Bioplástico: Plástico Ecológico

Os plásticos biodegradáveis são chamados de bioplásticos e são feitos com base de biopolímeros. Esse tipo de material pode ser feito a partir de resíduos da agropecuária como, por exemplo, milho, cana-de-açúcar, soja, amido de arroz entre outros. Já existem algumas alternativas como produzir o material a partir de restos de animais marinhos.

Dentre as principais vantagens que o bioplástico oferece estão o fato de não ter o petróleo como matéria-prima e ser biodegradável. O processo de fabrico desse plástico é menos agressivo para o meio ambiente e por isso mesmo já se tornou um dos materiais tendência para o futuro.

Em países da Europa e Estados Unidos os bioplásticos já são produzidos comercialmente em escala reduzida. No entanto é importante lembrar que nem todo bioplástico é biodegradável, a seguir vamos falar um pouco mais sobre os tipos de bioplástico para que isso fique mais claro.

Por Dentro dos Tipos de Bioplástico

O bioplástico é um plástico que possui as mesmas características e propriedades do plástico comum, porém, a matéria-prima utilizada para o fabrico dessa peça é diferente. Basicamente para fazer o bioplástico são utilizadas fontes renováveis como amido de arroz, milho, soja, cana-de-açúcar entre outros.

Bioplástico

Bioplástico

Devido ao fato de ser um plástico feito a partir de fontes renováveis, o bioplástico, tem disputado espaço com as embalagens atuais do mercado. Porém, é muito importante destacar que nem todo bioplástico é biodegradável. Isso significa que nem todas essas embalagens tidas como bioplásticas podem ser simplesmente deixadas sobre a terra para se decompor.

Alguns dos tipos de bioplástico podem durar o mesmo tempo que um plástico que seja feito a partir do petróleo, ou seja, cerca de 500 anos. Há ainda que se levar em conta que esse tipo de bioplástico (não-biodegradável) não pode ser reciclado junto com os demais tipos de plásticos de petróleo, pois possuem temperaturas de fusão diferentes o que pode ser prejudicial para o processo.

Os Biodegradáveis e Os Não-Biodegradáveis

Para que um plástico seja considerado biodegradável é necessário que ele se decomponha em cerca de 18 semanas. Esse tipo de plástico pode ainda ser dividido em:

  • Bioplástico Compostável
  • São os plásticos que se desfazem com facilidade nos processos de compostagem.
  • Bioplástico Hidro-Solúvel
  • Trata-se daquele tipo de plástico que se desmancha com facilidade quando entra em contato com a água.
  • Plástico Oxi-Degradável
Saiba Mais

Saiba Mais

Nesse grupo estão os plásticos que quando recebem os aditivos necessários se despedaçam quando entram em contato com os raios ultravioletas e oxigênio.

Já existe um movimento no mercado desse tipo de plástico para que seja possível identificar para o consumidor quais são os plásticos verdadeiramente biodegradáveis. A ideia é identificar as empresas que produzem plásticos que não se deterioram no tempo prometido. O consumidor precisa ter formas de saber exatamente quais são os bioplásticos biodegradáveis.

O Fabrico de Bioplástico

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos empresários que desejam trabalhar com a produção de bioplástico é o valor para produzir as peças. Pelo fato de ser pouco comercializado no planeta o plástico pode ter um custo de 2 a 3 vezes maior do que o plástico comum.

Cuidados Com o Bioplástico

O bioplástico biodegradável é uma solução muito esperada para que a humanidade esteja menos exposta as toxinas cancerígenas do plástico comum e também para reduzir um pouco a dependência do petróleo.

Porém, é necessário ter uma atenção redobrada com esse tipo de material para saber exatamente qual é o local de destinação correto para a sua reciclagem. O ideal seria ter uma boa produção de bioplástico e reduzir a quantidade de plástico usado no mundo como um todo.

Demanda Por Terra

Uma das questões chave ligadas ao bioplástico é a necessidade por terras para produção do mesmo. Os produtores que já trabalham com esse material na Europa afirmam que a quantidade de terra necessária para a produção de bioplástico é bem menor do que a quantidade de terra necessária para a produção de biocombustíveis.

Pesquisas apontam que as plantações destinadas a produção dos biocombustíveis chegam a ocupar aproximadamente 10 milhões de hectares num total de 1,5 bilhões de hectares das áreas destinadas a cultivo. As projeções de possíveis melhorias tecnológicas ajudam a fazer com que se tenha um panorama mais interessante a frente.

Plástico Verde – Cana-de-Açúcar

A humanidade ainda é muito dependente do petróleo para a produção de combustíveis automotivos e produtos plásticos. Livrar-se dessa dependência contando com alternativas possíveis é um desafio que pode estar encontrando solução nos biomateriais e no chamado plástico verde feito a partir da cana-de-açúcar.

O plástico verde feito a partir da cana já é uma alternativa comercialmente possível. Porém, ainda não é possível afirmar que se pode produzir um plástico 100% biodegradável a partir dessas matérias-primas.

Biocombustíveis e Bioplásticos

É possível reduzir a polêmica da produção dos bioplásticos de segunda geração a partir da biomassa não alimentícia com foco no bagaço de cana-de-açúcar. A partir disso conclui-se que os biocombustíveis serão os responsáveis pela geração da plataforma para a segunda geração de bioplásticos.

A evolução do processo de produção de bioplásticos pretende utilizar biomassa para não precisar utilizar alimentos como matéria-prima, algo que vinha despertando grandes discussões. Dessa forma os bioplásticos não impactariam de uma forma real a produção de alimentos.

Bioplásticos Feitos de Organismos Marítimos

Em Singapura um grupo de cientistas conseguiu chegar a excelentes resultados na produção de bioplástico e outros tipos de biomateriais tendo como base organismos marítimos como mexilhão e lula, por exemplo. O mais interessante é que os produtos feitos a partir desses organismos têm resistência semelhante a aquela dos plásticos feitos de derivados do petróleo.

De acordo com a equipe de cientistas envolvidos esses biomateriais permitiriam uma opção ainda mais tecnológica aos produtos desenvolvidos a partir do petróleo. O primeiro material fabricado é um espécime bastante flexível que é semelhante ao plástico e foi confeccionado a partir dos tentáculos da lula.

Além disso, também foram fabricados uma cola derivada de mexilhões e uma espécie de material elástico produzido a partir dos ovos do caracol marinho. Os pesquisadores afirmam que os biomateriais podem ser usados como cola, embalagem e também como implantes orgânicos.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Gestão Ambiental

Artigos Relacionados


Artigos populares

Comentários

  • Bom dia! Gostei bastante do post, porém, senti falta das referências utilizadas e do nome do autor.

    Eliza 29 de setembro de 2014 14:37

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *