História da Torre da Prata

A Torre da Prata

A chamada Serra da Prata, com 1.500 metros, está localizada próximo a Morretes, no Paraná, e tem como seu ponto culminante a Torre da Prata. A montanha é uma das mais difíceis de alcançar uma vez que para chegar até ela é necessário atravessar três biomas distintos: mata atlântica, planície litorânea e campos de altitude.

História da Torre da Prata

História da Torre da Prata

A história da Torre da Prata é uma história de desafio ao homem, pois demorou muito para que o ponto fosse conquistado. Isso se deve a altura da montanha, considerada como ponto culminante da região sul do Brasil, e também a dificuldade de chegar até ele.

A História da Torre da Prata

O nome dessa montanha foi o resultado de um brilho que era visto na encosta da mesma e que fez com que muitas pessoas acreditassem há muitos anos que existia prata no local. Com a possibilidade de encontrar o metal precioso muitos garimpeiros foram a Torre da Prata, mas não obtiveram sucesso. Uma das principais dificuldades para a garimpagem foi a mata atlântica. Nunca houve provas reais de que existia prata na encosta da montanha.

A Torre da Prata é um ponto que se destaca na cordilheira serrana, uma montanha que tem uma posição de destaque e que serviu de referência do limite natural das fronteiras municipais para os navegantes. A conquista dessa montanha apenas aconteceu no ano de 1944, uma das últimas grandes do Paraná a serem conquistadas. A dupla que conquistou a Torre da Prata foi Gavião & Canguru cujos nomes são, respectivamente, Waldemar Buecken &, Antonio Setengel Cavalcante.

Atualmente, o grande problema que essa montanha enfrenta é a grande invasão de palmiteiros e caçadores que não respeitam o fato de a Torre da Prata fazer parte de uma unidade de conservação e ainda assim tentam extrair até os seus últimos recursos. Um dos pontos mais bonitos do estado do Paraná e um dos mais difíceis de escalar.

O Caminho Para a Torre da Prata

Para chegar a Torre da Prata é necessário seguir rumo ao Morretes por uma estrada chamada de “Estrada da Limeira”. Deve-se chegar a “Trilha da Ambulância” que irá desembocar na comunidade do Rio Sagrado que fica aos pés da Serra da Igreja, atualmente atravessada pela rodovia Curitiba-Paranaguá, a BR-277.

Chegando ao Rio Cubatão é necessário seguir até Garuva que passa pelas encostas de outra montanha que merece destaque, a Pedra Branca de Araraquara. A caminhada é longa, aos 74 metros de altitude é possível encontrar o Rio Morro Alto. Essa parte da travessia exige muito cuidado.

O passo seguinte é chegar a uma trilha larga que é contornada por uma pequena plantação de bananeiras. Depois disse se chega ao Sopé da Serra, o trecho inicial de caminhada é mais desimpedido o que torna a escalada mais fácil.

Torre da Prata – Um lugar Exótico

Se existe uma palavra que pode definir o que é encontrado na Torre da Prata certamente é exótico. As árvores da região tem os formatos mais variados e enquanto faz a escalada é ouvir o canto das Arapongas assim como o chiado das Maritacas. Conforme se vai avançando pela Torre da Prata o tamanho da vegetação vai aumentando. Alguns exemplares de árvores do lugar são bem altas.

Picadão do Burro

Seguindo a trilha é possível avistar uma vegetação bastante elevada por um tempo e passar por uma caminhada nivelada durante algum tempo. Esse trecho da trilha recebe o nome de Picadão do Burro. A partir desse ponto aparecem as temidas bifurcações no caminho que já fizeram muitos se perderem tentando chegar ao cume da Torre da Prata. Para evitar se perder é importante se manter na trilha principal.

Parque Nacional Saint Hilaire Lange

A Torre da Prata por vezes é escalada por palmiteiros e caçadores que saem da trilha principal para não serem pegos uma vez que a montanha integra a unidade de conservação chamada de Parque Nacional Saint Hilaire Lange. Esse parque ainda é recente e por isso passa ainda por um plano de manejo.

O nome do parque é uma homenagem a uma naturalista francesa e a um biólogo ambientalista paranaense. A criação da unidade de conservação se deu devido a necessidade de preservar a montanha de oportunistas como os extratores ilegais de palmito e caçadores.

Parada Para Descanso

Em geral quem resolve escalar a Torre da Prata aproveita uma pequena clareira que está a 600 metros. Depois desse ponto a escalada se tornará ainda mais difícil, é necessário escalar raízes e se firmar na mata em volta. A vegetação do entorno é bastante densa e atravessa uma crista de bambu seco.

Também é importante ficar atento aos enormes blocos de rochas desmoranadas que aparecem no caminho. Nesse ponto já se está bem alto na Torre da Prata e a visibilidade é apenas da vegetação do entorno do pico.

Chegando ao Cume

Após passar por um longo e difícil trecho vertical chega-se ao primeiro ante cume passando pelas voçorocas e arbustos. Para ultrapassar essa parte da montanha é necessário passar por uma íngreme encosta e descer até um colo serrado por meio de escadas de ferro fincadas na crista.

Depois disso é necessário passar por um caminho espesso e úmido, passar por uma mata arbustiva ao redor e escalar uma estreita fenda que fica entre muralhas imponentes. Vencidos todos esses desafios se chegará finalmente ao cume de 1496 metros.

No Alto

Quando se chega ao topo da Torre da Prata é necessário ter uma atenção especial a temperatura, pois é natural que o corpo comece a sofrer pelo frio tanto pela baixada da adrenalina como devido ao vento forte. A visão que se tem no alto da montanha permite observar uma paisagem linda e deslumbrante composta por baías, ilhas e o oceano.

Dentre os lugares que se pode ver de cima da Torre da Prata estão Praia do Leste, Matinhos, Paranaguá entre outras localidades do Paraná. Uma visão privilegiada e que permite a aqueles que a tem assinar o livro que fica no alto da montanha e que já foi assinado por diversos montanhistas famosos.

Para saber mais sobre a Torre da Prata confira esse documentário:

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Categoria(s) do artigo:
Ecologia

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