indireto de desmatamento para o benefício da produção de uma cultura única, altamente rentável.

A monocultura da soja encontrou um nicho receptivo na região, motivado pelo baixo custo da terra e a fragilidade da aplicação da Lei ambiental em todo Norte do Brasil. A instalação de uma tomada de grãos por uma empresa americana, em Santarém, em 2002, causou um aumento de dez vezes o valor da terra arável, o que levou aos agricultores familiares a venderem as propriedades e se mudarem às periferias da cidade e, em muitos casos, também sobre áreas de floresta primária.

Com a promoção do etanol como alternativa viável aos combustíveis fósseis, dois principais candidatos para a monocultura na Amazônia surgiram: Cana e vermelho de palma, originária da Ásia e África, respectivamente, mas aclimatados e cultivados no Brasil por séculos. Considerando os estragos causados à biodiversidade pela monocultura da soja e outras plantas no Brasil e em outros países, este é um assunto de séria preocupação, de fato.

Introdução De Espécies Exóticas

A introdução de espécies exóticas em um habitat é considerada, com inúmeros exemplos de sobra, como prejudiciais para a biodiversidade local, alterando e / ou degradando os ecossistemas e estrutura da comunidade, introdução de doenças e, eventualmente, até mesmo causando extinções biológicas.

Um número de espécies exóticas comestíveis trouxe para a região agricultura em escala comercial. Mesmo que eles são bem conhecidos como espécies exóticas, o seu cultivo é fomentado por muitos projetos do governo no norte e nordeste do Brasil. Os impactos ambientais da introdução da tilápia são bem conhecidos e podem ser de dois tipos principais: o efeito das populações selvagens deste peixe em espécies nativas, em conjunto com graves impactos humanos sobre sistemas locais aquáticos, e enriquecimento de nutrientes das águas locais;

Na Venezuela, a tilápia é considera uma das quatro espécies de peixes mais abundantes do rio Manzanares, tendo se espalhado por todo em décadas desde a sua introdução, em 1959, contribuindo para o desaparecimento de seis espécies nativas. Informações sobre o impacto de tilápia na Amazônia é necessária de maneira urgente.

O cultivo do camarão de água doce gigante marrom no Brasil começou em 1977 através de uma iniciativa do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Impelido por organismos oficiais e empresas privadas, o cultivo desta espécie se espalhados ao Sul, para os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, e ao oeste do Estado do Pará. Nesta localidade amazônica se verificou reproduzindo águas estuarias.

Por outro lado, nem todas as espécies exóticas devem estar associadas aos perigos para a biodiversidade. No caso de plantas, apenas aquelas com uma forte capacidade de dispersão de sementes e reprodução rápida devem representar ameaças reais em contraste com aqueles introduzidos por coqueiros.

Desinformação: Cobertura Florestal Brasileia

Ao longo de muitas décadas de estudos orientados por biogeográficos com foco em padrões de distribuição organismo explicadas por meio de barreiras há muito tempo, tem sido dado como certo que a ecologia da Amazônia deve ser uniforme.

Coleções científicas são repositórios de exemplares encontrados em região e devem ser representativas da diversidade e riqueza da região. No entanto, esta situação ideal ainda está longe no horizonte. Por exemplo, a grande maioria das coleções botânicas de material amazônico disponível para o estudo mantém baixa densidade de espécimes de distribuição.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

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